A Palavra que Resta
de Stênio Gardel
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Artigos que se encontram disponíveis nos fornecedores e que serão expedidos após receção do artigo no nosso armazém.Nascido e criado na roça, Raimundo não frequentou a escola, pois cedo precisou de ajudar o pai na lida diária. Mas há muito que foi obrigado a deixar a família e a vida no sertão para trás. Desse tempo, Raimundo guarda apenas a carta que recebeu de Cícero, quando o amor escondido entre os dois foi descoberto. Cícero partiu sem deixar outra pista senão aquela carta que Raimundo não sabe ler - pelo menos até agora.
Com uma narrativa sensível e magnética, Stênio Gardel leva-nos pelo passado de Raimundo, permeado de conflitos familiares e da dor do ocultamento da sua sexualidade, mas também das novas formas de afeto e de vida que estabeleceu depois de ter fugido de casa.
Explorando o poder universal da palavra escrita e da linguagem, e o modo como elas afetam os nossos relacionamentos, A Palavra que Resta é um romance arrebatador sobre repressão, violência e vergonha, mas acima de tudo sobre a coragem de lhes resistir.
Minientrevista a Stênio Gardel, finalista do Prémio WOOK Novos Autores
Foi à sua realidade quotidiana que Stênio Gardel foi buscar inspiração para escrever A Palavra Que Resta, finalista do Prémio WOOK Novos Autores. Neste romance, o autor debruça-se sobre o poder da palavra e da linguagem e sobre a coragem de resistir à repressão, à violência e à vergonha.
Além de ter vencido o National Book Award para a melhor obra traduzida com este livro, Gardel tem sido elogiado pela crítica pela sua habilidade em dar voz a personagens marginalizadas, usando uma linguagem simples, mas carregada de emoção.
Os leitores e a crítica reconhecem a sua capacidade de retratar o sertão brasileiro com autenticidade e beleza, ampliando o alcance da literatura nordestina no cenário nacional e internacional.
Nesta breve entrevista ao wookacontece, fala-nos de como a escrita é processo de construção, e que tudo começa com uma boa história.
Stênio Gardel
Como surgiu a ideia para este livro?
Como servidor público do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, atendi muitos eleitores que não sabiam assinar o próprio nome. Essas várias imagens deixaram uma forte impressão em mim, e se juntaram a uma outra, fictícia, de um homem sentado a uma mesa, segurando um papel importante para ler nas mãos. Então vieram perguntas sobre esse homem, sobre essa mensagem não lida e, à medida que encontrava respostas e novas perguntas, a história se construiu. O homem se tornou esse homem analfabeto, veio a ideia de o papel ser uma carta, depois a carta como resultado de um relacionamento interrompido, depois de que esse relacionamento seria homoafetivo, e assim por diante.
Tem uma rotina de escrita?
Mantenho uma rotina de escrever todos os dias, principalmente pela manhã bem cedo, se estiver envolvido em algum projeto. Foi assim com A Palavra Que Resta e Bento Vento Tempo, livro ilustrado que publiquei em junho no Brasil.
Como lida com um bloqueio criativo?
Na experiência de escrita dos dois livros, não me lembro de bloqueios na hora de escrever, acredito que porque já tinha havido um grande planejamento prévio, especialmente para o romance, e conseguia escrever todos os dias. Se eu me deparar com um bloqueio criativo nos próximos projetos, acho que será importante não ceder ao medo da folha em branco e escrever mesmo que aquilo seja desconsiderado depois. A escrita é construção, não surge acabada de imediato.
Qual é a pior e a melhor parte de ser escritor?
A melhor, é inventar, criar histórias, e escrevê-las para conversar com pessoas de longe e perto de
mim por meio do texto literário. A pior, talvez seja me encarar como escritor, o que envolve tantas
outras coisas além de escrever, e que muitas vezes me deixam inseguro quanto a estar pronto para
atender as expectativas.
Há algum tema sobre o qual não goste de ler ou escrever?
Ainda não me deparei com essa situação. Tudo começa com uma história, se for uma boa história,
não teria receio de abordar qualquer tema que seja.
Se pudesse partilhar um jantar com qualquer autor (vivo ou morto), quem escolheria?
William Faulkner.
Qual o livro já devia ter lido e ainda não leu?
Ulisses, de James Joyce.
Qual o livro que mais o marcou até hoje?
Crime e Castigo, de Dostoiévski.
Qual foi o último livro que ofereceu?
Nadar no Escuro, de Tomasz Jedrowski.
