1984

Li «1984», de George Orwell, pelos idos de 1983-1984 (lembro-me de ter acentuado esta coincidência de datas premonitórias, também pelo facto de estar numa fase de descoberta de razões menos racionais, sobre a existência e a vida), livro emprestado pela namorada da altura. E li-o quase todo nas areias e dunas da Ilha do Farol, em Olhão, espaço disruptivo como na narrativa do Big Brother, inventada pelo autor. A calma quente da areia, o fresco do iodo do mar e o deserto de gente atenuava excessivamente o decurso da vigilância tataca do poder. Que raio, não tendo corretor ortográfico neste meu ´pc´ de 2008, estou liberto do patrulhamento de linguagem que o sistema tecnológico exerce sobre o computador de Gonçalo M. Tavares, quando o mesmo escreveu a mesma palavra e o corretor avisou que ‘tataca’ não existe. GMT respondeu, no texto que escreveu para o Expresso/Revista, como introdução à publicação de «1984» na Relógio d’ Água, que ‘tataca’ existe mesmo a partir do momento em que alguém a escreve.

1984 é um exercício utópico e incrivelmente bem pensado de como o totalitarismo pode exercer o seu efeito em todos os braços da sociedade. Desde a organização do poder até aos mais subtis detalhes da novilíngua são escrupulosamente definidos e constituem um alerta para que possamos aperceber-nos das mais diversas formas como a sociedade pode evoluir para a privação de direitos.

Confesso que durante anos ´´1984´´ repousou na minha estante, mas a atual situação da guerra na europa suscitou em mim, em boa hora, a leitura deste grande clássico. Qual milongo do melhor dos videntes, a sociedade distópica descrita por Orwell acaba por recapitular muitos dos determinantes e motivações dos regimes totalitários que o mundo nos vem mostrando. Destaco a forma exímia como o G. O. materializa visceralmente nas suas palavras a vida do protagonista, Winston Smith, e de toda a dinâmica da sociedade Oceânica. Temas altamente profundos e relevantes - tais como a disrupção da personalidade, da consciência, da autodeterminação, da liberdade e até da memória - são aqui retratados com uma dinâmica narrativa de tirar o fôlego! De lamentar, todavia, a escolha editorial para a breve dissertação que fez João Bernardo sobre ´´1984´´, envenenada por um enviesamento ideológico delirante que, felizmente, não ousa beliscar a genialidade e a mensagem da obra.

Confesso que inicialmente não me estava a cativar, mas à medida que fui lendo fiquei cada vez mais colada. Um livro com uma reputação que corresponde, sem dúvida, à sua qualidade. A escrita de George Orwell é incrível e capta qualquer pessoa, dava até para imaginar a ação na cabeça, muito bom!

Uau! Senti um apego a este livro desde o início. Estava à espera de algo diferente, mas não fiquei desapontada, mas pelo contrário, fascinada. Na minha opinião este livro foi estranho desde o início ao fim, mas um estranho cativante, fascinante e que te faz sentir borboletas no estômago! Adorei, sinceramente não podia ter um final melhor. Maravilhoso!!

Um romance sobre a subversão da sociedade tomada pelo poder tirânico.

1984, uma distopia que já se concretizou. Obra essencial para os dias que correm. Excelente edição, tradução e capa.

Recomendo a leitura de 1984 a qualquer pessoa. Um romance distópico intemporal.

Um livro para não esquecer. Um livro para despertar mentes. Uma sociedade hedionda, repugnante, desumana. 1984 mostra-nos a realidade distópica de uma sociedade governada por um Partido totalitário (representado pelo “Big Brother” – sim, esse produto de tantos “reality shows”) que vigia de forma tenebrosa a vida dos cidadãos. A forma atroz e totalitária como o Partido governa é chocante e não deixa espaço à mais ínfima liberdade individual. O controlo das ações das pessoas é levado ao mais alto grau: o Partido controla tudo, até a mente dos cidadãos - quem pensar de forma diferente do Partido incorre no “crime-pensar”. É uma leitura que se pode tornar difícil, até sufocante, mas acaba por ser o resultado da força do Partido, que não se satisfaz com menos do que aniquilar o pensamento livre de todo e qualquer cidadão.A forma de sobreviver nesta sociedade é aceitar que 2+2=5. Mais do que aceitar: é preciso acreditar que 2+2=5, porque o Partido assim o diz. “Guerra é Paz; Liberdade é Escravidão; Ignorância é Força” são estes os slogans do Partido e, como tal, só resta aos cidadãos acreditar piamente que é mesmo assim. Durante e depois da leitura do livro, é impossível não ficar com uma sensação de desconforto e até de repugnância. Porventura, parece-nos impossível uma sociedade assim. No entanto, pode ser assustador pensar o quanto esta realidade que Orwell nos mostra (e para a qual nos adverte) tem em comum com a nossa realidade.

