Serei sempre o teu abrigo

de valter hugo mãe

Livro eBook
editor: Porto Editora, fevereiro de 2020
«O avô, resumido nos sentimentos, sem talento nas aflições, mais maniento e cheio de medo, só dizia: sossega, menina, sossega. Mesmo velhinhos, ele tratava-a como da primeira vez. Era uma menina.»

Um conto delicado sobre a fragilidade dos avós vista pelos olhos atentos do neto.
Na sensibilidade que só as palavras de Valter Hugo Mãe conseguem atingir, acompanhamos a força do amor dos avós um pelo outro e dos dois pelo neto. O poder dos laços da família e do afeto.
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Por onde começar, se nunca leu Valter Hugo Mãe

Há livros de Valter Hugo Mãe que pedem para ser lidos de peito aberto, de forma a recebermos toda a poesia que há inegavelmente na prosa do autor. São histórias que nos obrigam a abrir bem os olhos e a mente, para não nos perdermos no emaranhado de palavras belas, e para que possamos entender profundamente o que lemos e depois respirar, enquanto lambemos as feridas que a leitura abriu em nós.
Mas nem todos exigem à partida uma entrega tão completa. Outros há, igualmente belos, que podem funcionar como uma iniciação mais suave, quase em forma de abraço, à intensa obra de Valter Hugo Mãe.



CONTOS DE CÃES E LOBOS Em Contos de Cães e Maus Lobos, Valter Hugo Mãe convidou vários artistas para interpretarem um conto à sua maneira e expressá-lo através da sua arte. Reúne assim onze histórias simples, introduzidas por ilustrações nas mais variadas formas.
Citando Mia Couto no prefácio deste livro, «Valter sugere, a todo o momento, que os outros somos nós mesmos. (…) somos nós que somos lidos». Daí vermos temas inerentes ao ser humano a serem arremessados à nossa frente de forma gentil ou… dolorosa, como a esperança, a confiança, a inclusão, o receio, a morte e a ansiedade.
O conto «O menino de água», com a arte de David de La Mano, foi o que mais nos emocionou. Ainda hoje uma lágrima surge quando pensamos no desespero e na loucura de uma mãe ao perder um filho. Mas chorar pode ser, de certa maneira, uma ofensa a essa mãe, que tanto luta para recuperar qualquer pedaço do filho. Terão de ler para saber porquê.
Outro conto importante é As Mais Belas Coisas do Mundo, que mais tarde se tornou um livro próprio, com ilustrações de Nino Cais. Este artista contribuiu também para a edição brasileira de O paraíso são os outros. Já em Portugal, este conto foi ilustrado pelo próprio Valter Hugo Mãe, mas os dois livros são ideais para iniciar os mais novos na obra do autor.
Os textos de Contos de Cães e Maus Lobos abordam temas dolorosos, mas com o apoio das belíssimas ilustrações, este livro de contos curtos é uma excelente forma de descobrir, pela primeira vez, a tão premiada escrita de Valter Hugo Mãe. VER MAIS »









O FILHO DE MIL HOMENS A magnum opus de Valter Hugo Mãe, publicada depois de o autor concluir a tetralogia das minúsculas (o nosso reino, o remorso de baltazar serapião, o apocalipse dos trabalhadores e a máquina de fazer espanhóis) foi a nossa porta de entrada na obra do autor e ficámos encantados.
Neste romance conhecemos Crisóstomo, um pescador que «chegou aos quarenta anos e assumiu a tristeza de não ter um filho». Valter Hugo Mãe publicou este livro, pela primeira vez, em 2011, aos 40 anos de idade, justamente. Coincidência?
A título de curiosidade, o primeiro capítulo, «O homem que era só metade», foi inicialmente pensado como um conto, mas o autor sentiu necessidade de continuar a vida deste homem e de lhe juntar outras personagens peculiares, que dão novos significados ao conceito de família.
Assim sendo, temos Crisóstomo, um homem que queria um filho; Camilo, fruto de uma anã que se entregou individualmente a quinze homens da sua terra apenas por se sentir sozinha e por oferecer pouca resistência; Isaura, que cedeu à tentação mas sem engravidar, para desgosto dos pais; Antonino, um homossexual que tentou fugir às ideias da sua mãe e sofreu por ser quem é, culminando assim na desconstrução do que é uma família. Sobretudo para Camilo, o filho de mil homens (ou pelo menos quinze) que, à medida que cresce, vai alterando os seus preconceitos em relação à família e à ideia do certo ou errado, tocando também nas intolerâncias do próprio leitor. VER MAIS » AS DOENÇAS DO BRASIL Se O filho de mil homens era, para nós, o melhor livro de Valter Hugo Mãe, recentemente as coisas mudaram com a publicação em setembro do seu novo romance, As doenças do Brasil. Entre um ou outro, é humanamente impossível escolher. O próprio autor considera este seu romance mais recente o seu melhor livro. E é fácil compreender porquê.
Valter Hugo Mãe, inspirado em várias tribos indígenas, criou o povo abaeté, que vive numa das ilhas de três mares, com a sua própria forma de comunicar e de viver. Atribui outros significados a palavras que fazem parte do nosso vocabulário, como «opaco» e «transparente». Como se não bastasse, introduz no texto palavras que não nos são familiares, como «curumim», que significa criança ou jovem. Para terminar, insere uma dose de profecia e de realismo mágico, ingredientes para nos deliciarmos. Pode parecer uma escrita desafiante, à primeira vista, mas somos conduzidos de uma forma tão natural pelo enredo que facilmente entramos na cabeça dos abaetés, conseguindo inclusive sentir as entoações desse povo.
Como protagonistas do romance temos duas personagens: Honra, fruto da violação de um branco a uma abaeté; e Meio da Noite, um negro que aparece na aldeia dos abaetés de forma misteriosa. Os dois, por conseguirem dominar a língua do homem branco, são obrigados a estarem sempre juntos, de forma a que o negro, visto como um animal pelos outros, seja controlado. Evidentemente essa relação transforma-se numa amizade, considerando-se ambos a um certo momento como irmãos. Tentarão lutar pela liberdade, pela paz e pela cura de feridas deixadas no seu âmago. É tão interessante ver que os abaetés e os negros são povos diferentes, mas que conseguem coexistir sem tentarem sobrepor-se! Há um sentido de compaixão, talvez por causa da escravatura e da destruição das aldeias e crenças indígenas, que não existe no homem branco, já que este último sempre dominou.
Apesar de no título aparecer a palavra Brasil, este não é um livro unicamente sobre esse país, mas estende-se a todos os povos e regiões que sofreram com a invasão do homem branco. Aliás, ficámos convencidos de que as doenças que aparecem no título são definitivamente os colonizadores, com a sua ânsia de usurpação e guerra. Ousamos considerar este livro como uma homenagem aos povos que sofreram nas mãos dos homens brancos, que se julgavam sempre superiores aos povos que não entendiam, e davam como única verdade aquela que transportavam e que impuseram sempre à força. VER MAIS »