Prémio WOOK Novos Autores: celebrar a literatura emergente em língua portuguesa
Além de sermos a maior livraria portuguesa online, gostamos de dar voz e apoiar os escritores que dão vida à nossa língua. Por isso, decidimos criar o Prémio WOOK Novos Autores. Com esta iniciativa, damos um passo crucial na descoberta de talentos literários, destacando escritores que prometem marcar o futuro da literatura de língua portuguesa.
O nosso prémio distingue novos autores que tenham até duas obras de ficção literária editadas em Portugal (1.ª edição), publicadas originalmente em língua portuguesa, até 30 de setembro de 2024. De 80 livros elegíveis, foram selecionadas seis obras finalistas, que primam pela diversidade, criatividade e qualidade da produção literária em língua portuguesa.
O que falta? Para ajudar a apurar o vencedor, convidámos o escritor João Tordo, para presidir ao nosso júri, formado também por dois membros da WOOK. Mas vão ter de esperar um pouco mais para saber quem irá receber o nosso galardão. O vencedor da 1º edição do Prémio WOOK Novos Autores é anunciado na terceira semana de janeiro de 2025. Até lá, tem tempo de conhecer os finalistas e as obras a concurso – vá por nós, vale muito a pena descobrir estas vozes emergentes da literatura em português! Apresentamos agora os finalistas selecionados:
(os finalistas são apresentados por ordem alfabética da primeira letra dos seus sobrenomes)
Stênio Gardel, A Palavra que Resta
Stênio Gardel é um escritor brasileiro nascido em 1980 no Ceará, onde trabalha no Tribunal Regional Eleitoral e é especialista em Escrita Literária. Enquanto escritor, além de ter em diversas coletâneas de contos, conquistou grande reconhecimento com sua obra de estreia, A Palavra Que Resta (2021). Neste romance, Gardel explora temas como identidade, memória, sexualidade e os desafios enfrentados por um homem analfabeto que relembra uma carta nunca lida, o que marca profundamente a sua vida. Um romance sobre o poder da palavra e da linguagem, sobre repressão, violência e vergonha, mas acima de tudo sobre a coragem de lhes resistir. A narrativa sensível e poética rendeu ao autor as distinções do National Book Award para a melhor obra traduzida, de semifinalista do Prémio Jabuti e finalista do Prémio São Paulo de Literatura.
O livro começa assim:
Raimundo
«Raimundo de Freitas, traço incerto, arredio ao toque do papel. Lápis danado, domado, e ele escrevia o nome completo pela primeira vez. Setenta e um aos e essa invenção, como ele diz, de aprender a ler e escrever depois de velho. Raimundo não foi difícil. Complicado era Gaudêncio, denso de saudade, as cinco vogais e acentuado. Freitas era feito de sangue.
Excerto de A Palavra Que Resta, de Stênio Gardel, p. 13
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Marta Hugon, Souvenir
Marta Hugon (Lisboa, 1971) tem cinco discos em nome próprio e várias colaborações como cantora e compositora. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, escreve para publicidade, é professora na Escola de Jazz Luiz Vilas Boas e cocriadora do projeto a três vozes «Elas e o Jazz». Depois de se ter estreado na literatura com a publicação do conto «Conceição» na 10.ª edição da revista Granta em Língua Portuguesa, Hugon lançou, em abril deste ano, Souvernir, o seu primeiro livro. Souvenir é uma coletânea de contos habitados por personagens comuns que giram em torno da memória e da intimidade humana. Cada história é como uma peça de um quebra-cabeça emocional, unida por objetos, lugares e músicas que evocam experiências do passado, explorando temas como trauma, redenção e coragem diante das adversidades. A memória é quase palpável, transportando-nos para as vivências das personagens, numa linguagem de sensibilidade poética na forma como aborda o tempo e a nostalgia.
O livro começa assim:
Conceição
«A casa tinha uma sala grande, plantas trepando suspensas por invisíveis fios de nylon, competindo com as estantes dos livros que, em colorida desarrumação, circunscreviam o espaço. Enquanto limpava o pó, Conceição ia lendo as lombadas, saltando os títulos em francês e em inglês, que não lhe diziam nada. Os quatro anos de escola, muito trabalho no campo e a fome repartida com os oito irmãos estavam agora longe, mas ainda lhe fazia confusão que as meninas não quisessem mais e deixassem restos de comida nos pratos.»
Excerto de Souvenir, de Marta Hugon, p. 13
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Rita Canas Mendes, Teoria das Catástrofes Elementares
Rita Canas Mendes (Lisboa, 1984) é formada em Filosofia e pós-graduada em Edição, tendo trabalhado em diversas editoras. Atualmente, dedica-se à tradução literária e à escrita. Tem várias obras publicadas, do guia prático ao livro infantil, e o seu amor pelos livros está espelhado em O Que Vem a Ser Isto ou Como Publicar o Seu Livro.
