Obra Completa Volume VII - Bocage

Poesias Eróticas, Burlescas e Satíricas

de Bocage

editor: Edições Caixotim, abril de 2004
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Organizada, anotada e prefaciada pelo conhecido investigador Doutor Daniel Pires, a obra completa de Bocage, que se publicará em 7 volumes até 2007, constituirá a partir de agora edição fidedigna para qualquer leitura ou investigação em torno do ofício poético bocageano. A presente edição destina-se ao grande público. Tem como objectivo primordial divulgar a poesia de Bocage junto do maior número possível de pessoas e, concomitantemente, dar a conhecer uma personalidade ímpar da cultura portuguesa, que aliou o seu notório talento poético a uma relevante praxis social e política alternativa. Apresenta ainda como desiderato reconstituir a lição que o poeta nos legou, expurgada de intervenções adventícias que, pontualmente, a desfiguraram


" [Daniel Pires, o organizador] subverte tradição imposta por tempos censórios, que as reduzem [as Poesia Eróticas....] ao 'pornográfico', e, numa introdução mais ampla e analítica, situa Bocage nos esforços do Iluminismo Libertador, que já animava o lado francês da família."
Ernesto Rodrigues, Expresso

Obra Completa Volume VII - Bocage

Poesias Eróticas, Burlescas e Satíricas

de Bocage

Propriedade Descrição
ISBN: 9789728651640
Editor: Edições Caixotim
Data de Lançamento: abril de 2004
Idioma: Português
Dimensões: 157 x 235 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 248
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 9789728651640
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
Bocage

Manuel Maria Barbosa du Bocage, o mais completo poeta do nosso século XVIII, nasceu em Setúbal em 1765 e faleceu em Lisboa em 1805. Aos 16 anos assentou praça na Infantaria de Setúbal, mas em 1783 alista-se na Academia Real da Marinha. Em Lisboa, participa na vida boémia e literária e começa a ganhar fama a sua veia de poeta satírico. Em 1786 embarca para a Índia, chegando a ser promovido a tenente; em 1789 aventura-se a ir a Macau e neste ano regressa a Portugal. Em 1791 publica o primeiro volume de Rimas e integra-se na Nova Arcádia (ou Academia de Belas Letras), onde recebe o nome de Elmano Sadino. Mas Bocage, pela sua instabilidade e irreverência, não se adaptou ao convencionalismo arcádico e abre conflitos com os seus confrades. Em 1797 é acusado de "herético perigoso e dissoluto de costumes"; e, como era conhecida a sua simpatia pela Revolução Francesa, é preso e condenado pela Inquisição. Quando sai da reclusão, conformista e gasto, vê-se obrigado a viver da escrita (sobretudo de traduções). Recebeu o auxílio de alguns amigos mas acabará por morrer doente e na miséria.
Se formalmente a poesia bocagiana ainda é neoclássica, se nalgum vocabulário e nos processos de natureza alegórica ainda se sente a herança clássica, concretamente a camoniana, pelo temperamento, por grande parte dos temas (como o ciúme, a noite, a morte, o egotismo, a liberdade, o amor - muitas vezes manifestado por uma expressão erotizante) e pela insistência nalgumas imagens e verbos que denunciam uma vivência limite, pode bem dizer-se que uma parte significativa da produção poética de Bocage é já marcadamente pré-romântica, anunciando assim a nova época que se aproxima. Apesar de a sua poesia ser contraditória, irregular, e de os seus versos revelarem concessões artisticamente duvidosas, Bocage é considerado, com justeza, um dos maiores sonetistas portugueses.
As obras de Bocage encontram-se editadas atualmente nas antologias: "Opera Omnia", "Poesias" (antologia que inclui a lírica, a sátira e a erótica) e "Poesias de Bocage". © 2003 Porto Editora, Lda.

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