Matteo perdeu o emprego Livro
de Gonçalo M. Tavares
Sobre
o LivroPlano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.
Matteo responde a um anúncio de emprego. Toca à campainha e uma mulher recebe-o. Mas a mulher apresenta uma particularidade estranha. É a primeira proposta de trabalho de Matteo em muitos meses: aceita-a. Mas Matteo não suporta aquele ofício durante muito tempo. Responde a um novo anúncio. Toca à campainha e um homem abre a porta e recebe-o. De novo, a mesma particularidade estranha.
Várias personagens e episódios sucedem-se como peças de dominó que vão caindo umas sobre as outras. As personagens cruzam-se e cada uma delas é abandonada quando surge a seguinte. São ligações sucessivas - até que se chega a Matteo, o homem que perdeu o emprego.
Courrier Internacional
Le Figaro Magazine
The Independent
Só Gonçalo M. Tavares para personificar manequins e dar-lhes uma vida igual à nossa. Uma obra peculiar. Afinal, Matteo pode ser como nós...
pequenos contos entrelaçados de uma maneira que só Gonçalo M Tavares é capaz. Mais um livro extraordinário.
Um livro com duas partes bem distintas a última o posfácio contém as notas que o autor retira do seu próprio livro. Gonçalo M. Tavares cria na primeira parte do livro uma vasta gama de personagens que se encadeiam umas nas outras de uma forma engenhosa nesta parte (o tipo de livro e estilo bem como as muitas imagens) a leitor é conduzido para uma leitura vertiginosa mesmo muito rápida tal a curtíssima sequência das personagens e as suas histórias. Nesta parte (para quem conhece a obra) Tavares parece inclinar a estrutura do livro para a sua obra o "Bairro". A segunda parte do livro o posfácio tem a assinatura da obra o "Reino" aqui Tavares obriga o leitor a uma leitura atenta cuidadosa, isto se o leitor quiser tirar partido daquilo que o escritor esta a oferecer. Pormenores deliciosos da vida quotidiana rolam pelas páginas num sequência aleatória mas agradável Nesta parte mais elaborada, mais densa, Tavares tenta "explicar" a primeira parte. Parece um Tavares do "Bairro" a justificar-se com o "Reino". Pormenores deliciosos como: ...Horowitz fazia o que os homens importantes fizeram e fazem, apontava. Ou ...Glasser o que carrega a bateria (bateria de camião que suportava a sua vida ligada ao coração). No fundo somos todos Glasser basta o corte de uma ligação para morrermos. Talvez Glasser tenha, sobre todos os outras personagens, uma vantagem. Ele sabe exactamente qual e a sua ligação essencial. O livro gira em torno de rotundas, vidas, o círculo maior ou menor que pode ou não ser completado, podendo entrar novos elementos para o mesmo círculo. Até uma rotunda quadrada nos é oferecida, pormenor delicioso. Um livro cheio de imagens onde as suas 210 páginas são reduzidas praticamente para metade (muitas imagens e a quebra das histórias reduzem o número paginas em muito), mesmo assim um livro bem pensado, já li melhores obras do autor mas para uma iniciação a Gonçalo M. Tavares penso ser um bom livro ou não e caso contrário o leitor ficará a detestar o autor e nunca mais lerá alguma obra dele. Realmente um livro intrigante de histórias desconexas, a ligação é meramente entre as personagens, que giram umas entre outras num livro pensador cheiinho de pequenas coisas para nos fazer repensar pormenores da vida, onde a história é dissimulada nesses pensamentos.