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O Silencieiro

de Antonio Di Benedetto

editor: Cavalo de Ferro, fevereiro de 2020
Um jovem subchefe de secção, que vive nos subúrbios e planeia escrever um livro, não suporta o ruído do mundo, fruto do progresso — as máquinas, os rádios, os automóveis. Silenciar a fonte desse ruído imposto e exasperante transforma-se numa luta obsessiva.

Na tentativa de fugir a esse incómodo, arrasta a mãe e a noiva numa interminável busca por um lugar inacessível aos sons. No entanto, a tortura continua; na verdade, não há fuga possível, pois que aos ruídos exteriores se vão juntando e sobrepondo os ruídos metafísicos, de origem obscura e íntima, e, com eles, a impossibilidade de viver.

Publicado em 1964, O Silencieiro é um dos pontos altos da literatura em língua castelhana do século XX. Romance curto e sóbrio, mas rico em matizes, do registo familiar ao descritivo, do reflexivo ao lírico, constitui um exemplo perfeito da prosa lacónica e subtil de Antonio Di Benedetto, um escritor de culto, sem precursores nem sucessores.

«A prosa narrativa de Antonio Di Benedetto é, sem dúvida, a mais original do século.»
Juan José Saer

«Um escritor radicalmente singular. Único. Um génio da linguagem.»
Enrique Vila-Matas

«A própria escrita de Di Benedetto tem aversão ao ruído: não se ouvem excessos.»
The New Yorker

O Silencieiro

de Antonio Di Benedetto

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896688158
Editor: Cavalo de Ferro
Data de Lançamento: fevereiro de 2020
Idioma: Português
Dimensões: 154 x 228 x 12 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 160
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896688158
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A BARULHEIRA

Luis Jorge

Uma das coisas que nos mata e mói diariamente. O barulho, a barulheira infernal da cidade, motores e música em todos os lados. Muito alta. A falta do silêncio para nos ouvirmos até a falar uns com os outros. Um direito a consignar em todos os códigos de conduta, o direito a estar em silêncio. Escrito quando o mundo era muito mais silencioso, a escrita reflecte esse tempo. Muito interessante. Muito actual.

Antonio Di Benedetto

Jornalista, guionista e escritor, Antonio Di Benedetto nasceu em Mendoza, na Argentina, em 1922. Começou a escrever e a publicar contos logo em adolescente, retirando muito da sua inspiração das obras de Dostoiévski e Pirandello, tendo ganhado vários prémios com a sua primeira coletânea, Mundo Animal, de 1953.
Em 1956, publica Zama, livro que lhe vale rasgados elogios por parte da crítica e pares, comparando-o aos melhores trabalhos de nomes como Proust, Cortázar ou Camus. Seguir-se-ão romances como O Silencieiro (1964) e Los Suicidas (1969), que confirmam o seu lugar na literatura do século XX.
Em 1976, durante o regime ditatorial do General Videla, Di Benedetto é encarcerado e torturado, permanecendo preso durante um ano. Após a sua libertação, parte para Espanha, onde se exila, regressando à Argentina apenas em 1984, dois anos antes da sua morte.

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