Lady Whistledown Tem Algo a Dizer

Escrita devoradora.. impossível parar! Histórias bem interligadas e sempre surpreendentes!! Recomendo!!

Este primeiro livro da série “Lady Whistledow” apresenta-nos quatro histórias interligadas e introduzidas pela primeira vez pela autora Julia Quinn na sua série “Bridgerton” e onde a misteriosa colunista de mexericos destila o seu veneno e tenta formar os casais da temporada. O ano é de 1814 e as quatro histórias acontecem entre os meses de janeiro e fevereiro, um período de muito frio, tendo mesmo congelado o Tamisa e este facto é muito relevante, bem como a festa de S. Valentim de Lady Shelbourne, pois são dois marcos que cruzam todas as histórias. Um verdadeiro amor (one true love), da autora Suzanne Enoch não foi de todo a minha história favorita, a nossa heroína Anne a meu ver arruinou este romance e efetivamente não conseguiu cativar-me, embora tivesse alguns momentos agradáveis. Maximilian por seu lado era um homem integro, administrando a sua propriedade após a morte do pai e todo o drama que resultou disso. Dois corações (Two hearts), da autora Karen Hawkins apresenta-nos um herói fraco, Royce parecia não ter qualquer propósito na vida, já a heroína Liza mostrou-se francamente melhor, com aquela sua personalidade independente, mas ainda assim sem muita profundidade, caso para afirmar que combinavam bem um com o outro. Achei falta aqui de um epílogo adequado, mas confesso ter dado umas boas gargalhadas¿ Segundo Lady Whistledow esta nossa heroína já havia passado e muito a idade de casar ainda que tivesse um bom dote, tendo posteriormente tomado as rédeas da sua vida a todos os níveis, ela gostava de vestir cores extravagantes e que nem sempre combinavam entre si, sendo esse um reflexo da sua personalidade inquieta. Uma dúzia de beijos (A dozen kisses), da autora Mia Ryan, possuía uma premissa interessante, um herói que devido a um ferimento de guerra, teve alguns problemas para falar e comunicar, infelizmente a autora não conseguiu transformar essa ideia numa história mais envolvente. Ainda assim gostei muito deste casal (Terrence e Caroline), são ótimas pessoas que se encontram a lutar para serem aceites pelos padrões da sociedade, ainda que seja algo difícil para ambos, uma vez que sofrem de certas “particularidades” únicas que seriam interpretadas como estranhas, por pessoas que não privam com eles. Trinta e seis cartões de amor (Thirty-six valentines), da autora Júlia Quinn foi sobejamente para mim a melhor história desta analogia, gostei imenso da paixão envolvente entre David e Susannah. A família dela não possuía títulos ou riqueza, facto que faz com que seja duramente humilhada, algo que David abomina e sai em sua defesa e deseja conhecê-la melhor e inevitavelmente acabam por se apaixonar. No geral achei as histórias divertidas entre encontros e desencontros entre uma frente fria de rachar os ossos e um baile de namorados muito concorrido. Reconheço ainda que é inegável o trabalho e mestria entre estas quatro autoras, cruzando as histórias e tornando-as interessantes, não esquecendo claro da coluna picante e deliciosa de Lady Whistledow, fornecendo o tempero adequado aos casais. Agora fico desejosa para que saia o segundo livro desta série onde Lady W contra-ataca ¿

Mais uma vez a Julia Quinn não desilude ! Este livro com 4 perspectivas diferentes é um doce para leitores que gostam de romances históricos! Historias pequenas, divertidas, leves e com muito romance e sedução à mistura ! Ficamos com vontade que Lady Whistledown continue a manter a “nata da sociedade” a par dos maiores escândalos ! Sem dúvida recomendo ! :)