A Morte do Pai

A Minha Luta - Livro 1

de Karl Ove Knausgård

editor: Relógio D'Água, dezembro de 2014
Karl Ove Knausgård escreve sobre a vida com dolorosa honestidade. Escreve sobre a infância e os anos de adolescência, a paixão pelo rock, a relação com a sua afectuosa e algo distante mãe, e o seu pai, sempre imprevisível, cuja morte o desorientou. O álcool e a perda pairam como sombras sobre duas gerações da família.
Quando ele próprio se torna pai, Knausgård tem de encontrar um equilíbrio entre o amor pela família e a determinação em escrever.
Knausgård criou uma história universal de lutas, grandes e pequenas, que todos enfrentamos na vida. Um trabalho profundo e hipnotizante, escrito como se a própria vida do autor estivesse em risco.
A Morte do Pai é o primeiro de seis romances que compõem a obra autobiográfica A Minha Luta.

«Inacreditável… Deixou-me sem palavras.»
Zadie Smith

«Poderosamente vivo… Knausgård é intenso e profundamente honesto, sem medo de dar voz às ansiedades universais (…). Existe algo de incessantemente atraente neste livro.»
James Wood, The New Yorker

«(…) É de cortar a respiração. Não conseguimos parar. Não queremos parar.»
New York Times Book Review

«É talvez o mais significativo projecto literário do nosso tempo.»
The Guardian

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A figura do pai em livros

Figura central na vida, figura central nos livros. A caleidoscópica relação entre pais e filhos tem tudo lá dentro, nenhuma relação é igual a outra. Ficam alguns exemplos.
  A Morte do Pai É o primeiro volume do monumento literário do autor norueguês e não havia como não começar por aqui. E vamos logo com um mau exemplo, uma experiência traumática. Em A Morte do Pai, Knausgård faz uma incursão à infância: perante o pai agressivo, havia uma criança com medo. O rapaz, como o irmão, crescia num ambiente tóxico, não conseguia ter sossego se tivesse o pai em casa, e chega a dar exemplos de coisas arrepiantes, como o dia em que bebeu leite estragado por achar que alguma coisa implodiria ou explodiria caso ele dissesse ao pai que o leite que lhe dera não estava bom. Ao longo das centenas de páginas, vemos uma relação feita de medo, descrita por um homem que chegou a afirmar que o seu maior triunfo como pai era poder estar numa sala sem que as filhas reparassem que lá estava: sem que, por isso, inspirasse o medo que muda o ar à volta. A morte do pai, ainda assim, desorientou-o, tendo canalizado essa desorientação para esta literatura. VER MAIS »








  Cartas do Pai Mudamos a mão que escreve, e para que outras mãos: neste volume, temos cartas de 16 homens que estavam presos em campos do Gulag, quase todos membros da intelligentsia soviética. No meio do inferno, escrevem ao essencial da vida: os filhos, as esposas. Para além da relação filial, imensidão que os grilhões são incapazes de conter ou amansar, o livro deixa ainda testemunhos do que foi, na prática, a repressão estalinista na URSS. Funciona como documento histórico, mas também, e até principalmente, como exemplo da humanidade que resta ante a monstruosidade. Estes pais morreram entretanto, tendo ficado, até mundo fora, um registo do que foram e um monumento ao amor pelos filhos. VER MAIS » Carta ao Pai Continuamos no registo epistolar, desta vez de filho para pai. Escrita em 1919, esta carta é hoje vista como um singular documento literário. O registo é epistolar, a prática é que nem por isso, já que, tendo o texto destinatário, nunca chegou a ser enviado. O conteúdo não é menor por isso, já que Kafka se lançou com tudo. No texto, escrito cinco anos antes da morte do autor, temos uma abordagem a uma relação filial permeada pela ambivalência. Nem todas as relações entre filho e pai são a preto e branco, e esta é uma delas. Por isso, ao ler o que foi escrito para outra pessoa, quem lê entra na intimidade alheia, sente a angústia alheia, é colocado no centro de uma relação densa. VER MAIS » SEI PORQUE CANTA O PÁSSARO NA GAIOLA E seguimos com Roth, que põe leveza nas frases para, sem enfeites, ir ao fundo da vida. Um dos meus preferidos, um dos que me acompanham há tanto tempo, o autor norte-americano mete frases num livro como quem arranca a turbo. Em Património, saímos do exercício ficcional, e o texto é apresentado como próximo do real. Roth viu a batalha que o pai travou com um tumor cerebral, acompanhando-o a cada passo, vendo a degeneração que acabaria por terminar em morte. Há um desconcerto naquele adivinhar de fim inevitável – de fim a acontecer. E, à medida que se encara a morte iminente, pensa-se na vida, havendo angústia no fim da vitalidade que marcara o homem que se acerca do fim. Se há a ansiedade que o medo da morte provoca, também não deixa de haver apego à vida. E, no meio disto tudo, as memórias, boas e más, que sustentam uma relação que, no caso de Philip Roth, foi fundamental a vida inteira. VER MAIS » Beautiful Boy Forte, poderoso, comovente. Assim é este relato que David Sheff fez da batalha que o seu filho travou com as drogas. E da batalha que, pelas drogas, trouxe para o seio da família. A dependência de um corpo tornou-se num drama coletivo, as tentativas de recuperação repetiam-se sem uma finalização à vista, e houve alturas em que até a esperança apareceu morta. Para o pai, o maior drama era ver o filho assim, e maior drama foi quando entendeu que não podia fazer nada. Os seus esforços pelo fim do vício morriam pela cedência à droga. E droga que pareceu aparecer de rompante, mudando a vida que tinham planeado. Antes dela, Nic era alegre, divertido, feliz. Era bom aluno, tinha uma boa relação com os irmãos mais novos, a quem agora o pai também tem de proteger. Depois da droga, veio uma sombra que existia para se drogar e ensombrar-se mais. Sem dúvida, Beautiful Boy é um livro em que o amor de um pai aparece com a força de um galope. VER MAIS »

