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Futebol ao Sol e à Sombra

de Eduardo Galeano; Tradução: Helena Pitta

editor: Antígona, novembro de 2019
«Homenagem ao futebol, celebração das suas luzes e denúncia das suas sombras.»
De quatro em quatro anos, por altura do Mundial, fechava-se em casa durante um mês e pregava na porta um aviso: Fechado por motivo de futebol.

Adepto fervoroso, Eduardo Galeano não tinha toque de bola; desastrado com os pés, serviu-se das mãos para fazer uma das mais belas odes à grande missa pagã, esse espectáculo «capaz de falar tantas línguas e de desencadear paixões universais». Nas suas inconfundíveis vinhetas poéticas e contundentes, entram em campo lendas e mal-amados - de Garrincha a Beckenbauer, de Puskás a Maradona -, bem como episódios infames da modalidade - como o dos jogadores ucranianos que, em plena ocupação nazi, na mira dos fuzileiros, não resistiram à tentação de vencer a equipa alemã.

Futebol ao Sol e à Sombra (em edição actualizada por Galeano, pouco antes de morrer, em 2015), enciclopédia emocional do desporto-rei, epopeia das suas origens, mutações e superstições, é também uma aula de história dentro das quatro linhas - um resumo alargado do século XX, passando em revista as vitórias e derrotas da humanidade, o pé-em-riste dos poderosos, os negócios apanhados em fora-de-jogo e a desforra dos povos que lutam pela manutenção.

Futebol ao Sol e à Sombra

de Eduardo Galeano; Tradução: Helena Pitta

Propriedade Descrição
ISBN: 9789726083542
Editor: Antígona
Data de Lançamento: novembro de 2019
Idioma: Português
Dimensões: 136 x 212 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 320
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Contos
EAN: 9789726083542
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Hino ao futebol

Filipe Moreira

Uma declaração de amor ao futebol, às raízes das paixões que move, aos símbolos que o representam. Por mais roupagens com as quais andrajosamente se vista, será sempre um jogo que se inicia com o amor de uma criança por uma bola que lhe permite perseguir um sonho e quebrar barreiras.

Eduardo Galeano

Eduardo Galeano (1940-2015) – «inimigo da mentira e da indiferença», segundo John Berger – notabilizou-se como um dos mais apaixonados ativistas e escritores latino-americanos. Nos cafés de Montevideu, despertou para o «arco-íris da humanidade», para o colorido das gentes e dos pequenos gestos, e aprendeu a escutar a dignidade das vozes das ruas. Com um percurso intensamente político, Eduardo Galeano foi, nos anos 60, editor do mítico Marcha, principal jornal de esquerda uruguaio, e, se sonhara ser jogador de futebol em criança, cedo se tornou um ponta-de-lança dos oprimidos e dos sem-voz, fintando o silêncio a que estavam condenados. A publicação de Veias Abertas condenou o autor à prisão e forçou-o ao exílio na Argentina, onde esteve nas listas dos esquadrões da morte, e em Espanha. A sua voz alimentou o fogo de movimentos contestatários, ecoou entre o nevoeiro do Chiapas, em 1996, e entre os indignados de Madrid, em 2011. Na sua obra premiada, alheia a géneros, destacam-se a trilogia Memória do Fogo (1982-86), O Livro dos Abraços (1989), As Palavras Andantes (1993), Espelhos (2008) e Mulheres (2015).

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