Teoria das Catástrofes Elementares, o primeiro romance da autora, decorre entre Lisboa e Cascais nas décadas de 1990 e 2000, e revisita a história recente do país, passando pontualmente pela Guerra Colonial, o norte de Portugal e a Euro Disney. Com humor e ironia, a narrativa percorre episódios que testemunham as vivências das várias gerações de uma família. O seu enredo compõe uma espécie de vitral de memórias, recuperando estilhaços dispersos para construir uma narrativa que liga o passado ao que há de vir.
O livro começa assim:
«Durante muitos anos, pensei que «atropelar» quisesse dizer passar por cima, não apenas dar uma pancada, um encontrão. No meu imaginário, um atropelamento significava ser-se passado a ferro por um carro, primeiro as rodas da frente, depois as de trás. Quando a minha mãe foi atropelada, julguei que tivesse ficado esmigalhada por dentro, bolacha de água e sal. Perdeu uns dentes, partiu o nariz, o queixo, um pulso, mas esmigalhada, por sorte, só uma perna, onde ainda mora uma trave metálica que o osso, com o tempo, adotou. Já não a pode tirar, agora. Pirata de ferro, com cicatriz ao longo da canela, apitando para sempre nos aeroportos.»
Excerto de Teoria das Catástrofes Elementares, de Rita Canas Mendes, p. 13
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Henrique Raposo, As Três Mortes de Lucas Andrade
Henrique Raposo (Loures, 1979) é escritor e cronista do Expresso e da Renascença. Licenciado em História e mestre em Ciência Política, fez investigação académica, foi editor da revista Atlântico e colaborou com vários jornais nacionais. As Três Mortes de Lucas Andrade é o seu primeiro romance. Nele, acompanha a saga de um jovem que sofre com os códigos masculinos da pobreza, da rua e da fábrica. A história desenrola-se na segunda metade do século XX e retrata o êxodo rural, os choques entre a cidade e a periferia – e entre as classes –, e o surgimento dos subúrbios dos anos 60 e 80. Um retrato poderoso da pobreza, que nos faz questionar se será possível manter a decência quando o caos e o mal prevalecem.
O livro começa assim:
Abertura
«A meio do caminho, percebi que Lucas Andrade se matou enquanto se tentava salvar; o caminho que o levou ao suicídio é também o caminho que o conduziu à fé. Esta ambiguidade fascina e confunde ao mesmo tempo. Ainda hoje a tragédia de Lucas Andrade desperta debates acalorados entre diversas tribos: a tribo moralista que vê neste homem um símbolo da vilania egoísta e de vários pecados capitais; a tribo literária que vê nele uma metáfora libertadora, o herói merecedor de todas as comendas; a tribo científica que o reduz à condição de doente mental inimputável, o pobre coitado que não pode ser responsabilizado pelos seus próprios atos. Quem tem razão? Não sei.»
Excerto de As Três Mortes de Lucas Andrade , Henrique Raposo, p. 11
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João Pedro Vala, Campo Pequeno
João Pedro Vala (Lisboa, 1990) é doutorado em Teoria da Literatura e licenciado em Gestão. Trabalha como crítico literário, revisor e tradutor. Em 2022 estreou-se no romance com Grande Turismo, seguido agora por Campo Pequeno. Nesta narrativa, Heitor, Laura, Gabriel e Mafalda, procuram um sentido para as suas vidas, ajudados por um caótico conjunto de personagens que inclui: um bebé prestes a nascer, uma freira semiatropelada, um conquistador mongol, um casal sadomasoquista, uma mãe negligenciada, um ator italiano, um jogador de futebol dos campeonatos distritais, um consultor chato como tudo e um cão. Um universo singular criado por João Pedro Vala, que toma múltiplas formas e se desdobra em situações que surpreendem o leitor.
O livro começa assim:
«Durante uma semana, o Heitor mal conseguiu pregar olho. Normalmente, o ritual repetia-se: acabado o jantar, metia a loiça na máquina e dava um jeito na cozinha. Só depois, por uma mania que nunca hei-de entender, pegava numa peça de fruta e ia comê-la em frente à televisão. Já a Laura, lia a um canto do sofá e, passado um tempo, bem depois de o Heitor se ter levantado para ir deitar no lixo um pauzinho e dois ou três caroços, começava a pintar a um canto da sala, entre Novembro e Fevereiro, ou a tricotar, encostada a ele, nos meses mais quentes.»