A Morte do Pai

A Minha Luta - Livro 1

de Karl Ove Knausgård

ISBN: 9789896414788
Editor: Relógio D'Água
Ano: 2014
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 231 x 26 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de produto: Livro
Coleção: Ficções
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896414788
e e e e e

Obrigatório

Dora Morgado

Falar de nós próprios com a crueza e perspicácia que encontramos na obra, leva-nos a questionar as nossas próprias certezas. Avassalador!

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Muito bom

DF

Livro super interessante com um enredo fascinante. Aconselho

e e e e e

O sentimento intenso

Claudino Moura

A Morte do Pai é o primeiro livro de uma série autobiográfica de Karl Ove Knausgard. A sequência não é sempre cronológica, porque temos as reflexões do escritor, sempre na primeira pessoa, introduzidas ao longo de praticamente todo o texto. O livro lê-se de uma forma rápida, quase viciante. A intensidade vai aumentando, e queremos saber sempre mais, o que mais sente esta criança, feita adolescente, aluno universitário e finalmente escritor jovem adulto, a quem morre aquele pai bruto, frio, distante, que não o amou.

e e e e E

Primeiro capítulo de uma vida

Carina Correia

A Morte do Pai, de Karl Ove Knausgård, é um livro absolutamente viciante. Daqueles que se lêem quase sem darmos por isso. Ou melhor, damos por isso. Porque a vida de Karl Ove passa a ser um assunto que nos interessa. A Minha Luta – nome que o autor apropriou para o enredo da sua vida, em seis volumes (só três ainda editados em Portugal) – passa a ser uma luta partilhada. Intimidade é aquilo que passa a existir entre o escritor e o leitor, em A Morte do Pai. É surpreendente que com uma escrita tão sincera e despida de trajes, Karl Ove Knausgård nos faça imergir nas nossas próprias emoções. Venham os próximos.

e e e e E

Heterogéneo mas cativante

LB

Este é o primeiro de seis livros em que o autor se revela perante os leitores: as suas vivências, alegrias, convicções e, sobretudo, traumas e fragilidades. É um livro heterogéneo na organização, na temática e até na qualidade da escrita. Difícil, por isso. Mas a crueza com que o autor se expõe e, a espaços, os temas que aborda justificam o interesse que o livro tem despertado. Nota: este é o primeiro de seis livros, mas que pode ser lido isoladamente e ajudar a decidir se vale a pena ler o resto da saga.

e e E E E

Uma desilusão.

JMOR

Um caso claro de sobrevalorização por certos segmentos... O livro não passa da banalidade, sendo o nível de escrita apenas mediano, e nunca um propalado grande livro e acontecimento literário. O autor nem sequer organiza a amálgama de trivialidades que debita em páginas e mais páginas de arrogância literária e humana. Uma completa desilusão.

Karl Ove Knausgård

Karl Ove Knausgård nasceu em Oslo, na Noruega, a 6 de dezembro de 1968 e cresceu em Tromøya e em Kristiansand. Estudou Artes e Literatura na Universidade de Bergen.
Publicou o seu primeiro romance aos 30 anos, Ute av verden, que recebeu o Prémio da Crítica Literária Norueguesa, nunca antes atribuído a uma primeira obra.
No seu segundo romance, En tid for alt (2004), rescreveu fragmentos da Bíblia. O livro foi considerado pelo The New York Review of Books «estranho, irregular e maravilhoso».
No Outono de 2009, Knausgård iniciou um projeto literário singular, a obra autobiográfica A Minha Luta, composta por seis extensos volumes. Com ela obteve vários prémios no seu país, recebeu elogios de escritores e críticos e conquistou centenas de milhares de leitores nas muitas línguas para que foi traduzida.
A Morte do Pai, primeiro volume da série, foi escrito uma década depois de o pai de Karl Ove Knausgård morrer alcoolizado. O autor deambula entre as dúvidas do seu talento, as frustrações atuais e passadas, a descoberta do sexo e do álcool, «essa bebida mágica», e as inseguranças da adolescência e da paternidade.
É o início de uma exploração proustiana do passado e da procura das partículas elementares da sua vida. Knausgård publicou uma coleção de ensaios, Sjelens Amerika, e, em setembro de 2013, adaptou para cinema o seu romance Ute av verden. Criou, entretanto, uma pequena editora.
Vive atualmente em Österlen, na Suécia, em companhia da escritora Linda Boström Knausgård e dos seus quatro filhos.

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