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Uma obra onde o estudo de casos – o motim de Paris de 1750 e a biografia de Maria Antonieta – é articulado com a análise histórica do conceito de cultura popular e com a reflexão sobre os paradigmas da História e das Ciências Sociais. No centro do livro os problemas da configuração do espaço – a produção do território e a identidade regional – e das representações da sociedade por corpos e por comunidades.

Embora tenha emergido numa época de exaltação da Europa dominante onde a Grécia antiga é o antepassado glorificado, a antropologia tem, paradoxalmente, mostrado pouco interesse na cultura grega contemporânea. Esta obra ambiciosa e inovadora transporta a etnografia grega para o centro da teoria antropológica e põe em evidência os ganhos que daí podem advir para o conhecimento teórico.

Utilizando a etnografia grega como espelho para uma etnografia da própria antropologia, Herzfeld revela os modos como a disciplina da antropologia está enredada no mesmo simbolismo social e político do seu objecto de estudo. Assim, o autor alarga os objectivos comparativistas da antropologia para além da tradicional separação entre objecto tribal e observador científico distanciado, oferecendo à disciplina uma fonte crítica de reflexão e compreensão, baseada não apenas na especulação ideológica mas numa etnografia empírica.

Um conjunto de dez ensaios, sobre diversos autores e períodos do pensamento económico português, desde a Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, até à obra económica de Oliveira Martins. Mas, acima de tudo, é uma tentativa de descobrir e desvendar as raízes da nossa cultura económica, tendo em vista uma compreensão historicamente fundamentada desses problemas que o tempo foi trazendo e impondo à reflexão.

Uma reflexão profunda sobre o problema do controlo da violência nas relações internacionais, que ganha uma nova actualidade nos dias de hoje. Este ensaio de Norbert Elias retoma o fio condutor da sua vasta obra sobre o processo da civilização enquanto domínio crescente das pulsões, situando o problema do auto-controlo no âmbito complexo do relacionamento entre os povos.

Luhmann centra a sua análise do sistema social nos meios de comunicação – poder, verdade, dinheiro, amor – através dos quais se elaboram códigos simbólicos e processos de decisão reguladores das relações interpessoais.

Uma visão de conjunto sobre o império português nos três continentes, desde a conquista de Ceuta até à abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional.
O fio condutor de toda a análise consiste, justamente, na noção de movimento. Pela primeira vez, esta noção permite estudar, de forma sistemática, fenómenos aparentemente distintos mas que confluem na organização dos sucessivos impérios portugueses.

Visões da Política reúne um conjunto de ensaios sobre questões filosóficas e metodológicas de um dos mais importantes historiadores da actualidade.
Quentin Skinner faz uma análise circunstanciada dos embaraços teóricos que se colocam ao conhecimento e à interpretação da história política e da história das ideias em geral.
Estes textos, muitos deles entretanto consagrados como clássicos, apresentam ao leitor uma síntese fascinante e atractiva da evolução do pensamento do autor nesta área.

Livro de referência obrigatória no vasto conjunto das ciências sociais, Centro e Periferia concentra uma grande diversidade de estudos, desde as formas de integração social ao sistema de estratificação da sociedade de massas, passando pela análise particularizada de problemas fundamentais como o carisma, o consenso, a tradição, o estatuto ou a deferência.

Uma reflexão profunda sobre o problema do controlo da violência nas relações internacionais, que ganha uma nova actualidade nos dias de hoje. Este ensaio de Norbert Elias retoma o fio condutor da sua vasta obra sobre o processo da civilização enquanto domínio crescente das pulsões, situando o problema do auto-controlo no âmbito complexo do relacionamento entre os povos.

Baseados em aprofundadas investigações de arquivo, utilizando muitas fontes inéditas, e inspirados numa leitura crítica da historiografia relativa ao Brasil colonial, estes ensaios são simultaneamente rigorosos e provocadores. No seu conjunto, contribuem, de forma decisiva, para rever a nossa compreensão global do Império Português na América.

Os regimes autoritários estão sempre presentes, mas nunca eternamente. A nível global parecem estar permanentemente connosco, mas, enquanto unidades individuais, eles surgem e desintegram-se.

Até há muito pouco tempo a desintegração dos regimes autoritários recebia da parte dos intelectuais uma menor atenção do que merecia… Toda esta situação se alterou…

A abordagem comparativa dos processos políticos da Europa do Sul é uma via privilegiada para a revisão crítica das teorias sobre a mudança de regimes.

Temas como o colapso da democracia, a classificação dos regimes ditatoriais ou os dilemas da transição e consolidação democráticas são aqui reexaminados a partir do papel que, por exemplo, o cidadão comum, as elites e as reformas económicas desempenharam nas histórias contemporâneas de Portugal, Espanha, Grécia e Itália.