Léxico Familiar

de Natalia Ginzburg
editor: Relógio D'Água, janeiro de 2019
19,01€
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Léxico Familiar é o principal livro de Natalia Ginzburg e um clássico da literatura italiana contemporânea. A narrativa acompanha a vida dos Levi, que viveram em Turim entre 1930 e 1950, período em que se assiste à ascensão do fascismo, à Segunda Guerra Mundial e aos acontecimentos que se lhe seguiram.

Natalia, uma das filhas do professor Levi, foi testemunha dos momentos íntimos da família e dessa conversa entre pais e irmãos que se converteu num idioma secreto. Nesta narrativa de pendor autobiográfico, os acontecimentos quotidianos misturam-se com reflexões que mantêm toda a atualidade.

O livro venceu em 1963 o Prémio Strega.

Léxico Familiar

de Natalia Ginzburg

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896419011
Editor: Relógio D'Água
Data de Lançamento: janeiro de 2019
Idioma: Português
Dimensões: 153 x 234 x 18 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 200
Tipo de produto: Livro
Coleção: Ficções
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896419011

Aquilo que nos fica

António Mateus

Como ao correr da pena, numa narrativa aparentemente simples e corrida dos factos, com descricões aparentemente superficiais dos personagens, vamos, sem quase nos darmos conta, consolidando um retrato de todos os intervenientes e das suas circunstâncias. Mais: mas, paradoxalmente, parágrafos há, em que Natália Ginzburg, escrevendo o que escreveu, nos mostra a capacidade de análise e profundidade do seu pensamento sobre a condição humana, deixando-nos a nós a opção/obrigação de meditar sobre o que nos conta no seu livro.

Muito bom!

SSR

Pode descrever-se este livro como uma autobiografia familiar, que desafia e subverte qualquer divisão possível entre público e privado, denunciando a artificialidade dessa divisão e escancarando a realidade de que os grandes fatos históricos têm impacto direto na vida dos sujeitos, assim como tudo o que acontece na vida dos sujeitos só pode ser entendido a partir do seu contexto histórico e social. Definitivamente recomendo a leitura desta obra.

UM GRANDE ROMANCE

Fernando Flores

Natalia Grinzburg conta-nos a história de uma época através da história da sua própria família. Um romance que se lê sem paragens, como se nos tivéssemos sentados em casa de Natalia e ela nos deixasse conviver com a sua família e seus amigos. Mais do que as palavras que povoavam as relações familiares, são os compromissos coletivos que nos prendem e a forma como todos convivem com um ambiente hostil de uma Itália que acabou por ser tomada pelo fascismo. O léxico com que convivia Natalia ia muito para além do entendimento familiar do dia a dia. Cada palavra era um código que permitia a todos conviver e ao mesmo tempo conviverem com todas as transformações daquela época. O romance ajuda-nos a perceber a Europa em que vivemos e as contradições da própria Itália. Mas, como sugere o título, as palavras contam e por isso mesmo o texto está recheado de momentos deliciosos, típicos de uma família italiana.

Os Cafres

SMC

A advertência surge no início. São pessoas reais com nomes reais. Natalia apresenta-nos a família e constrói um quadro muito vivido daquelas pessoas. Creio que será difícil encontrar a voz de narrador quando o assunto somos nós. Natalia fá-lo na perfeição. As personagens respiram. O livro agarrou-me desde a primeira frase. Leiam, conheçam o léxico desta família, não sejam cafres.

SOBRE O AUTOR

Natalia Ginzburg

Natalia Levi, que viria a adotar o apelido Ginzburg do seu primeiro marido, nasceu em Palermo a 14 de julho de 1916.
Passou grande parte da vida em Turim, para onde o pai, professor universitário de Anatomia, foi transferido em 1919. Tanto ele como os irmãos de origem judaica foram presos e acusados devido às suas ideias antifascistas.
Apesar de a sua mãe ser católica, Natalia teve, como toda a família, uma educação laica. Estudou no liceu Alfieri e publicou o seu primeiro livro de contos, I bambini, aos dezassete anos. Cinco anos mais tarde casou com Leone Ginzburg, professor de Literatura Russa. O casal manteve relações de amizade com Cesare Pavese e Carlo Levi, entre outros escritores.
Em 1940, exilaram-se em Pizzoli. Sob o pseudónimo Alessandra Tornimparte, Natalia publicou, em 1942, O Caminho da Cidade, que seria reeditado em 1945 já com autoria assumida.
O marido foi detido e torturado até à morte na Prisão de Regina Coeli em 1944. Nesse mesmo ano, Natalia Ginzburg deslocou-se para Roma, entretanto libertada, e começou a trabalhar na editora Einaudi, aí publicando os seus livros.
Em 1947, surgiu o seu segundo romance, Foi assim, que obteve ex aequo o prémio Due Cicogne — Il Tempo di Milano.
Em 1950, casa com Gabriele Baldini, especialista em Literatura Inglesa, de quem terá dois filhos.
Em 1961, publica As Palavras da Noite, que será adaptado ao cinema. Dois anos depois, sai Léxico Familiar, uma novela autobiográfica. Interpreta o papel de Maria de Betânia em Evangelho segundo São Mateus, de Pier Paolo Pasolini.
A partir do final da década de sessenta, publica vários livros, todos eles abordando relações familiares. Natalia Ginzburg foi também autora de várias comédias teatrais e tradutora de Proust, Flaubert e Maupassant.
Foi eleita para o parlamento italiano em 1983.
Morreu a 7 de outubro de 1991.

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