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A Boca na Cinza

de Rui Nunes

editor: Relógio D'Água, dezembro de 2003

«Há sempre uma morte que nos aguarda à nossa frente, um gesto morto, uma pessoa morta, um livro lido, uma palavra apagada, tenho de lutar todos os dias contra essas mortes, nem a memória me é consolo, de vez em quando perguntam-me: estás com pena de ti próprio? e eu respondo-lhes: e então? não me lembro de ter dormido com uma mulher, não me lembro de ter dormido com um homem, lembro-me de serem enormes as camas onde dormi, nunca vi um corpo nu, real, à minha frente, a única pele que toco é a minha, as pessoas nem sequer me apertam a mão, dizem-me: como estás? e passam-me ao lado, já estive +ara comprar uma boneca insuflável.
- são enormes as bonecas, mano.
- não há bonecas para anões.»

A Boca na Cinza

de Rui Nunes

Propriedade Descrição
ISBN: 9789727087204
Editor: Relógio D'Água
Data de Lançamento: dezembro de 2003
Idioma: Português
Dimensões: 137 x 211 x 11 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 144
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789727087204
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«olhar pequeno», escrita grande

Emanuel Guerreiro

Sob a perspectiva do olhar de um anão, Rui Nunes constrói uma narrativa irónica, onde a ideia de dor nos leva a pensar e a colocar no lugar do outro, acto tão inacessível à mente e à conduta de tantos.

Rui Nunes

Escritor português e professor de Filosofia, Rui Nunes nascido em novembro de 1947. Licenciou-se em Filosofia pela Universidade de Lisboa e enveredou pela atividade de escritor em paralelo com a de professor de Filosofia, na Escola Secundária Rainha D. Amélia, em Lisboa.
Na década de 60, passou pelos jornais, tendo visto censurados muitos dos trabalhos.
Com muitas dificuldades, publicou o seu primeiro livro As Margens em 1968, tendo que suportar as despesas da edição. Contudo, a sua atividade literária só assume continuidade a partir de 1976, quando, depois de ter regressado da Austrália, em 1974, publica Sauromaquia.
Imprimindo à sua escrita um discurso de características próprias, Rui Nunes não nega a influência de escritores que a vida lhe foi permitindo conhecer, nomeadamente Kafka. Temas como a dor, a doença e a morte são recorrentes nos seus livros.
Porém, e apesar desta temática recorrente que flui na sua obra, o autor assume o ato de escrita como uma forma de sublimar a dor e com preciosos e comprovados (por ele) poderes terapêuticos. Por isso, gosta e tem prazer em escrever.
Leitor da obra de Agustina Bessa-Luís, Maria Velho da Costa, Maria Gabriela Llansol e de José Saramago, entre outros. Rui Nunes aprecia também outros géneros artísticos, nomeadamente o cinema (Bergman) e a música (Barroca e Jazz), admitindo que estes podem suscitar-lhe o gosto pela escrita.
Premiado, em 1992, com o Prémio do Pen Club Português de Ficção, atribuído ao seu livro Osculatriz, os seus novos títulos foram sempre, saudavelmente, apreciados pela crítica literária.
Considerado por Manuel Frias, membro do Júri que atribuiu ao seu livro Grito, em 1998, o Prémio GPRN (Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE)), "uma das estrelas mais brilhantes da constelação literária portuguesa - ocultada, tantas vezes pelas nuvens do fácil e do óbvio", Rui Nunes entende que o sucesso de um livro não se prende com a quantidade das vendas, mas sim com o "espaço de cumplicidade" entre autor e leitor que é capaz de criar.

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