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Lionel Asbo

de Martin Amis; Tradução: Jorge Pereirinha Pires

editor: Quetzal Editores, abril de 2013
Durante o expediente matinal na prisão, Lionel Asbo, um delinquente de médio porte de Diston - zona fictiva de Londres - recebe a notícia de que ganhou 139 milhões de libras na lotaria.
Último rebento de Grace, cuja prole aos 19 anos ascendia aos sete, Lionel partilha a casa com o sobrinho órfão adolescente, Desmond Pepperdine, e com dois pitt-bull, Joe e Jeff, que alimenta com uma dieta de tabasco e maus-tratos.
Uma vez posto em liberdade, a fabulosa riqueza catapulta-o naturalmente para uma vida de excessos e gastos estratosféricos que, em substância, não difere muito do quotidiano de sarilhos e arruaças da anterior e, por isso, para as primeiras páginas dos tabloides: «O Tio Li - ele desapareceu e foi para a primeira página!». Lionel continua a preferir a pornografia à companhia de uma mulher (a pornografia que, com a prisão, constitui um dos dois pilares fundamentais da vida); persiste na educação férrea dos cães (outrora uma importante ferramenta do negócio); e em não prestar qualquer tipo de auxílio financeiro a qualquer membro da família.
Enquanto Lionel desbarata a fortuna, a um débito alucinante, e espreme todos os proveitos que pensa poder retirar da fama - Des, o sobrinho, está nos nos antípodas: é um rapaz inteligente e sensato, que procura no estudo e no trabalho, e numa relação estável, um sentido para a vida.

Um romance cómico, visceral, hiperbólico - uma sátira da Inglaterra contemporânea e da obsessão contemporânea pelo dinheiro e pela celebridade.

«O melhor escritor inglês da atualidade.»
Daily Telegraph

«Gloriosamente cómico e incisivo.»
Sunday Telegraph

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Martin Amis: a prateleira que nos deixa

Martin Amis morreu há dias. Para trás, deixou uma obra pungente. O autor queria deixar para trás uma prateleira em relação à qual pudesse dizer onde ele mesmo começava e terminava. Para além da prateleira, ainda fica a possibilidade do desconcerto permanente.
  Dinheiro Quem não gosta de uma queda depois de uma subida que atire a primeira pedra. Aqui, temos a história da ascensão e do declínio de John Self. Primeiro, teve um grande sucesso no mundo publicitário. A vida era à Jordan Belfort, que também podemos ler em O Lobo de Wall Street: álcool, pornografia, prostitutas e comida rápida. Que ao menos um bom hambúrguer salvasse aquilo tudo. Na vida, o dinheiro parece uma droga: é um vício, é impossível a John libertar-se dele, a vida transforma-se num rodopio potenciado pelo lucro que aumenta exponencialmente. Até que um dia a coisa falha e resta a lassidão. Depois da acumulação, há um não saber que fazer à vida. Depois de tudo, o nada, e o que corta a vida a bisturi é ter a conta cheia ou não. É um grande romance, voraz, mordaz, e uma delícia para os cínicos que gostam de comédias negras. QUERO LER!