Excerto de Campo Pequeno, de João Pedro Vala, p. 9
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Victor Vidal, Não Há Pássaros Aqui
Victor Vidal, nascido no Rio de Janeiro em 1991, é historiador de arte e doutor em Estudos Críticos das Artes. É especializado em arte japonesa, tendo trabalhado no setor educativo de museus e centros culturais. Fez a sua estreia literária com o romance Não Há Pássaros Aqui e venceu, com esta obra, o Prémio Leya 2023.
Neste livro, Vidal debruça-se sobre a relação entre uma mãe e uma filha, explorando como os traumas de infância marcam a vida adulta. Quando a mãe de Ana, a protagonista, desaparece, esta regressa à casa em que passou a sua infância e, aí, vê-se confrontada com as feridas do seu passado, marcado pela violência que a mãe, desequilibrada e alcoólica, lhe infligiu. Perante o insólito da situação, Ana recorre ao seu único amigo de infância, um rapaz frágil que a fazia cúmplice dos seus traumas, e que ela sabe ter desiludido. Cada personagem revela-se na sua complexidade desconcertante, numa reflexão madura. sobre como tendemos a reproduzir os comportamentos que vivemos na infância, por muito que os condenemos.
O livro começa assim:
«O telefone tocou insistentemente até eu me convencer a atendê-lo. Num primeiro momento, não reconheci a voz de Célia do outro lado da linha. Fazia muito tempo desde a última vez que nos tínhamos visto ou falado e por pouco não desliguei o aparelho afirmando nunca ter ouvido aquele nome. «Sou a vizinha de sua mãe», disse a mulher, esganiçada, tentando não parecer magoada. Antes que eu conseguisse assimilar essa informação, ela deu início a um falatório apressado e confuso, atropelando as próprias palavras enquanto tentava explicar o motivo do telefonema. Aparentemente, minha mãe havia desaparecido.»
Excerto de Não Há Passáros Aqui, de Victor Vidal
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Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789722081313 |
Editor: | Dom Quixote |
Data de Lançamento: | junho de 2024 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 156 x 238 x 11 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 176 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722081313 |
Um livraço. Literatura com L maiúsculo.
Fábio Polónio
A escrita em livre fluxo é atordoante, não por ser críptica ou por arroubos de escritor, mas por representar muito explicitamente o turbilhão de sentimentos de Gaudêncio. É impressionante sentir a angústia, a enxurrada dos pensamentos represados pro mundo e convulsionados no íntimo de cada personagem. Em meio à (importante) ascensão de narrativas lgbtqia+ de jovens e para jovens, é muito bom ler um livro menos pasteurizado, que aborde realidades e conflitos sub-representações e mostre a crueza que ainda existe fora da bolha esclarecida da teoria queer. Espero profundamente que o Stenio conquiste o espaço que merece na literatura brasileira atual. Se não conseguir, não será por falta de potência.
A palavra que Resta
Tiago
É a história de Raimundo, um homem analfabeto que carrega, há mais de 60 anos, uma carta de amor que ele próprio não sabe ler. A carta é um vestígio de um amor que marcou sua vida, mas também simboliza a dor de uma história reprimida e a luta de Raimundo por aceitação e expressão. Gardel constrói, com sensibilidade, a jornada de Raimundo rumo à alfabetização, em busca de dar voz àquilo que nunca pôde dizer, guardando no papel seus sentimentos mais íntimos. A Palavra que Resta é uma leitura para quem busca entender as nuances da alma humana e, ao mesmo tempo, se emocionar com uma história de superação e resiliência que revela o poder transformador da palavra e do amor. A escrita em português do brasil, para quem habituado está a ler português de portugal, pode ser um pouco desafiante por não ter sido feita a transposição às nossas palavras e expressões de Portugal.
Envolvente
MM
Livro muito envolvente, em que os capítulos alternam entre a vivência de diversas personagens, embora o livro seja centrado na história de Raimundo Gaudêncio. Este livro transporta-nos para uma outra era, em que determinados sentimentos e vivências eram vistos de uma forma muito diferente do que seriam hoje. O livro está escrito de uma forma intensa, que nos faz viver e sentir como se estivéssemos na pela da personagem principal, pela forma como as palavras são usadas para dar voz aos diálogos e sentimentos. Este livro é também o retrato de uma época no Brasil rural, abordando um assunto sensível
Memorável
João S.
Uma das leituras mais intensas dos últimos tempos. De uma beleza e sensibilidade avassaladoras. Mostra-nos que o poder da palavra pode mudar o mundo e o percurso de uma vida. Que esse caminho está em não permitir que as cicatrizes da violência e do ódio nos retirem a capacidade de procurar a nossa verdadeira essência e que há sempre lugar para um renascimento. Que o amor acaba sempre por se sobressair num ambiente de ódio e preconceito dilacerantes. Este livro é um grito de liberdade e que todos deveriam ler!