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Os Rios Profundos

de José Maria Arguedas

editor: Assírio & Alvim, abril de 1992

A obra de Arguedas reflecte as experiências da sua vida vincada pelo contacto, durante a infância, com os índios quíchuas. O estilo é vigoroso, mantendo sempre uma grande tensão lírica e recorrendo a inúmeros termos ameríndios, assimilando-se assim a cadência e o encantamento da oralidade. Como escreveu Joaquim Montezuma de Carvalho, “O Peru teve a sorte de ter um escritor com língua própria, José María Arguedas. Um escritor muito especial e que só as circunstâncias do seu passado e do seu temperamento nos iluminam e esclarecem”. Os Rios Profundos juntamente com Todos os Sangues são as suas obras principais. Segundo Saúl Yurkievich, “Arguedas demorou mais de dez anos para terminar Os Rios Profundos. (...) A sua obra completa não é abundante mas toda ela se integra numa só órbita e constitui um avanço contínuo para a expressão cada vez mais essencial e mais artística da sua própria infância como acesso à alma do seu povo”.

Os Rios Profundos

de José Maria Arguedas

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-37-0293-4
Editor: Assírio & Alvim
Data de Lançamento: abril de 1992
Idioma: Português
Dimensões: 136 x 211 x 19 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 288
Tipo de produto: Livro
Coleção: O Imaginário
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789723702934
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
José Maria Arguedas

José María Arguedas é peruano, tendo nascido em Andahuaylas, no ano de 1911. Tinha três anos quando morre a sua mãe. Acompanha então o pai, advogado e juiz, em constantes viagens pelo interior do Peru, em parte devido a fugas motivadas por perseguições políticas.
O pai casa novamente e entra na história a madrasta má. "Yo soy hechura de mi madrasta." A madrasta odeia-o e por castigo manda-o habitualmente comer e dormir com os índios na cozinha. Conclui mais tarde José María Arguedas: "Nunca poderei agradecer suficientemente à minha madrasta tal castigo, pois foi nessa cozinha que conheci os índios, onde comecei a amá-los". Os maus tratos levam José María Arguedas a refugiar-se num povoado de índios de Utec. Na verdade, até aos dez anos aprende a expressar-se apenas na língua quíchua. Em 1926 foi internado num colégio que abandona no ano seguinte. Em 1931 estuda na Universidade em Lima. Em 1932 morre-lhe o pai, tem dificuldades económicas e encontra um emprego nos Correios, estudando canto e literatura. É, mais tarde, nomeado para cargos públicos ligados à educação, ao folclore e à antropologia. Recebe vários prémios.
Morre a 2 de dezembro de 1969 em consequência de um tiro disparado sobre si mesmo. José María Arguedas é um dos maiores escritores americanos de sempre, com obra publicada mundialmente.

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