Terminada a sua leitura, poder-se-á fazer a seguinte questão, 1984 ou 2021? Qualquer semelhança com a realidade é...pura coincidência!

A conselho da minha mãe, em 2006 (aos 16 anos de idade!), li o livro. Falou-me, vagamente, do conteúdo do mesmo, afim de me fazer pensar no mundo, na sociedade como um todo. O livro e toda a sua história dão que pensar, fazem-nos reflectir sobre o que se passa em nosso redor, o que molda o nosso futuro enquanto sociedade e o que podemos fazer ou impedir que tome certas direcções. Na minha opinião, o livro deveria ser de leitura obrigatória para o cidadão comum! Há que fazer as pessoas pensar, reflectir naquilo que é importante!

Adorei o livro! É um bom retrato dos regimes totalitários, principalmente sobre os seus mecanismos de repressão. Representa um bom "abre olhos" para a ascensão destes regimes e do neonazismo que têm acontecido na europa ultimamente.

Li em 2020, mas poderia ter lido há 10, 20 anos ou daqui a mais tempo que continuaria sempre impressionada pelo facto de uma obra escrita em 1948 ter descrito tão bem o provável futuro que nos aguarda (em boa parte já se reflecte no presente, com a tecnologia a controlar cada vez mais a humanidade). Os sentimentos do protagonista são bem pormenorizados, o que envolve o leitor na história. Recomendo a leitura e depois a visualização do filme.

Magnífica obra literária que nos transporta para um mundo distópico mas maravilhoso aos olhos do Big Brother. Uma escrita que prende o leitor da primeira à ultima página. Maravilhoso.

Comecei a ler este livro por iniciativa própria, já tinha ouvido falar muito na obra e calhou ter em casa (uma busca pela "biblioteca" cá de casa que felizmente voltou a ser usada) e passado pouco tempo na UC de Sociologia do Poder (Licenciatura Sociologia UMinho) foi um dos livros recomendados para um trabalho. Uma verdadeira obra que nos permite reflectir ideologicamente.

1984 é, no geral, uma boa distopia. Na minha opinião, em certas ideias o livro acaba por ser um pouco repetitivo, no entanto, adorei a forma como Winston se vai apercebendo das mentiras impostas pelo governo e como a obra acaba. Gostei bastante do desenlace da história!

Um livro autêntico, que nos faz viajar no tempo e que, sem dar conta, nos descreve o futuro e os nossos tempos de maneira crua mas, ao mesmo tempo, mágica e impressionante. A must read!

“1984” foi uma obra calorosamente acolhida pela população em geral, mas isso não impediu que alguns críticos detonassem a obra e a definissem como um trabalho que não fora bem conseguido e que, em alguns momentos, deixava de ser trágico para se tornar odioso. Apesar de tudo, e na minha opinião, “1984” é exatamente aquilo que se propõe a ser: uma reflexão sobre o mundo em que vivemos e sobre aquilo que pode vir a acontecer, tendo em conta as tendências totalitárias das sociedades do século XXI. Orwell faz uma crítica bastante percetível às instituições estalinistas. Na realidade, toda a obra se baseia evidentemente nelas, bem como em outras instituições que seguiam princípios idênticos, tais como as nazis e fascistas. Na realidade, é-nos fácil perceber, caso paremos um pouco para pensar, que a realidade que “1984” nos apresenta não está assim tão distante como à primeira vista nos parece. Londres, por exemplo, é uma das cidades onde mais câmaras de vigilância há nas ruas. Consequentemente, é também uma das cidades com os índices de criminalidade mais baixos. Mas a pergunta aqui é: será que a paz justifica a invasão de privacidade e a vigilância constante? Na minha opinião, quando os direitos humanos são ignorados em prol de qualquer objetivo, por mais nobre que seja, a resposta é não. Ainda que tenha sido afirmado que George Orwell falhou na execução de “1984”, isso não me parece, de todo, verdade. Ele apenas tentou abrir os olhos dos seus contemporâneos para o que poderia acontecer no então longínquo futuro do ano de 1984. E abre-nos os olhos para o que pode ainda vir a acontecer. Em suma, “1984” é, talvez, a melhor distopia do século XX, bem como a mais completa e, de certa forma, a mais real.

O que mais me fascinou neste livro foi a visão futurista que o autor teve. Tudo bateu certo. Vivemos, apesar de uma forma mais ligeira, o mundo do "1984". O Big Brother está em todo o lado, literalmente. Recomendo!

