A Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres em Beja
Arte e História de um Espaço Barroco (1672-1698)
de Vítor Serrão, José António Falcão e Francisco Lameira
Sobre
o LivroA igreja de Nossa Senhora dos Prazeres em Beja, cuja construção remonta a 1672 e cuja notável decoração interna
decorreu, no essencial, até cerca de 1700, é um dos mais notáveis testemunhos daquela linguagem artística a que
se convencionou chamar de Arte Total do Barroco português.
O seu conhecimento quase se reduzia ao que sobre ele escreveu Túlio Espanca no seu Inventário Artístico de
Portugal. Distrito de Évora, permanecendo em estado de abandono e desagregação da sua talha e pinturas até que, em anos recentes, entre 2001 e 2004, o esforço congregado da Diocese de Beja, do então IPPAR, e das equipas de restauro Junqueira 220, Carlos Nodal e Mural da História, permitiu que o edifício fosse estudado e intervencionado, permitindo assim que ela pudesse reabrir e ser devolvida à comunidade e também aos públicos interessados, portugueses e estrangeiros.
Trata-se de um notabilíssimo monumento, cuja valia assume expressão internacional, justamente porque caracteriza
essa típica linguagem sui generis do Barroco nacional, tão distinta na sua expressão e ao mesmo tempo tão
influenciada nas suas origens, das fontes barrocas italianas e francesas do século XVII, e que começa a ser
lentamente reconhecido depois de um largo e injusto limbo de esquecimento.
O observador desprevenido não esperaria encontrar numa igrejinha de Beja, aliás modesta no seu prospecto de
arquitectura, um tão rico espaço de obras da melhor arte barroca do século XVII, o que só por si justifica uma visita
demorada. Acresce que o espaço guarda, também, as pinturas sobre tela, que são de Bernardes e de seu pai Pedro
Figueira, bem como a luxuriante obra de talha dourada, que pertence a dois mestres entalhadores ao tempo
famosos, Francisco da Silva e Manuel João da Fonseca, e as peças de imaginária estofada e policromada e, enfim,
os azulejos do silhar, que são de Gabriel del Barco - ou seja, estamos perante um conjunto primoroso da melhor e
mais moderna arte produzida no Portugal do tempo de D. Pedro II.
Este livro, amplamente ilustrado, atesta as valências dos projectos integrados aplicados ao campo do Património
Cultural, reunindo técnicos de diversas especialidades, nomeadamente Vítor Serrão, Francisco Lameira e José
António Falcão.
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do ProdutoLivros em Português > História > Museografia e Museologia
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