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O Idiota

de Fiódor Dostoiévski
editor: Relógio D'Água, dezembro de 2014
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«O Idiota é com Crime e Castigo, Os Irmãos Karamazov e Os Demónios uma das principais obras de Dostoievski. Nela confirma-se a permanência no autor da ideia de que o espírito da criança é o único lugar onde a vida humana, saída da vida do povo, consegue cumprir-se nobremente. (...)

Da mesma forma que Dostoievski, enquanto pensador político, coloca sempre a sua última esperança numa regeneração no seio da pura comunidade popular, o romancista de O Idiota vê na criança a única salvação possível para aqueles jovens e para o seu país. É o que este livro, cujas figuras mais puras são as naturezas infantis de Kólia e do príncipe, bastaria para comprovar, mesmo que o Dostoievski não tivesses desenvolvido em Os Irmãos Karamázov o infinito poder salvífico da vida infantil. Esta juventude ressente-se de uma infância ferida, porque foi precisamente a infância ferida do homem e da terra russos que paralisou a sua força. Depara-se-nos em permanência em Dostoievski a ideia de que o espírito da criança é o único lugar onde a vida humana, saída da vida do povo, consegue cumprir-se nobremente.»

Do Posfácio de Walter Benjamin

O Idiota

de Fiódor Dostoiévski

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896414016
Editor: Relógio D'Água
Data de Lançamento: dezembro de 2014
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 236 x 29 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 576
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896414016

Intenso e perturbador

Carmo

O Idiota, é um dos romance da segunda fase de Dostoyevsky; fase pós prisão de onde voltaria profundamente mudado. O episódio da condenação à morte comutada por dez anos de trabalhos na Sibéria, iria torná-lo mais pessimista, mas também mais religioso e menos individualista. Defendia a crença de que o ser humano tem que passar pela dor e pela desgraça para melhor obter a redenção; apoiava um cristianismo mais caridoso, com menos dogma e mais participação na comunidade, e defendia uma Rússia mais eslava, menos contagiada pelos pareceres europeus. Esta obra vive dessas experiências e ideias de Dostoyevsky, e o príncipe Míchkin pode bem ser um alter ego do autor, já que defendia e dissecava com grande convicção os seus conceitos essenciais. História forte com personagens marcantes, todavia, tem momentos em que se desenrola em tal caos narrativo que exige redobrada atenção para a poder acompanhar.

Literatura russa

M.

Mais um tesouro da literatura russa. Para quem gosta de Tolstoi, vale a pena ler Dostoiévski. Faz-nos apaixonar pelo personagem que é "o idiota".

Até quanto se pode ser humilhado

Paulo Jorge 2016-02-25

Como alguém disse e comentou muito bem : Ler um romance de Fiodor dostoievski é conhecer ou até mesmo reconhecer o lado sombrio e desesperado da humanidade. O lado bom das pessoas , a humildade ,a pureza ,corrompida ,humilhada por uma sociedade pretenciosa e fútil. Um livro profundo, belíssimo ,que nos influencia...

SOBRE O AUTOR

Fiódor Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski ( Moscovo, 11.11.1821 - S. Petersburgo, 09.02.1881) foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentavivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.

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