Ecologia
de Joana Bértholo
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A estranheza inicial dá lugar ao entusiasmo.
Afinal, como é que falar podia permanecer gratuito? Há seis mil idiomas no mundo.
Seis mil formas diferentes de dizer ecologia, e tão pouca ecologia.
Seis mil formas diferentes de dizer paz, e tão pouca
paz. Seis mil formas diferentes de dizer juntos, e cada um por si.
WOOK LÊ Joana Bértholo
Joana Bértholo estudou Design, mas, felizmente para nós, leitores, dedica-se à escrita: de romances, livros infantis, peças de teatro, argumentos para BD, textos experimentais que cruzam diversas artes, etc. Desde o seu livro de estreia, tem vindo a “colecionar” prémios literários, como o de melhor livro infantojuvenil, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores, o Prémio Jovens Criadores 2005 ou o Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho.
É uma das vozes mais originais da sua geração. O seu romance Ecologia é ambientado num mundo em que temos de pagar pelas palavras. Antes que a linguagem deixe de ser grátis, convidamo-la a partilhar connosco os seus livros preferidos.
Foto de Luís Barra
BIOGRAFIA
NOME: Joana Bértholo
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO: 1982, Lisboa
WOOK FAZ? Escreve: romances, peças de teatro e outros textos.
CURIOSIDADE: Menciona livros diferentes cada vez que fala dos livros da sua vida.
OS SEIS LIVROS DA SUA VIDA
MONOCULTURES OF THE MIND
Vandana Shiva olha para o mundo actual fazendo uso do conceito de monocultura, tentando demonstrar que a falta de diversidade agrícola, tanto quanto intelectual, pode ser nociva e insustentável. Faz uma defesa da democratização das múltiplas formas de saber, locais e (bio)diversas.
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A DE AÇOR
Os pássaros, a natureza, o luto. De forma memorável a autora entrelaça a sua depressão e o processo de lidar com a morte do pai, com uma obsessão por falcões e T. H. White. Não deve ser lido por quem não aprecie um ou outro.
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PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM
A partir desta leitura pareceu-me inevitável ler as obras seguintes da autora, que podem até ser mais importantes ou maduras. Mas a profunda impressão que causou em mim este primeiro contacto com a sua escrita determina que seja sempre este o romance de Lispector em que penso primeiro, e que recomendo.
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RUMO AO FAROL
Como com Lispector, desta autora recomenda-se a obra. Rumo ao Farol [To the Lighthouse, no original] também pode ter sido o primeiro que li — já não estou certa. É, sobretudo, de todos os seus romances, a mais linda ode ao fluxo de consciência. Apercebi-me ao lê-lo que o fenómeno do pensamento pode ser a personagem principal de um livro, e isso foi na altura uma revelação.
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AVENTURAS DE DIÁFANES
A autora nasceu em São Paulo em 1711, com 5 anos veio para Portugal, e dela é dito que é a primeira romancista em língua portuguesa; e este o seu primeiro romance, publicado em 1752. É uma leitura preciosa para quem se interessa pela linhagem de autoras esquecidas pelo tempo. Simplesmente não havia mulheres a publicar romances no seu tempo, e foi-lhe além do mais atribuído pouco valor literário — mas nunca é tarde para o contestarmos.
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A NOITE E O RISO
Descrever um livro que exerce sobre nós puro fascínio é como explicar uma anedota. Digo apenas que é um arrepio, a forma como escreve Nuno Bragança. Este é um daqueles livros ao qual me apetece sempre voltar.
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Ler para crer
Nem tudo o que parece é. Nestes livros, os títulos brincam connosco e, por isso, recomenda-se grande atenção na hora de escolher a leitura. Fazem todo o sentido e percebemo-lo no decorrer da leitura. Mas, à partida, não diríamos que a história que se desenrola seria aquela. É caso para dizer que quem lê títulos não lê narrações.
A História de Roma
É o mais recente livro da autora e, por aqui, o melhor que lemos este ano. Bem sabemos que 2022 ainda vai no adro, mas dificilmente outra história ultrapassará o arrebatamento com que nos entregámos a este livro. Ou com que este livro se entregou a nós. Fala-nos do encontro em Lisboa, passados dez anos, de dois antigos amantes, um homem e uma mulher que viveram uma história de amor em Buenos Aires, e cuja dimensão desse amor foi vivido de forma diferente por ele e por ela.
Parece simples, parece até uma história onde já todos nós fomos personagens principais. Embora o livro tenha uma componente autobiográfica forte, a sua universalidade é imensa. Quem detém a verdade sobre o amor? Aquele que ama menos, aquele que ama mais? Quem define o que aconteceu, de facto? Algures entre um e outro, algo factual aconteceu, vivido em dimensões tão diferentes por cada um. Para todos os que amam, custa aceitar que esse desequilíbrio de tensão existe e que não há um ponto médio de amor.
