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Enredos

de Rui Nunes
editor: Relógio D'Água, abril de 2014
13,00€
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Escrita em 1987, esta obra de Rui Nunes foi durante muito tempo a primeira a abordar de modo cáustico a vida de Salazar e do Palácio de São Bento da época.

«— A quê, senhor Doutor?
— Que é isso? regressamos a Coimbra? Não se esqueça de que sou o presidente. Já o Manel segredava que a senhora tinha o espírito de um ministro das finanças e que eu teria muito a aprender consigo
— bem, bem,
resmungou a velha. E em voz alta:
— Senhor presidente?
— Que é?
— São as meninas…
— As meninas? As de Velázquez?
— Não, as de Odivelas.
— As que comem banana às rodelas?
— Então, porte-se bem.
— Venham elas, inteiras ou às rodelas, venha a inocência em seu feltro castanho, venham ao presidente que a todas ama, ao meu paternal cuidado. E são muitas? e bonitas?»

Enredos

de Rui Nunes

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896414221
Editor: Relógio D'Água
Data de Lançamento: abril de 2014
Idioma: Português
Dimensões: 152 x 234 x 9 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 120
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896414221

SOBRE O AUTOR

Rui Nunes

Escritor português e professor de Filosofia, Rui Nunes nascido em novembro de 1947. Licenciou-se em Filosofia pela Universidade de Lisboa e enveredou pela atividade de escritor em paralelo com a de professor de Filosofia, na Escola Secundária Rainha D. Amélia, em Lisboa.
Na década de 60, passou pelos jornais, tendo visto censurados muitos dos trabalhos.
Com muitas dificuldades, publicou o seu primeiro livro As Margens em 1968, tendo que suportar as despesas da edição. Contudo, a sua atividade literária só assume continuidade a partir de 1976, quando, depois de ter regressado da Austrália, em 1974, publica Sauromaquia.
Imprimindo à sua escrita um discurso de características próprias, Rui Nunes não nega a influência de escritores que a vida lhe foi permitindo conhecer, nomeadamente Kafka. Temas como a dor, a doença e a morte são recorrentes nos seus livros.
Porém, e apesar desta temática recorrente que flui na sua obra, o autor assume o ato de escrita como uma forma de sublimar a dor e com preciosos e comprovados (por ele) poderes terapêuticos. Por isso, gosta e tem prazer em escrever.
Leitor da obra de Agustina Bessa-Luís, Maria Velho da Costa, Maria Gabriela Llansol e de José Saramago, entre outros. Rui Nunes aprecia também outros géneros artísticos, nomeadamente o cinema (Bergman) e a música (Barroca e Jazz), admitindo que estes podem suscitar-lhe o gosto pela escrita.
Premiado, em 1992, com o Prémio do Pen Club Português de Ficção, atribuído ao seu livro Osculatriz, os seus novos títulos foram sempre, saudavelmente, apreciados pela crítica literária.
Considerado por Manuel Frias, membro do Júri que atribuiu ao seu livro Grito, em 1998, o Prémio GPRN (Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE)), "uma das estrelas mais brilhantes da constelação literária portuguesa - ocultada, tantas vezes pelas nuvens do fácil e do óbvio", Rui Nunes entende que o sucesso de um livro não se prende com a quantidade das vendas, mas sim com o "espaço de cumplicidade" entre autor e leitor que é capaz de criar.

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