A Conspiração Contra a América
de Philip Roth
Um presidente anti-semita na Casa Branca?
Quando o famoso herói da aviação e isolacionista Fanático Charles Lindbergh derrotou esmagadoramente Franklin Roosevelt nas eleições presidências de 1940, o medo invadiu todos os lares judaicos da América. Num discurso transmitido pela rádio à escala nacional, Lindbergh não só tinha acusado publicamente os judeus de empurrarem egoistamente a América para uma guerra sem sentido com a Alemanha nasi, mas também, ao tomar posse como trigésimo terceiro presidente dos Estados Unidos, negociara um pacto cordial com Adolfo Hitler, cuja a conquista da Europa e cuja virulenta política anti- semita ele parecia aceitar sem dificuldade.
" O material humano, a quantidade e qualidade das cenas, bem como o fôlego do verbo, fazem de A Conspiração Contra a América, se não uma obra-prima, algo bastante próximo. Roth continua a ser o maior romancista americano vivo."
Manuel Tavares, Dezembro de 2005
L.M. Faria, Expresso
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789722028684 |
Editor: | Dom Quixote |
Data de Lançamento: | novembro de 2005 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 155 x 235 x 26 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 452 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722028684 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
Em excelente ensaio de Roth
André Couto
A Conspiração Contra a América parte de uma premissa muito interessante por parte de Philip Roth. O que aconteceria nos E.U.A. se, no decorrer do período da 2ª Guerra, um líder pró-nazi, que bebesse da mesma ideologia fascista e anti-semita que Hitler era arauto, fosse Presidente? Como poderíamos imaginar, o escritor faz, nesta obra, um exercício de escrita, imaginação e até de, chamemos-lhe, memória "virtual" muito bem conseguido. Gostei particularmente deste ensaio de Roth sobre o que poderia ter ocorrido num cenário em que os Estados Unidos estivessem do lado contrário no jogo de forças intervenientes no conflito. Foi muito interessante acompanhar a forma como Lindbergh é eleito, como tão facilmente ilude e controla as massas insuspeitas e crédulas. Acompanhar todo o jogo político e a táctica tão prosaica que leva este homem ao comando dos destinos de uma das mais poderosas nações do planeta chega a ser aterrador. É evidente que o interesse que esta obra suscita reside na premissa que lhe está subjacente, no viver uma situação hipotética através dos olhos daqueles que mais teriam sofrido com a mesma. À luz desse prisma é uma leitura agradável e saborosa. Não podemos, todavia, estar à espera de encontrar uma leitura voraz e avassaladora que nos suga para o enredo e faz esquecer das horas. O desígnio não é esse, certamente.