O Mundo sem Nós Livro
de Alan Weisman
Sobre
o LivroSe nos retirássemos agora da Terra, definitivamente, o que se passaria? Quais os vestígios do Homem (humanos) que permaneceriam e quais os que desapareceriam ? Como mudaria o planeta?
Numa altura em que vivemos tão preocupados e ansiosos com os efeitos do nosso impacto sobre o clima e o ambiente, este livro oportuno dá-nos uma oportunidade de ter uma ideia do que deixaríamos realmente como legado da nossa passagem por este planeta.
Regressaria o clima ao que era antes de ligarmos os nossos motores? Conseguiria a Natureza apagar todos os vestígios da civilização humana, incluindo as miríades de produtos sintéticos e de plástico? Por que razão certos edifícios, certas pontes, resistiriam mais à usura do tempo do que outros? O que ficaria da nossa arte? Que animais prosperariam e que raças se extinguiriam?
Pura fantasia para amadores de ficção científica? Nem por sombras! Alan Weisman tem uma investigação amplamente documentada - baseia-se, nomeadamente, na evolução de territórios actualmente virgens, as florestas que envolvem Chernobyl, a zona desmilitarizada que separa as duas Coreias - , cruza as opiniões dos especialistas com as observações dos autóctones, e convida-nos a uma instrutiva viagem à volta à Terra… sem nós!
"Se a humanidade desaparecesse o que é que restaria? Um estudo inspirador e visionário sobre a forma como temos vindo a desestabilizar o planeta e de como a Terra respiraria de alívio com a nossa partida."
Time Magazine
Este livro está interessante porque (ainda) o estamos a viver de alguma forma: no início da pandemia, tínhamos ruas vazias, a Natureza tomou conta das cidades, entre outras coisas. Um pouco parecido com o que o livro aborda, não?
Leitura interessante e cativante
Em "O Mundo sem Nós", Alan Weisman faz um ensaio curioso e magnífico do que seria do nosso planeta se, assim de repente, a humanidade desaparecesse da face do mesmo. Partindo de uma hipótese académica, imagina e prevê alguns desenvolvimentos da vida do planeta depois de desaparecermos, e utilizando exemplos do mundo actual onde já nós não colocamos pé há alguns anos. Uma verdadeira referência, com um recurso a diversos especialistas em variadas matérias, dando um panorama da nossa história enquanto espécie em todos os continentes, do que temos feito ao planeta, desde os contaminantes que deixaremos como herança a várias gerações, a generalização de introdução de espécies exóticas, até ao Canal do Panamá, ao sistema de esgotos de Nova Iorque, e o que seria destes sistemas criados por nós num mundo sem nós para os mantêr funcionais. É um livro que arrepia muitas vezes pela constatação cruel de tanta porcaria que temos feito, mas com uma visão romântica e que dá um certo prazer redentor quando divaga sobre o que se tornaria este planeta depois de partirmos, o que deixa perceber que verdadeiramente, sem nós, a Terra se safaria muito bem e se sentiria bem melhor... Um mundo em que as florestas voltariam a invadir os habitats que destruímos e ocupámos, onde a fauna maior poderia voltar a crescer em número de indivíduos e espalhar-se pelas áreas onde outrora esteve, um planeta inteiramente renaturalizado, absorvendo todas as estruturas estranhas e artificiais que criámos, não deixa de ser um cenário encantador. E sobretudo, a percepção que nos deixa sobre o fenómeno da evolução, os seus mecanismos e poder inventivo, afastando a visão normalmente antropocêntrica que inevitavelmente temos dela. É um livro com tantas referências, com tantas ideias e possibilidades de pesquisa, que dentro do que recolhi, tentarei dar mais exemplos futuramente, desde lugares do nosso planeta a movimentos e ideologias pelo livro referidas. Deixo apenas estas passagens, que acho demonstrativas: "Em NY, o estorninho europeu - hoje uma praga aviária do Alaska até ao México - foi introduzido porque alguém achou que a cidade ficaria mais culta se o Central Park albergasse todas as espécies de pássaros citadas por Shakespeare." "Os humanos acabarão por se extinguir. Tudo se extinguiu, até agora. É como a morte: não há razão para pensarmos que somos diferentes. Mas a vida irá continuar." por Doug Erwin "Haverá muitas surpresas. Admitamo-lo: quem é que poderia ter previsto a existência das tartarugas? Quem poderia ter imaginado que um organismo se iria virar do avesso, empurrando a sua omoplata para dentro das costelas e formar uma carapaça? Se as tartarugas não existissem, nenhum biólogo de vertebrados iria sugerir que iria acontecer uma coisa assim: seria a risota de todos. A única previsão que podemos fazer é que a vida irá continuar. E que será interessante." por Doug Erwin Resta dizer que o livro é editado em Portugal pela Estrela Polar, apesar da tradução não ser das melhores, lê-se.