O romance de Joana Bértholo passeia entre Buenos Aires, Lisboa, Marselha e Berlim. Mas é nas várias dimensões da realidade e da verdade que ele mais nos leva a viajar. Uma leitura galopante, onde a única certeza de que temos, logo à partida, é de que aquela não é a história de Roma, como a conhecemos. E, tal como nos perguntamos se um antigo amor existiu de facto, será que Roma não é apenas uma ideia?
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As Pessoas do Drama
É surpreendente o facto de H. G. Cancela não ser muito mais lido. Não ver as suas obras somarem edições atrás de edições, o seu nome apontado para grandes prémios e os seus livros tornarem-se referência de leituras absolutamente disruptivas e geniais. Todavia, cá estamos nós para o divulgar conforme achamos que o autor e os seus livros merecem. E tome nota, pois este é daqueles escritores que o vai definitivamente fazer sair da zona de conforto. Torna-se bastante difícil, contudo, falar dos seus livros sem emitir um daqueles spoilers que arruínam a leitura. Por isso, a primeira recomendação é de que se atire de cabeça, sem consultar nenhuma informação. Mas não pare de ler este texto: vamos só até àquele ponto em que a curiosidade fica aguçada mas a experiência de leitura se mantém intacta.
Em As Pessoas do Drama, temos um homem que vive numa herdade alentejana e de quem o autor nos dá a informação de que esteve preso durante algum tempo. Os dias passam-se entre a bebida e as paredes vazias de uma casa aparentemente sem memória. Certa noite, numa cidade fronteiriça, esse homem recorre aos serviços de uma prostituta, mas a concentração desfaz-se quando vê a imagem de uma atriz na televisão. A partir daí, a narrativa é veloz, um turbilhão de reflexões e uma perseguição da qual haveria tanto para dizer. O melhor é que a viva por si, ao derramar a atenção nas páginas deste livro. Quanto ao título, deixamos apenas uma indicação: só o perceberá na última página e quando tudo parece já estar terminado.
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Yoga
Sejamos claros desde o início: este livro não é sobre yoga. Ou se calhar é. Talvez seja não sobre a forma como habitualmente reconhecemos esta prática, mas antes sobre a sua definição inicial, que significa «unir» e «integrar». Tudo começa com o autor a descrever-nos os dias iniciais de um retiro de meditação em que participou, em França, e de como esse momento de contemplação se viu subitamente interrompido. O que era para durar dez dias, durou apenas quatro. O livro, tal como outros do mesmo autor, é assumidamente autobiográfico, não sem que haja algumas fintas ao leitor entre a realidade e a ficção.
Sendo uma figura pública bastante conhecida e prestigiada, Carrère tem uma voz política e social bastante ativa em França e, como tal, os organizadores do retiro de meditação não hesitaram em interromper a estadia do autor quando se deram os inomináveis ataques terroristas ao jornal Charlie Hebdo. Carrère era próximo de um dos autores assassinados e este acontecimento vai dar início a uma cadeia de eventos que impõe uma grande transformação na sua vida. Este é um livro que causou polémica, uma vez que Carrère utiliza, contra a vontade da própria, a figura da sua ex-mulher, dando-lhe várias vezes voz ao longo da narrativa. É também um livro que nos leva a conhecer uma mente aflita, em constante turbilhão de ideias, falando-nos da saúde mental como um fator decisivo no bem-estar. Pode não ser um livro linearmente sobre a prática de yoga, mas é uma história de procura de equilíbrio, de análise interior e de saber aprender a lidar com a realidade.
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O prazer de guiar
Não é que não haja veículos, neste livro. Mas, a primeira vez que o vimos, ficámos com a impressão, pelo título, de que iríamos encontrar um ensaio de um aficionado dos carros, quem sabe com direito a fazer um test drive de uma qualquer máquina devoradora de asfalto. Ou, então, um relato em primeira mão de um corredor da Fórmula 1, cuja vida fosse dedicada ao prazer que lhe davam as quatro rodas. A verdade é que estávamos muito longe de perceber que este era um romance distópico sobre o reencontro de dois idosos, outrora marido e mulher.
O Prazer de Guiar é um livro que nos fala de Raquel e João, aos setenta anos, afastados um do outro pelo desenrolar da vida, mas que se encontram para uma aventura final. No passado, foram casados, tiveram filhos e separaram-se. No presente, reencontram-se e decidem partir à aventura, lembrando-se ambos de como eram antes, buscando uma adolescência perdida precisamente por vicissitudes da vida. Mas que presente é esse? Os nossos dias? Nada disso. Estamos em 2032, num tempo de grandes avanços tecnológicos, um Portugal dependente da máquina mais do que nunca, oprimido nas suas liberdades. Uma das liberdades que os cidadãos viram ser-lhes apagada foi precisamente a de conduzir nas cidades e nas estradas. Os nossos protagonistas vão desafiar a autoridade e as convenções e procurar resgatar as emoções de guiar um veículo por Portugal fora. Mas será que vão ser bem-sucedidos?
