Argumentos Para Filmes

de Fernando Pessoa
editor: Ática, julho de 2011
19,95€
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Reúnem-se aqui os seis argumentos para filmes, apontamentos e outras notas em torno do cinematógrafo que ficaram inéditas na famosa arca do poeta. Precedidos por uma introdução na qual os editores traçam as diferentes linhas de contacto que Pessoa veio a desenvolver com o cinema, os documentos aqui publicados são complementados pelos diferentes anexos compostos a partir da biblioteca particular do autor. No posfácio, para além de comentar os textos de Pessoa, Fernando Guerreiro disserta sobre a relação que tanto os presencistas (José Régio, Gaspar Simões, Adolfo Casais Monteiro) como António Ferro e Almada Negreiros viriam a cultivar - durante a vida de Fernando Pessoa - com o cinematógrafo.

«Os seis argumentos que agora se publicam, sendo dois deles inéditos, reflectem temas reconhecíveis na obra pessoana, da troca de identidades às viagens em grandes navios onde as personagens procuram preciosidades inexistentes. Em inglês, francês e, parcialmente, português, os argumentos são curtos, mas suficientes para confirmar um interesse do autor pelo cinema que parece contradizer o desprezo assumido na sua correspondência e em algumas notas críticas, materiais igualmente incluídos neste livro. Afinal, quando Pessoa refere o consumo massificado e a falta de dimensão artística e vital no cinema, está a referir-se a um determinado tipo de filmes e não à arte cinematográfica em geral. E depois da leitura de Argumentos Para Filmes, não é difícil imaginá-lo no debate blockbusters versus cinema de autor, como se fosse preciso voltar a dizer que a actualidade de Fernando Pessoa se renova a cada dia, e até nos campos mais inesperados.»
Sara Figueiredo Costa, Time Out

Argumentos Para Filmes

de Fernando Pessoa

Propriedade Descrição
ISBN: 9789726172444
Editor: Ática
Data de Lançamento: julho de 2011
Idioma: Português
Dimensões: 143 x 199 x 17 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 192
Tipo de produto: Livro
Coleção: Obras Completas de Fernando Pessoa
Classificação temática: Livros em Português > Arte > Cinema
EAN: 9789726172444

SOBRE O AUTOR

Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura, conhecido mundialmente. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século xx. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como «correspondente estrangeiro». Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.

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