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Integrado Marginal

Biografia de José Cardoso Pires

de Bruno Vieira Amaral
Livro eBook
editor: Contraponto Editores, junho de 2021
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Notívago, boémio, brigão. Receoso de que a imagem pública lhe ensombrasse os méritos literários. Crítico do marialvismo. Acusado de ser marialva. Bem relacionado. Obcecado com a própria independência. O maior escritor da segunda metade do século XX. Um escritor datado e sem a mesma projeção internacional de um Lobo Antunes ou de um Saramago. Um espírito insubmisso. Um casamento duradouro. A convicção e a crença no próprio trabalho. Momentos de dúvida e angústia. Neste livro, vive um homem cuja personaldade foi formada no antagonismo. E um espírito que, apesar de amarrado a diversos ódios (ao campo, ao regime, à pequena burguesia da qual era originário, à literatura sentimental e demagógica, à polícia, à Igreja), nunca desistiu de Portugal e de ser escritor.

Da influência inicial da literatura anglo-saxónica, passando pela necessidade de encontrar uma "sintaxe citadina", ou pela importância de incorporar a experiência na criação literária sem cair no sentimentalismo ou no confessionalismo, até ao salazarismo enquanto quadro de mentalidades contra o qual toda a obra de Cardoso Pires se desenvolve, esta biografia dá a conhecer o processo de construção de um escritor.

Pela mão do destacado escritor Bruno Vieira Amaral, o leitor conhece a exigência obsessiva e quase doentia, a lentidão no processo de escrita e publicação e como isso entrava em contradição com a aspiração ao profissionalismo e com a insistência na dignificação do ofício de escritor que toda a vida José Cardoso Pires, o integrado marginal, defendeu.

«Um dos acontecimentos editoriais do ano.»
Ricardo Araújo Pereira, Governo Sombra

«Monumental biografia. Uma obra-prima. A partir deste livro, as biografias terão um novo padrão.»
Francisco José Viegas, Correio da Manhã

«Muito bem documentada, organizada e escrita, uma excelente biografia de grande escritor e figura singular. A ler, obrigatoriamente.»
José Carlos de Vasconcelos, Jornal de Letras

«Integrado Marginal é muito mais do que uma biografia. Reconstitui um percurso de exceção, lê com acutilância a sua produção literária e põe em foco a época que, para o bem e para o mal, moldou o escritor.»
Luís Ricardo Duarte, Jornal de Letras

«Bruno Vieira Amaral assina uma biografia brilhante capaz delinear a vida e a obra, os triunfos e as contradições de José Cardoso Pires, um dos maiores escritores portugueses do século XX.»
José Mário Silva, Expresso

«O escritor excelentíssimo, antiditadura e antiburguês, baixinho, boémio e brigão, mestre de oficina obsessiva e insegurança crónica, ressuscita na biografia «Integrado Marginal».»
Sílvia Souto Cunha, Visão «Tudo se lê com a fluidez de um romance, com a personagem-protagonista a ganhar um corpo e uma profundidade numa grande inteireza.»
Isabel Lucas, Público

«Bruno Vieira Amaral calibra bem a vasta informação de que dispõe, analisa com argúcia a obra de Cardoso Pires e abstém-se de especulações laterais.»
Eduardo Pitta, revista Sábado

«Sendo certo que nenhuma biografia é completa e definitiva, algumas há que ficam lá bem perto.»
Sandra Sousa, RTP 2

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A vida dos escritores

Interessa o que escrevem, mas pelos vistos também interessa quem são. Não é de agora: já há muito se busca a vida de quem inventa vidas. Eles inventam personagens, histórias, versos, e os biógrafos tentam descortinar quem foram. Isabel Rio Novo: Camões e Agustina Camões nasceu há 500 anos. Dele, conhecem-se as palavras. De um homem cujo nome todos os portugueses conhecem, de um poeta cujos versos são lembrados, é espantoso o quão pouco parece que se sabe. Salvou-se o que escreveu – tal como Camões salvou o que escreveu da água. E Isabel Rio Novo meteu-se na tarefa hercúlea de descortinar quem foi o poeta máximo da lusofonia.
Com prosa veloz, elegante e sem manias, a biógrafa é também uma das vozes mais relevantes da produção coetânea em Portugal. Além disso, já não é estreante nesta tarefa de ir buscar a vida à fonte, já que já antes escreveu sobre Agustina Bessa Luís. O Poço e a Estrada, publicado em 2019, é um trabalho meticuloso sobre uma das mais importantes autoras portuguesas do século XX, e também das mais profícuas. Romance, conto, ensaio, memória, biografia, peças de teatro, tudo lhe saiu das mãos. Enquanto mostra a autora, Isabel Rio Novo mostra também uma mulher pouco convencional. Tal não espanta quem saiba de onde vem o impulso para escrever. A biógrafa lançou mãos à obra como quem tenta fechar os vazios possíveis. O livro é o resultado de dezenas de entrevistas, consulta de cartas e documentários, recolha de testemunhos. Entre a biografia e a obra, há sempre uma ponte. O leitor atravessa-a a cada página, ligando ambos os lados, e lendo uma biografia de forma escorreita.
Enfim, depois de Agustina, veio o poeta maior. O livro Fortuna, Caso, Tempo e Sorte passou cinco anos no forno. Numa biografia que se lê como um romance – uma epopeia, vá –, vamos ligando o homem ao poeta. Dos versos vai-se à vida, e vice-versa. O trabalho é de fundo, a bibliografia é extensa, mas o livro, que é longo, é lido de forma escorreita. Parece que está lá tudo, até o olho perdido, e por isso Camões passa a Luís. O livro parece colmatar o que faltava: conhecimento estruturado, que fosse buscar a vida por trás da obra, não raras vezes explicando-a.
Enquanto mergulha no homem que é poeta, ou no poeta que afinal também é homem, na medida em que é mais conhecido pelo que escreveu do que pelo que fez ou foi, Isabel Rio Novo mostra o criador em toda a sua dimensão. Afinal, para os versos que fez – em especial, n'Os Lusíadas –, muito contribuíram as voltas dadas: o nosso poeta maior não se fez só em bibliotecas. QUERO LER!