  A informação Só existirem já é uma ironia: Gwyn e Richard são dois quarentões, amigos desde a universidade e, fatalidade máxima, escritores. Ora, um parece ter muito talento e o outro não, o que significa que o primeiro tem um emprego medíocre e o outro tem grande sucesso, exatamente nesta ordem. Richard parecia ter o futuro à frente, e adivinharam-no brilhante. Os anos foram passando e lá está ele a fazer recensões críticas num pequeno jornal literário. A Gwyn parecia faltar aquela chama, mas a sorte veio em bruto, com um grande sucesso com um romance, dinheiro, um prémio. A amizade de um por outro desagua na inveja. Dois amigos tornam-se inimigos. A inimizade per se transforma-se em inimizade literária. Só a sinopse já dá vontade de ler a história da dissolução daquele vínculo que, em bons momentos, toda a gente julga intemporal. QUERO LER! Zona de interesse Está no Plano Nacional de Leitura e não é pera doce. É o penúltimo romance de Amis e leva-nos diretamente para o campo de extermínio de Auschwitz, em cujas imediações vive um comandante nazi. Partindo daqui, Martin Amis faz mais do que a tábua rasa, dá uma narrativa que está além do preto-e-branco: para além de descrever as atrocidades, ainda explora a psique de quem as comete. Está lá tudo: as possibilidades de ação, os limites morais, ou a falta deles, a luta pela sobrevivência. E há ainda um conjunto de personagens formidáveis: Angelus Thomsen, o oficial SS; Paul Doll, o comandante de campo; e Szmul, um judeu a chefiar uma equipa de prisioneiros. Nisto o caldo é coisa espessa: Thomsen deseja a mulher de Doll; Doll quer matar a mulher; Szmul é contratado para isso. No meio da maior tragédia cometida por mãos humanas, ainda temos a tragédia da pequenez e do pequeno rancor a contaminar tudo devagar. QUERO LER! Lionel Asbo Que fará um delinquente, daqueles nem grandes nem pequenos, perante uma fortuna de 139 milhões de libras? O homem médio sonha ganhar a lotaria; Lionel ganhou-a mesmo. Aqui, parece que temos a vida de John Self ao contrário: num dia, Lionel está na prisão e é pobre; noutro, é posto em liberdade com dinheiro a mais para tão pouca vida. A partir daí, a pressa e o excesso conduzem tudo, assim como o deslumbramento pela nova condição: começam os gastos estratosféricos, continuam as asneiras na rua, chegam as saídas nos tabloides. E, no meio disto, nenhum apoio para membro nenhum da família. A um ritmo alucinante, a fortuna vai sendo desbaratada, e a fama vai sendo aproveitada como última bolacha do pacote. Pelo caminho, temos o contraponto de Des, sobrinho de Lionel – rapaz órfão e sensato, procura uma vida plácida que não lhe crie problemas. É mais um romance satírico em que a obsessão com o dinheiro e a sua acumulação marca o passo.
Sigmund Freud, Correspondência, 18844 QUERO LER!

Lionel Asbo

de Martin Amis; Tradução: Jorge Pereirinha Pires

Propriedade Descrição
ISBN: 9789897220913
Editor: Quetzal Editores
Data de Lançamento: abril de 2013
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 237 x 22 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 320
Tipo de produto: Livro
Coleção: Serpente Emplumada
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789897220913
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O outro lado da Grã-Bretanha

Rita Oliveira

Lembram-se de Trainspotting, sobretudo do ambiente de subúrbio em que se passava? Pois agora transponham esse ambiente para um livro, em que tio e sobrinho desempenham os papéis principais de uma família altamente disfuncional. O tio é um homem de esquemas, recorrendo na concretização dos seus negócios a cães que alimenta a Tabasco. O sobrinho é um rapaz órfão, cheio de boas intenções mas que por vezes não consegue fugir à teia decadente em que vive. Um dia, na cadeia, o tio Lionel ganha um prémio. E a vida tem de mudar de alguma forma, para o bem e para o mal. A não perder, sobretudo por quem, como eu, ainda achava que a vida na Grã-Bretanha era inevitavelmente cheia de classe.

Martin Amis

Martin Amis (Oxford, 25 de agosto de 1949 – Lake Worth, 19 de maio de 2023) foi um dos autores de língua inglesa mais importantes e controversos. Nasceu no País de Gales e é filho do escritor Kingsley Amis. A matéria-prima dos seus romances radica no absurdo da condição pós-moderna e nos excessos do capitalismo tardio das sociedades ocidentais; e o seu inconfundível estilo é compulsivo, terrivelmente vivo. Saul Bellow, Vladimir Nabokov e James Joyce eram as suas grandes referências literárias. Por seu turno, influenciou uma nova geração de romancistas, como Will Self ou Zadie Smith.

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