Carta sobre os Cegos para Uso Daqueles que Vêem
(2ª Edição)
SINOPSE
Nesta obra Diderot interroga um cego de nascença sobre a ideia que lhe desperta a noção de simetria ou da beleza, procurando certificar-se de que a "beleza" para um cego não é senão uma palavra quando separada da utilidade. Todas as respostas do cego se mostram relativas nos únicos sentidos de que ele dispõe. As principais noções de metafísica e moral são igualmente concebidas por ele depois da sua experiência sensitiva. Assim, não há bem nem mal, mas pessoas que guiam os cegos e lhes abrem horizontes. Este diálogo entre um cego e um ser que vê, patente na primeira parte desta Carta Sobre os Cegos, tem pois por objectivo levar o leitor a inclinar-se para o relativismo. A segunda parte do texto é ainda mais subversiva por Diderot sustentar aí a hipótese de uma grande desordem universal: o que é aqui normalidade não será noutro lado uma excepção? Radicalmente materialista, Diderot vira-se assim para o ateísmo e arrasta-nos com ele até à vertigem no turbilhão da sua reflexão que, publicada sob forma de livro em Junho de 1749, vem a ser censurada e a merecer-lhe a prisão.
DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789726998693 |
Editor: | Nova Vega |
Data de Lançamento: | março de 2007 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 110 x 193 x 10 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 136 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Passagens |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Ensaios |
EAN: | 9789726998693 |
OPINIÃO DOS LEITORES
Um (pequeno) tratado sobre relativismo
Joana V.
Diderot não sofre dos aceços de emoção de Rousseau, nem a sua ironia atinge o patamar da de Voltaire, mas a sua lucidez é talvez a que sobe mais alto. Esta é uma verdadeira ode ao relativismo, onde nem por isso deixa de ser feita uma crítica mordaz da sociedade.
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