Os Espaços em Branco

O Princípio da Incerteza * * *

de Agustina Bessa-Luís
editor: Guimarães Editores, abril de 2003
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Com "Os Espaços em Branco", Agustina Bessa-Luís encerra a trilogia "O Princípio da Incerteza", iniciada com "Jóia de Família" (Grande Prémio APE do Romance e Novela e transposto para o cinema por Manoel de Oliveira) e continuada com "A Alma dos Ricos". Os romances são independentes. No entanto, há personagens que se cruzam, ou vamos encontrá-las numa fase mais adiantada das suas vidas. Em "Os Espaços em Branco" regressa Camila, anjo-demónio, filha de vinhateiros do Douro arruinados, que casou rica com António Clara e, por morte deste, num incêndio numa discoteca, herdou a quinta do Salto da Senhora. Camila está agora casada de novo com o advogado Raul Almeida e tem dois filhos. Abandonou o Douro, foi para Lisboa, mais tarde para Paris, numa contínua divagação em busca de redenção e liberdade.
Num encontro com Gerge Steiner, Oppenheimar afirmou: "O que há de importante na poesia e na filosofia são os espaços em branco". Daí vem o título deste romance, onde Agustina aborda o problema da realidade, com ecos de Conrad e do seu "O Coração das Trevas". Numa escrita mais próxima da coloquialidade, Agustina dá-nos um magnífico retrato destes modernos tempos de incertezas, da "sexualidade triste" ao consumo nos centros comerciais, os sem-abrigo, os toxicodependentes, os imigrantes de leste, a fraude e a corrupção, os novos pobres e os novos ricos, cita poetas e ficcionistas, e não falta sequer um "ghostwriter". Como afirmou Arnaldo Saraiva na apresentação que fez de "Os Espaços em Branco", Agustina "tenta captar os sinais autênticos da vida. Por isso, lê-la, além de um prazer, é uma aprendizagem de nós mesmos, da sociedade portuguesa e do homem universal".

Os Espaços em Branco

O Princípio da Incerteza * * *

de Agustina Bessa-Luís

Propriedade Descrição
ISBN: 9789726654667
Editor: Guimarães Editores
Data de Lançamento: abril de 2003
Idioma: Português
Dimensões: 146 x 206 x 22 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 372
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789726654667
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável

SOBRE O AUTOR

Agustina Bessa-Luís

Agustina Bessa-Luís nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de outubro de 1922. A sua infância e adolescência são passadas nesta região, cuja ambiência marcará fortemente a obra da escritora. Estreou-se como romancista em 1948, com a novela Mundo Fechado, tendo desde então mantido um ritmo de publicação pouco usual nas letras portuguesas, contando com mais de meia centena de obras.
Representou as letras portuguesas em numerosos colóquios e encontros internacionais e realizou conferências em universidades um pouco por todo o mundo.
Foi membro do conselho diretivo da Comunitá Europea degli Scrittori (Roma, 1961-1962).
Entre 1986 e 1987 foi diretora do diário O Primeiro de Janeiro (Porto). Entre 1990 e 1993 assumiu a direção do Teatro Nacional de D. Maria II (Lisboa) e foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Foi membro da Academie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres (Paris), da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa, tendo sido distinguida com a Ordem de Sant'Iago da Espada (1980), a Medalha de Honra da Cidade do Porto (1988) e o grau de "Officier de l'Ordre des Arts et des Lettres", atribuído pelo governo francês (1989).
É em 1954, com o romance A Sibila, que Agustina Bessa-Luís se impõe como uma das vozes mais importantes da ficção portuguesa contemporânea. Conjugando influências pós-simbolistas de autores como Raul Brandão na construção de uma linguagem narrativa onde o intuitivo, o simbólico e uma certa sabedoria telúrica e ancestral, transmitida numa escrita de características aforísticas, se conjugam com referências de autores franceses como Proust e Bergson, nomeadamente no que diz respeito à estruturação espácio-temporal da obra, Agustina é senhora de um estilo absolutamente único, paradoxal e enigmático.
Vários dos seus romances foram já adaptados ao cinema pelo realizador Manoel de Oliveira, de quem foi amiga e com quem trabalhou de perto. Estão neste caso Fanny Owen ("Francisca"), Vale Abraão e As Terras do Risco ("O Convento"), para além de "Party", cujos diálogos foram igualmente escritos pela escritora. É também autora de peças de teatro e guiões para televisão, tendo o seu romance As Fúrias sido adaptado para teatro e encenado por Filipe La Féria (Teatro Nacional D. Maria II, 1995).
Em Maio de 2002 Agustina Bessa-Luís é pela segunda vez contemplada com o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), relativo a 2001, com a obra "O Princípio da Incerteza - Jóia de Família", obra que Manoel de Oliveira adaptou ao cinema com o título "O Princípio da Incerteza", e que foi exibido dias antes da atribuição deste prémio, no Festival de Cannes.
Agustina Bessa-Luís foi distinguida com os prémios Vergílio Ferreira 2004, atribuído pela Universidade de Évora, pela sua carreira como ficcionista, e o Prémio Camões 2004, o mais alto galardão das letras em português.
Morreu dia 3 de junho de 2019, com 96 anos.

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