Servidões Livro
de Herberto Helder
Sobre
o LivroPublicado em 2013 com grande sucesso — a edição esgotou em poucos dias — este livro foi unanimemente considerado pela crítica como o livro do ano. Dele escreveu Luís Miguel Queirós, dizendo que desde logo aquilo que impressiona o leitor «[…] é a assustadora criatividade de que Herberto dá provas aos 80 anos, mas não é menos notável que estes seus últimos livros, com tudo o que trazem de novo, e por vezes até de exuberantemente novo, nem por isso deixem de manter com a sua obra anterior uma coerência sem falhas.». Rosa Maria Martelo disse que «Nestes tempos de descalabro social e político, haver um novo livro de Herberto Helder é um rompimento que apetece celebrar. E que impressiona por muitas razões — desde logo pela coragem de olhar a morte.». O semanário Expresso descreveu «Servidões» como um «livro de uma beleza convulsa, atravessado por explosões de energia visceral. É poesia "em estado de milagre", escrita pelo maior poeta português vivo.»
Poesia no seu melhor. Um mestre na sequência das palavras.
Fruto de uma reflexão face ao mundo, à vida e à criação poética, chegado aos 80 anos, Herberto Helder coligiu, no livro Servidões, os poemas que marcam esse momento de uma longa existência de trabalho das palavras. Tendo presente o pensamento da morte ou do fim da vida e do seu caminho como «escritor de versos», como lavrador do campo poético, Herberto Helder mantém a energia verbal e a capacidade metafórica que constituem a sua voz singular e fulgurante. A pulsão criadora que inventa e descobre o mundo onde a linguagem se assume como transfiguradora do real, na procura do insondável da vida e da energia do ser, marcam a soberania da poética herbertiana, ainda vital na criação de imagens e de neologismos que servem a expressão lírica do acto poético e do olhar crítico ao presente (cf. «arvoar» e «burrocratas»), recusando que «a dor (…) se torne académica» e lamentando «não ter escrito o poema soberbo/acerca do fim da inocência». Poema que ainda esperamos poder ler…
Herberto Helder, simplesmente imperdível. Maria Baioneta
Excelente livro Herberto Helder. não nos desilude nunca. respira-se poesia a cada página. Recomendo!
Como paliativo seguro em momento da vida portuguesa em que tudo parece periclitante, mesquinho, sem grandeza, este livro marca, sem que isso me surpreenda, o reencontro com o que Portugal tem de melhor : a dignidade da beleza, a liberdade exemplar de uma voz sem dono, fiel, apenas, a si mesma.
Ainda não li mas é um sucesso de procura e certamente um excelente livro
Mais uma vez, a força das palavras da língua portuguesa! Poesia elevada ao seu máximo!
Um livro exaltante, exclusivo, brilhante, decisivo, deslumbrante, de uma espantosa grandeza criadora.
Obra única, quer pelo conteúdo (difícil de ler e condensado) mas com uma ímpar escolha de vocábulos, quer pela obra física - lindo! pela capa, papel, e fontes usadas. Para se ir lendo e .. esperar pela valorização :-)
Os poemas de Herberto Hélder são impressionantes, contêm a vida na sua plenitude. Com poucas palavras consegue dizer muito, tanto sobre a vida vivida como a aproximação do seu fim.
Este livro dá-nos o poema contínuo que Herberto é; já não existe início nem fim de pontuação. Autor e poema giram em torno de e, em diálogo com a morte. O poema existe no corpo e fora dele, em estado contínuo de vida e morte. Herberto é o assombro vivo da Poesia Portuguesa.
É dificil interpretar mas sente-se uma grande força nos textos. Boa edição gráfica.
Livro de poesia de dificil compreensão. É preciso ler com atenção, voltar a ler e refletir para se capatra a ideia do poeta. Gosto!