  Bruno Viera Amaral: José Cardoso Pires Tenho sempre a ideia de que José Cardoso Pires foi um amigo que não cheguei a conhecer. Entusiasma-me a Lisboa que descreveu, embora, em boa verdade, talvez só na literatura. Não só é mais do que nada como já é quase tudo. Tantas vezes passeei pelo Cais do Sodré ouvindo o seu sussurro vindo do British Bar. Quem lá passava via grupos, via copos: eu via-o escrever como se ainda lá estivesse. E, irremediavelmente, sentia remorsos de estar a ver a vida em vez de estar em casa a escrever sobre ela. José Cardoso Pires é um dos grandes da literatura, e um dos meus maiores. Será também um dos maiores de Bruno Vieira Amaral, pelo menos a julgar pela forma como escreveu sobre ele. Ao ler o O Integrado Marginal, o leitor viaja entre literatura e autor, vê texto e contexto ao mesmo tempo, vê de que forma se faz um escritor. Não será surpresa que não lhe faltem dúvidas na hora de criar. QUERO LER!
  Filipa Martins: Natália Correia Os anos passam e parece que Natália Correia não chega a envelhecer. Em 2024, até as suas intervenções no Parlamento parecem atuais. É difícil esquecer o poema escrito à pressa para responder a João Morgado num debate sobre a interrupção voluntária da gravidez. Natália era densa, completa, complexa, uma das maiores em Portugal no século XX. O que produzia era simbólico e forte, obrigando o leitor a ir à caça dos sentidos. Filipa Martins meteu-se nisto de escrever a vida de uma das mais inquietas autoras da história da literatura portuguesa. O trabalho, também meticuloso, vai-lhe à arte e ao carisma. O Dever de Deslumbrar faz o mesmo que a biografa: deslumbra quem o lê. QUERO LER! Patrícia Reis: Maria Teresa Horta Biografar vivos há-de ser pior do que biografar mortos. Maria Teresa Horta foi censurada e espancada, não pediu licença a ninguém, não baixou a voz. Pelo contrário, após a confusão que deu o livro Minha Senhora de Mim, em 1971, escreveu Novas Cartas Portuguesas, com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. Conhecê-la é, por isso, conhecer também uma parte fundamental da nossa História. O seu percurso a sós diz-nos muito sobre os tempos do Estado Novo e a forma de agir do lápis azul: não só em relação à literatura, mas também em relação à produção simbólica vinda de mulheres. Escrever a sua vida de forma simpática para o leitor é que há-de ter sido o diabo, mas aqui está o resultado. QUERO LER!

Integrado Marginal

Biografia de José Cardoso Pires

de Bruno Vieira Amaral

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896661816
Editor: Contraponto Editores
Data de Lançamento: junho de 2021
Idioma: Português
Dimensões: 148 x 235 x 37 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 600
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Biografias
EAN: 9789896661816
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável

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SOBRE O AUTOR

Bruno Vieira Amaral

Bruno Vieira Amaral (Lisboa, 1978), além de romancista e crítico, colabora na revista Ler e no Expresso e é jornalista na Rádio Observador. O seu primeiro romance, As Primeiras Coisas, foi distinguido com os prémios P.E.N., Fernando Namora, Time Out e José Saramago. Em 2016, foi nomeado uma das Dez Novas Vozes da Europa (Ten New Voices from Europe). O seu segundo romance, Hoje Estarás Comigo no Paraíso (2017), recebeu o prémio Tabula Rasa e o segundo lugar do Prémio Oceanos. Em 2018, foram reunidos os seus melhores textos dispersos no volume Manobras de Guerrilha e, em 2020, os contos de Uma Ida ao Motel receberam o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco. Seguiu-se O Segundo Coração, de 2022. A sua obra está traduzida em muitos países e em várias línguas.

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