Serei sempre o teu abrigo

de Valter Hugo Mãe

ISBN: 978-972-0-03101-3
Editor: Porto Editora
Ano: 2020
Idioma: Português
Dimensões: 252 x 339 x 13 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 48
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Contos
EAN: 978972003101311
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
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Incrível

David Almeida

Livro de uma poesia e de uma sensibilidade que só podia ser de Valter Hugo Mãe. Uma viagem ao universo do amor, de outros amores, de amores que foram, são e serão. Mais do que recomendado! Incrível ¿

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Um abraço apertadinho ao coração

Viviane Veiga

Que maravilhosa forma de nos envolver nas palavras . Há livros que são doces , que nos aquecem os sentidos , que nos abrigam. Valter Hugo Mãe tem esta capacidade , numa escrita simples mas brilhante .

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Mensagem para a vida

Monica Pereira

Um livro para se ler e para se oferecer. Uma mensagem de amor muito especial, entre gerações. Todos os adultos deveriam ler este livro e dar a lê-lo aos seus filhos e netos!

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encantador...

Alexandra Pereira Carneiro

...para crianças e adultos, comovente da primeira à última página.

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Um livro maior que o coração

@fluxosdocoracao

A escrita de Valter Hugo Mãe é já por si só uma viagem consoladora nas suas palavras carregadas de emoções. Este lindo livro é como se de uma canção se tratasse, a maravilhosa letra espelha-se em imagens que nos envolvem totalmente e penetram os nossos sentidos como uma bela música.

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«amar é melhorar.»

Emanuel Guerreiro

Uma breve narrativa sobre a velhice e a capacidade de, mesmo ao fim de muitos e longos anos, os avós são sempre capazes de amar. Mais um grande exemplo de como, em breves palavras, Valter Hugo Mãe é capaz de exprimir tanto. Génio!

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Maravilhoso

Rafaela

Um dos livros mais carinhosos que já li. Enche o coração de ternura e amor. É maravilhoso!

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Uma história absolutamente bela

Beatriz Rito

Sou grande, grande fã do valter hugo mãe e adquiri este seu novíssimo livro assim que ficou disponível para encomenda. Trata-se de um livro belíssimo, sobre o amor que se tem aos avós e do bom que é de se crescer com o presença sábia dos avós. Este é um livro que considero para todas as idades, de fácil leitura mas com uma mensagem lindíssima que nos faz regressar às origens. valter hugo mãe nunca desilude. Recomendo!!

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"Pequeno" tesouro

VF

À semelhança dos anteriores, este livro é um "pequeno" tesouro!

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Serei sempre o teu abrigo

Paula Maria Piçarra Gaspar

Walter Hugo Mãe volta a surpreender-nos com a sua escrita delicada e profundamente reconhecedora dos que mais merecem o nosso respeito.

valter hugo mãe

Valter Hugo Mãe é um dos mais destacados autores portugueses da actualidade. A sua obra está traduzida em variadíssimas línguas, merecendo um prestigiado acolhimento em muitos países.
Autor dos romances: As doenças do Brasil, Contra mim (Grande Prémio de Romance e Novela - Associação Portuguesa de Escritores); Homens imprudentemente poéticos; A Desumanização; O filho de mil homens; a máquina de fazer espanhóis (Prémio Oceanos); o apocalipse dos trabalhadores; o remorso de baltazar serapião (Prémio Literário José Saramago) e o nosso reino. Escreveu alguns livros para todas as idades, entre os quais: Contos de cães e maus lobos, O paraíso são os outros, As mais belas coisas do mundo, Serei sempre o teu abrigo e A minha mãe é a minha filha. A sua poesia encontra-se reunida no volume publicação da mortalidade. Publica a crónica Autobiografia Imaginária, no Jornal de Letras, e Cidadania Impura, na Notícias Magazine. Com excepção da poesia, que tem chancela Assírio & Alvim, toda a sua obra está publicada pela Porto Editora.

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