Entre as Mentiras

A Michelle Adams conseguiu novamente um livro que não nos deixa dormir. Não podemos parar enquanto não soubermos o que vem a seguir, não há descanso enquanto não acabamos e passamos todo o tempo com a respiração suspensa e o coração palpitante. Recomendo a quem gosta de uma boa história de mistério e com um fim inesperado.

Esta história é bastante inquietante. Lê-se de respiração suspensa e um olhar sobre os ombros, onde nada é o que parece e todos são suspeitos. Chloe sofre um grave acidente e quando acorda do coma, perdeu toda a memória de quem é e o que lhe aconteceu. Os factos são devastadores e a família, mais especificamente o seu pai, psiquiatra, vão aos poucos relembrando e relatando aquilo que consideram relevante para a sua recuperação, mas acima de tudo, aquilo que consideram que ela é efetivamente capaz de suportar. Ao longo da narrativa é bastante percetível que a família esconde muitas coisas e Chleo vai descobrindo pontas soltas aqui e ali. As omissões são muitas e as mentiras outras tantas, mas Chloe não está suficientemente forte e saudável, para sair e procurar respostas por si mesma, o que nos deixa com nervoso miudinho porque Chloe está totalmente exposta e vulnerável. Quando algumas revelações vão surgindo e outros detalhes do acidente sendo conhecidos, Chloe desespera pela verdade, doa a quem doer, mas uma vez mais, nada é o que parece e o perigo estará onde menos se espera. Num ritmo intenso, lê-se num ápice e de coração acelerado. Impossível ficar indiferente!

Esta capa que parece tão simples espelha tão bem a maior sensação ao longo do livro...a de sufoco! Este livro é um daqueles page turners que uma pessoa se arrisca a queimar o jantar. É empolgante do início até ao fim, sempre com um ritmo bastante frenético. Imaginem terem um acidente de carro e depois de acordarem do coma não se lembrarem de nada, de quem são e de quem são as pessoas que se identificam como sendo a vossa família. E irem viver com uns supostos pais e irmã que vos fazem desconfiar a todo o momento que algo de errado se passa. E depois estarem constantemente a levar com revelações chocantes, sobre o acidente, sobre a vossa vida, sobre o vosso passado, sobre a vossa família e, por um lado, acharem que deve ser verdade porque não se lembram de nada ao mesmo tempo que têm sempre a sensação de que muito do que é dito é mentira? E entretanto vão começando a surgir algumas recordações, do dia do acidente e de outros momentos da vida. Quem mente? Quem diz a verdade? E por que razão mente quem mente? Qual é afinal a verdade sobre quem era Chloe e sobre a sua vida familiar? Será que Chloe corre perigo? Enfim, é um desenrolar de perguntas e de sufocos que vamos vivendo com Chloe e que torna este livro um interessantíssimo thriller. É muito empolgante, mantém o interesse até à última página e, se uma pessoa não tivesse tanto que fazer, era um daqueles livros que se lia na boa no mesmo dia. Ainda que nos deixe com os níveis de adrenalina nos píncaros. Porque isto de uma pessoa se sentir sozinha, perdida e sem poder confiar em ninguém é do mais sufocante que há. Leiam! Recomendo vivamente!

Simplemesmente fantástico leva nos a pensar no que o ser humano é capaz de fazer para atingir os seu fins. Recomendo

Um thriller cheio de adrenalina do principio ao fim. Faz-nos querer saber mais a cada página, impossível parar de ler até ao fim. Adorei.

Um livro de leitura muito fácil. Cativante desde o princípio. Temos curiosidade constante numa memória mais da personagem principal e uma desconfiança em relação à família dela mas que só no final é desvendada e nos surpreende. Igualmente inesperado o final porque o desenrolar da história não nos leva a querer que o enigma esteja numa pessoa que se torna tão próxima e importante da vítima. Recomendo.