Levaram Annie Thorne

Gostei bastante deste livro, não estava nada à espera daquele final e para quem gosta de suspense com uma pitada de sobrenatural, recomendo vivamente.

Com uma história intrigante, este livro junta um tema bastante actual - bullying - com uma ponta de misticismo. Ao longo da história várias questões se levantam e aos poucos vamos percebendo o desenrolar do passado das personagens. Com passagens bastante explicitas, em alguns momentos parece que estamos a ver um filme!

Gostei bastante do primeiro livro da autora, portanto o segundo entrou de imediato na lista de preferências e foi lido assim que possível. Esta história, contudo, e na minha opinião, difere da primeira e tentarei falar sobre ela sem contar demais e estragar a surpresa. Voltamos a ter uma narrativa que oscila entre passado e presente e só assim ficamos a saber, entre tantas outras coisas, o que aconteceu a Annie, porque Joe coxeia, onde estão e o que foi feito dos antigos colegas de escola e um rol de explicações para tantas outras coisas, que estamos longe sequer de imaginar. É feita na voz de Joe, o irmão e atualmente um adulto 25 anos depois, professor nem por aí muito bem-sucedido e um viciado em jogo. Joe volta à terra natal no que aparenta ser uma mera coincidência, mas a realidade é que foi atraído pela revelação do que efetivamente sucedeu no passado com Annie e que poderá estar a acontecer de novo. Há uma forte componente de bulling em torno das histórias da vila, quer no passado quer no presente, agora com outros protagonistas, o que a mim, pessoalmente, é um assunto que incomoda e choca em igual medida. O ambiente em torno de toda a história é sinistro e muito mais misterioso do que aquele que encontrámos no livro anterior e talvez seja essa a principal diferença entre ambos. Todo o cenário relatado ao longo da narrativa é aterrador, incluindo a casa onde Joe vai morar quando regressa, local de um recente homicídio seguido de suicídio. Todas as passagens são verdadeiramente arrepiantes e quanto mais vamos sabendo sobre o desaparecimento e reaparecimento de Annie, mais incomodados ficamos. Facilmente passamos de um thriller a uma verdadeira história de terror e nem com o desfecho final, esta sensação se vai afastar e, mesmo com algumas explicações pelo meio, a autora deixa muita coisa no ar e naturalmente, livre de interpretação. Não recomendado a leitores mais sensíveis.

Levaram Annie Thorne de C. J. Tudor foi o meu quinto livro do mês de Julho. Há muito que queria ler algo desta escritora. Depois do sucesso que foi O Homem de Giz, que ainda não li mas que tenciono (está na lista de favoritos Wook para comprar), aventurei-me por este que tinha tanto feedback positivo no site, algo que me deixou bastante curiosa. Achei que as primeiras 150 páginas foram um bocado para encher. Contou-se a história mais ou menos, apresentaram-se as personagens (acho que eram demasiados... a certa altura a coisa estava um pouco confusa), iam-se fazendo voltas no tempo, há 25 anos (aqui a história baseia-se no que aconteceu com Annie) e o momento presente, e pouco mais. A parte do passado era sempre mais interessante que a do presente porque me deixava curiosa para saber o que tinha acontecido na mina, onde a parte principal da história se desenrolou. Mas foi isto. A partir da página 200 e qualquer coisa o livro começa a ficar mais interessante, mas fiquei com a sensação que a autora poderia ter explorado mais a Annie, ter feito um ponto de vista desta personagem, o que ela sentia, o que se tinha passado com ela, qualquer coisa assim. No final pensei que algo seria desvendado, mas isso não aconteceu. Apesar de na última página a história indicar algo que não tínhamos conhecimento antes, não considerei um grande final. De 0 a 10 dou 5 porque não é mau, mas também não é o livro do ano, até porque já li coisas muito melhores este ano. 

É um livro diferente de O Homem de Giz (se ainda não leram este do que estão à espera?), ainda que eu tenha sentido alguns pontos de contacto. Esta autora é absolutamente fabulosa na forma como escreve, na forma como nos enrola nas suas histórias, na forma como cria um novelo na nossa cabeça com o enredo que desenvolve. E este livro foi bastante surpreendente! Eu li a sinopse e achei que a história ia ser contada de uma forma totalmente diferente, que o ponto de vista seria outro, que o foco seria outro. A personagem Joe Thorne, o irmão de Annie, é mirabolante. Professor, alcoólico, com problemas do passado para resolver, com uma história familiar particular. Mas C.J. Tudor cria um personagem com um tal nível de sarcasmo que nem vos consigo dizer a quantidade de frases que assinalei. Umas sarcásticas, outras sobre a vida, outras obscuras, outras mórbidas. Excelente! Mais uma vez, C.J. consegue criar um livro onde não há uma ponta de palha, tudo, mas absolutamente tudo é importante naquele livro. E consegue criar uma história onde nem o potencial do sobrenatural consegue tirar a piada. Tive algumas sensações com este livro algo próximas das dos livros do Tremayne, se calhar por causa dos momentos mais obscuros e místicos. Um ou outro momento de ficar muito arrepiada. Se calhar para pessoas que leem muitas histórias de terror ou muitas histórias com fantasmas, podem olhar para este livro e achar que Tudor não está ao nível de outros escritores. Eu sou um bocado nabiça nessas histórias, mas sei que adorei esta. O final é ligeiramente apressado, mas tem dois momentos completamente surpreendentes, por isso é bom mesmo, mesmo até à ultima página onde consegue um daqueles finais abertos que nos fazem levantar os pelos da nuca, tal como nas primeiras páginas. Confesso que gostava que pegassem neste livro e fizessem um filme! Pela mão do realizador certo, ia ter partes bem arrepiantes...

Uma história envolvente onde nada é deixado ao acaso...mais uma vez C.J.Tudor não desiludiu!

Com um tipo de escrita a que não estamos habituados neste género de livros, esta escritora vai nos prendendo com o enredo das suas histórias. Nada fica ao acaso... tudo o que lemos será importante para o desenrolar da história... ansiosa pelo próximo!

Sem dúvida um livro que nos prende do início ao fim! E por falar em fim... que final inesperado! Recomendo, sem dúvida, e fico a aguardar novos livros da autora.

Muito bom! Ainda melhor que o anterior do autor!

De se ler de uma só vez. Iniciei a leitura deste thriller e rapidamente me senti dentro da história e apreciadora dela. Um livro que só se pára de ler quando o terminamos e sabemos o desfeche dele e ficamos com a sensação de uma muito boa escrita por parte da autora. Recomendo.

Simplesmente irresistível. Ao abrir este livro, sentimos que não “Levaram Annie Thorne” apenas, mas sim nós próprios. Uma trama misteriosa e segredos obscuros que nos agarram desde o primeiro capítulo. A vontade de querer saber o fim é insuportável, o que torna impossível largar este livro. Se pensavam que C. J. Tudor tinha sido surpreendente em “O Homem de Giz” esperem até saber a verdade sobre “Levaram Annie Thorne”.

Simplemente fantastico ! Intrigante historia catiante do principio ao fim assim como nos habituou a escritora, recomendo vivamente