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ISBN: | 9789722129374 |
Editor: | Editorial Caminho |
Ano: | 2018 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 157 x 234 x 28 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 504 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722129374 |
A palavra como, literalmente, ouro
Gonçalo Gomes
Uma distopia em que a crescente mercantilização de tudo evolui a um ponto em que a linguagem se torna um bem transaccionável, nas mãos de corporações com uma agenda bem mais do que comercial. Um desafio interessante, principalmente num tempo em que pensamento e língua são tão desvalorizados...
Uma distopia que nos põe a pensar
Antónia E.
Num mundo em que as palavras são pagas, qual é o valor de cada palavra? Esta será uma nova forma de distinguir ricos e pobres? Poderá haver um mundo assim? Esta distopia faz-nos refletir sobre o poder que damos às palavras e a importância de que se devem revestir. A linguagem é muito escorreita e há a interação com outros códigos.
Ecologia
Susana Machado
Um romance provocante que nos remete a reflexões constantes. Através de uma distopia, a autora dá a conhecer a caminhada de uma sociedade consumista, num percurso até um limite - a perda da liberdade de expressão. Uma narrativa surpreendente, que envolve o leitor por caminhos desafiantes.
Importantíssimo!
Helena Cruz Ventura
No outro dia algue´m me dizia que este livro foi escrito para mim. Que este livro me fala muito directamente, e´ verdade. Apesar de na~o ter gostado especialmente de como acaba, isso perde quase toda a releva^ncia quando sentimos que o importante neste livro e´ a mensagem, o que as palavras conte^m, o seu valor ao inve´s do seu prec¸o. Resultado de uma investigac¸a~o tremenda, esta dita distopia (que e´ so´, a meu ver, uma quarta-feira da falta de Humanidade com que o mundo vive, sempre tudo a` espera de mais um estalo chamado conseque^ncia) desconstro´i na~o so´ a linguagem e o discurso, mas tambe´m o que somos, qual o nosso lugar na Natureza. No entanto, na~o se deixem enganar, este na~o e´ um livro de leitura fa´cil e desprendida. Este e´ um livro que vos exige atenc¸a~o, dedicac¸a~o, e constante questionamento sobre que porra andamos todos aqui a fazer com toda a riqueza que o planeta nos ofereceu, e que persistimos em desprezar, como se fo^ssemos coisa separada. Ale´m de uma dina^mica que pode parecer, por vezes, confusa (e´s tu, mundo?), com co´digos QR (quem viu todos percebeu a riqueza que eles trouxeram a` leitura), citac¸o~es de acontecimentos reais, imagens e gravuras, mapas e linguagem de programac¸a~o C++, a Joana da´-nos uma escrita intencional. Sim, esta e´ mesmo a palavra. Intenc¸a~o. E a intenc¸a~o aqui e´ instigar o pensamento cri´tico. Porque “mudar a forma como as pessoas pensam sobre o mundo e´ mudar o mundo.” E neste mundo de dormências, em que o glossário economicista contaminou o vocabulário dos afectos, em que “investimos numa relação” e “lucramos” ou não com o amor ao próximo, é imperativo pensar. A História ensina quem quer aprender que “A forma mais perversa de tortura somos nós próprios”. Parece-me que, neste Portugal, em que vivemos em 2021, em que “se não pensares tanto” parece que “funciona melhor”, num país em que já nos proibiram (foi há menos de 50 anos) de falar, é importante lembrar que “a linguagem é um bem precioso: use-o com sensatez!”. Façamos algo enquanto a maioria ainda pensa que “mesmo que nos tirem a palavra , não nos podem tirar a ideia de liberdade”, e pode ser que não voltemos a ficar sem ela. Seja lá o que isso for.
Extra-ordinário
Maria Teresa Meireles
Uma escrita de excessos, criativa, culta, intrigante, inesperada, inteligente. Uma história construída à volta de um absurdo que se torna «normal», com personagens que nos conduzem por diferentes universos e contextos. Uma leitura actual.
Das palavras ao silêncio
Manuela Cunha
A linguagem, as palavras, a literatura e os silêncios, em cada uma daquelas personagens e na humanidade. E essa eterna fórmula vencedora do livro dentro do próprio livro. Esbarramos desde o início com algo diferente, original, que nos faz parar, pensar nas vezes que talvez já tenhamos questionado o mesmo. Um bom exemplo disso é logo na página 24 esse mundo em que tudo se prefixa com "co" e vemos o nosso dia-a-dia ali, num parágrafo. Depois, toda aquela sequência dos dias que correm lá para a página 44 que nos faz pensar que mundo é este afinal? E se realmente as palavras se pagassem e se apagassem por si? Recorreríamos aos caderninhos da Candela e seriam outras as palavras "perdidas"? Quem de nós arriscaria morrer no vale do silêncio? Que ao menos o silêncio dos seis mil idiomas seja como o silêncio de Beethoven.
Eco-elegia
Diogo Pinto
Um marco definitivo naquilo que é a ascensão de uma autora em evidência. Prima sempre pela originalidade e pela humanidade.
Espetacular
Jorge Fernandes
Livro muito interessante! Uma visão sustentada da actualidade.