Um dos livros que ficará para sempre como um dos melhores da história da literatura. Inicio um pouco confuso, mas assim que estamos dentro da história deixamo-nos levar por este enredo maravilhoso e que nos alerta ao mesmo tempo para muitos dos problemas da sociedade atual. A parte final do livro é genial e responde a todas as perguntas que se foram levantando ao longo da leitura, dá que pensar

Livro muito bom, com uma abordagem crítica e bastante actual, feita a transposição temporal devida. Esta é uma das obras mais influentes de Orwell e claramente o feito não faz jus a imponência do livro.

É um clássico, mas não deixa de ser uma leitura quase obrigatória. É bastante interessante esta utopia, mas perturbadora quando percebemos o seu objectivo e intenção. Principalmente nos dias de hoje que vemos a nossa privacidade e a vontade própria manipuladas por terceiros. Este livro fascinou-me tanto quanto me perturbou, e por isso, abriu-me o 'apetite' de conhecer mais utopias de outros escritores e querer informar-me mais. É sem dúvida, uma grande recomendação.

Uma das minhas leituras e verão. Um livro muito inteligente que está, ainda hoje, muito atual. Qualquer um devia ler. Recomendo.

Apesar de um clássico, esta obra é intemporal. Deixa-nos a pensar na sociedade em que vivemos atualmente e cria em nós a dúvida do que será que está ainda para vir, numa altura em que a nossa privacidade é constantemente questionada uma vez que vivemos na era da partilha e da globalização. Recomendo. É uma leitura transversal, adequada aos jovens e aos mais velhos.

Sobre um sistema político e numa abordagem desconcertante, fez-me questionar os nossos conceitos de privacidade, numa altura de internet, drones, smartphones, gps, e com um estilo de vida em que voluntariamente nos expomos nas redes sociais. Fez-me pensar na relevância da informação a que temos acesso, na veracidade das nossas fontes (será que temos ao nosso dispor informação isenta?), e em concordar que estamos, hoje mais do que nunca, a ser continuamente monitorizados e moldados. Recomendo a leitura.

Para uma pessoa como eu, que vai agora ingressar no curso de Ciência Política, foi uma excelente oportunidade ter conhecimento deste livro. Uma crítica imensa ao estalinismo, tal como os manuais de História nos ensinam, mas mostra o lado do Povo, o lado de quem está submetido ao regime sem nada poder fazer, enquanto que os manuais se focam mais no regime em si e em quem o lidera. 1984 é uma excelente obra que, apesar de ter sido escrita há décadas atrás, reflecte-se nos dias de hoje, o que torna a sua leitura surpreendente.

Fantástico livro, que nos transporta para um mundo noutra dimensão (ou talvez não)!! Grande história, que reflecte o poder exercido pelo estado e organismos mais ou menos legais sobre os cidadãos. Reflecte o que ainda hoje se passa em muitos países neste planeta azul.

1984 guia-nos numa realidade vigiada e que nos leva a questionar como seria viver num mundo assim. Um livro que nos leva à máxima " faças o que fizeres estará sempre alguém de olho em ti."

Um livro fundamental e recomendado a jovens estudantes que frequentam o 12º ano de escolaridade pois insere-se na matéria lecionada em história. A cada vez que passamos as páginas deste livro apercebemo-nos que o que estamos a ler não é nada de estranho, e assumimos que o mundo no qual vivemos não é assim tão diferente do descrito no livro. Este livro serve como reflexão ao poder exercido pelo Governo sobre a sociedade e o poder que os mídia têm ao conseguirem captar a fragilidade humana.

Um livro antigo mas actual, que retrata uma sociedade que vive na ignorância e que aceita tudo o que é dito!

Um livro que demonstra uma completa transversalidade temporal, ainda que tivesse sido escrito como forma da crítica ao império estalinista, opressivo e controlador. O lema "Big brother is watching you" personifica a sociedade descrita nesta obra em que o controlo autoritário é o paradigma do funcionamento de uma civilização que se pauta pela defesa da guerra constante, como forma de manter o grosso do população obnubilado e emocionalmente envolvido num Estado fechado.

Um livro de alta qualidade literaria que nos vicia e transporta para outra dimensão... uma bela previsao da parte de G. Orwell. Muito bom, aconselhamento vivamente.

Este é um livro viciante que se lê, com prazer, de uma assentada. Tendo sido escrito há uns bons anos atrás não deixa de ser um livro atual com as adaptações necessarias à evolução tecnológca atual. Porque o "big brother" existe, agora é mais fácil controlar o que se deseja controlar. A era digital permite um panóplia de soluções e alternativas que no tempo analógico de 1984 não era possível. Ainda existem locais por esse mundo fora onde este tipo de situações acontece e que nos desperta a curiosidade "big brotheriana". Este é um livro recomendado a todos aqueles que se interessam por estas matérias e que deveria ser obrigatório para os que não acreditam ou desvalorizam. Excelente.

5*

Um clássico que merece ser lido e relido! Um livro tão antigo... Mas tão actual! Recomendado!