SINOPSE
“A Revolução Científica não existiu, e este livro é acerca disso”. É com esta afirmação provocatória e aparentemente paradoxal que Steven Shapin inicia a sua audaz exploração histórica das origens da visão científica da modernidade. O resultado é uma introdução vibrante e acessível ao assunto.
Rejeitando a noção de que existe algo semelhante a uma essência da ciência moderna inicial, o autor coloca o ênfase nas práticas sociais através das quais se fez a produção do conhecimento científico, demonstrando como a conduta científica emergiu a partir de um amplo quadro definido, no período moderno, pelas prioridades filosóficas, os compromissos políticos e as crenças religiosas. A ciência é tratada não como um conjunto de ideias incorpóreas, mas enquanto modos historicamente situados de conhecer e de agir.
Shapin argumenta contra as visões tradicionais que representam a Revolução Científica como um acontecimento coerente, definitivo, e uma ruptura determinante. Cada uma das tendências usualmente identificadas como a essência modernizadora da Revolução foi contestada pelos praticantes da ciência dos Séculos XVI e XVII fazendo uso de iguais reivindicações de modernidade.
O experimentalismo foi, ao mesmo tempo, defendido e rejeitado; os métodos matemáticos foram simultaneamente celebrados e tratados com cepticismo; as concepções mecânicas da natureza foram vistas, ao mesmo tempo, como definindo a ciência correcta e como concepções limitadas na sua inteligibilidade e aplicação; e o papel da experiência na feitura do conhecimento científico foi tratado de maneiras radicalmente diferentes.
Shapin aponta, todavia, para os múltiplos caminhos através dos quais essa contestada herança é entendida sem dúvida como a origem da ciência moderna, indicando os seus problemas assim como as suas reconhecidas realizações.
Provocador e sofisticado na sua concepção, ainda que notavelmente conciso e legível, A Revolução Científica é uma extraordinária fusão de sensibilidades – histórica, sociológica e filosófica, que irá influenciar profundamente a nossa compreensão do conhecimento científico e da sua prática.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«"A Revolução Científica não existiu, e este livro é acerca disso.". É com esta afirmação provocativa que o Professor de Sociologia da Universidade da Califórnia, em San Diego, Steven Shapin inicia este seu livro. E acrescenta: "Esta concepção de Revolução Científica está hoje incrustada na tradição. Existem poucos episódios cuja pertinência de estudo se apresente mais óbvia, ou cuja importância da pesquisa se encontra mais bem instalada". Uma obra que vem dar uma nova luz sobre a matéria, cuja edição portuguesa conta com um prefácio de Onésimo Teotónimo de Almeida.»
Jornal de Letras
DETALHES
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789722904520 |
Editor: | Difel |
Data de Lançamento: | abril de 1999 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 225 x 147 x 23 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 230 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Memória e Sociedade |
Classificação temática: | Livros em Português > Ciências Sociais e Humanas > Outros |
EAN: | 9789722904520 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
LIVROS DA MESMA COLEÇÃO
QUEM COMPROU TAMBÉM COMPROU