Tenho o Direito de Me Destruir
de Kim Young-ha
Tomando a paisagem urbana e o ritmo louco de Seul como espelho da vida contemporânea em todo o mundo - e combinando a tensão emocional de Kundera com a angústia existencial de Bret Easton Ellis - Tenho o Direito de Me Destruir, traduzido em mais de dez línguas, inscreve a moderna literatura sul-coreana na tradição internacional e institui Kim Young-ha como a voz mais importante da sua geração.
«Um romance fracturante e provocador que explora os efeitos alienantes
da vida contemporânea.»
Book Reviews
«O romance de Kim é arte sobre arte. O seu estilo tem reminiscências de
Kafka, Camus e Sartre, território arriscado para um jovem escritor. Mas
os carros velozes, o sexo e os chupa-chupas emprestam um sabor
único a um niilismo que podia passar por antiquado.»
Los Angeles Times
«Kim é um esteta do crime. Com um cinismo irresistível, oferece-nos um
romance ímpar sobre a arte, o amor e a morte. »
Le Monde
«Com este romance, Kim ganhou um lugar de culto nas letras coreanas.»
Der Spiegel
«Uma escrita quase sempre espectacular, lembrando a espaços a prosa
de Murakami.»
Time Out Chicago
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789724746722 |
Editor: | Editorial Teorema |
Data de Lançamento: | fevereiro de 2014 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 155 x 233 x 10 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 136 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789724746722 |
Fascinante
Liliana Carvalho Um Blog entre Bibliotecas
Estou a começar a entrar no mundo literário sul coreano, já li um par de livros deste género e é sempre uma leitura mirabolante... também são extremamente profundos e introspectivos, são verdadeiras leituras para fugir à rotina e variar no género literário! Outra conotação que noto neste tipo de leituras é a conotação sexual que roça a obsessão, muito interessante, não é narrado num género estilo erótico, é muito mais profundo e cru, muito humano, são leituras em que a emoção está sempre à flor da pele, e com uma carga realista e honesta muito grande. Estou a começar a apreciar verdadeiramente este género de leituras. Nesta leitura, a introspecção vai para a vida e a morte, e a morte é a maior presença deste livro, e com ela as histórias da vida que ficaram para trás... se pudéssemos pagar a alguém para nos matar gentilmente, da forma que quiséssemos, será que o faríamos? Uma espécie de suicídio assistido... já alguma vez sentiram o mais profundo vazio dentro de vós próprios, em que perdem toda a estima pela vida, e parece que nada mais importa, a não ser a ânsia pelo fim? ... e como será a vida pelo ponto de vista dessa pessoa responsável por nos ajudar a morrer? Uma leitura incrivelmente intensa sobre a decadência humana e a profundidade das emoções sobre a vida, e sobre a morte.
Adorei!
Alexandra Arada
Esta leitura foi uma surpresa muito agradável. Não conhecia nem o autor nem a obra mas graças ao empréstimo de uma amiga, fiquei a conhecer. É um romance que nos mostra a alienação em que vivemos actualmente, numa vida maioritariamente fracturada. Com uma escrita muito inteligente, cínica, cheia de imaginação, com algumas imagens que nos deixam a suster a respiração. Fala nos de arte, amor e morte e de como estas três podem estar interligadas. O narrador anónimo deste romance ajuda pessoas a morrer. Mas os seus clientes não estão doentes fisicamente, apenas da alma, querem desistir da vida. Viaja um pouco por todo o lado na sua busca por descobrir clientes, que não é fácil. É um homem inteligente, estudado, que gosta de todo o tipo de arte ( temos descrições detalhadas de museus, de quadros famosos, de forma minuciosa e apaixonante ). É nessa busca que conhece as várias personagens deste romance. Todas elas quebradas pela vida de alguma forma, procurando escapar da sua realidade. Todas as personagens estão interligadas entre si de alguma forma, em relações amorosas ou profissionais, todas elas numa angústia existencial, o que torna esta leitura tensa e emocional. Gostei muito desta voz da literatura sul-coreana. Surpreendente. Quase como uma ópera. É pura arte!