Átrio

Livro 1

de Alberto de Lacerda

editor: INCM – Imprensa Nacional Casa da Moeda, abril de 1997
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Tido, desde as suas primeiras obras, como um dos maiores poetas portugueses da sua geração por críticos como João Gaspar Simões, Adolfo Casais Monteiro e Jorge de Sena, Alberto de Lacerda foi considerado por René Char um dos mais significativos poetas europeus da segunda metade do século e um dos poucos possuidores de uma voz verdadeiramente universal, juízos que este seu novo livro, no seu depurado lirismo, a um tempo clássico e romântico, plenamente confirma. Natural da Ilha de Moçambique, Alberto de Lacerda (1928), viveu em Lisboa, fixando-se mais tarde em Londres e, posteriormente, nos Estados Unidos da América, onde leccionou na Universidade de Boston. Colaborou na Távola Redonda. Publicou, entre outros, os seguintes livros: 77 Poems (edição bilingue), 1955; Palácio, 1961; Exílio, 1963; Tauromagia, 1981; Oferenda I e II, 1984 e 1994; Elegias de Londres, 1987; Meio-dia, 1988; Sonetos, 1991.

Átrio

de Alberto de Lacerda

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722708524
Editor: INCM – Imprensa Nacional Casa da Moeda
Data de Lançamento: abril de 1997
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 240 x 8 mm
Páginas: 144
Tipo de produto: Livro
Coleção: Biblioteca de Autores Portugueses
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 1002051510001
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
Alberto de Lacerda

Poeta e jornalista moçambicano nascido 20 de setembro de 1928, em Lorenço Marques (atual Maputo), e falecido a 26 de agosto de 2007, em Londres. Viveu em África até 1946 e veio para Portugal com 18 anos. Depois de viver em Lisboa durante cinco anos, partiu para Londres em 1951, dividindo a sua residência entre Inglaterra e os Estados Unidos. Foi em Londres que escreveu grande parte da sua obra e foi editor literário. A sua primeira obra, Itinerário, data de 1941 e foi publicada em Lourenço Marques, atualmente Maputo.
Colaborou em várias publicações periódicas, como Cadernos de Poesia, Cadernos do Meio-Dia, Unicórnio ou Colóquio Letras. Secretário de redação da revista Távola Redonda (1950-54), nascida do convívio de Alberto Lacerda com um grupo de jovens poetas, entre os quais António Manuel Couto Viana, David Mourão-Ferreira, Luís de Macedo, e que, desde o final do ano de 1949, unidos pela comunhão de ideais estéticos, apostaram numa poesia orientada para a "revalorização dolirismo", exigindo ao poeta "autenticidade e um mínimo de consciência técnica, a criação em liberdade e, também, a diligência e capacidade de admirar, criticamente, os grandes poetas portugueses de gerações anteriores a 1950. Sem reservas ideológicas ou preconceitos de ordem estética" (VIANA, António Manuel Couto - "Breve Historial" in As Folhas Poesia Távola Redonda, Boletim Cultural da F. C. G., VI série, n.o 11, outubro de 1988), abandonou a publicação a partir do oitavo fascículo, manifestando a sua dissensão com a direção da revista. Em 1951, faz a sua estreia em volume, publicando Poemas, na segunda série dos Cadernos de Poesia, uma série de composições que viriam a integrar o conjunto mais amplo de 77 Poemas, editados já em Londres e em edição bilingue.
Na sua poesia o valor simbólico dos quatro elementos - ar, água, fogo e terra - adquirem uma outra dimensão; no dizer do próprio autor "A água/ Meu primeiro elemento/ O Fogo/ Mais tarde/ A luz/ A luz é agora/ Meu elemento lento/ Parasempre". Para além disso, a sua poesia evoca regularmente os locais que Lacerda visitou e amou, como Veneza, Austin, Chelsea ou Rio de Janeiro.
A poesia de Alberto de Lacerda inscrita nos anos 50 releva, segundo Fernando J. B. Martinho, "uma poética da intensidade e da densidade colocada ao serviço de uma "experiência do sublime" que frequentemente tematiza a trágica ambivalência, humana e divina, da condição humana. Vindo a fundar em Londres, em 1973, uma revista internacional de poesia, Alberto de Lacerda foi, além de poeta, autor de notas preliminares à obra de outros poetas, tendo, por exemplo, prefaciado os Poemas Escolhidos de Rui Cinatti, em 1951. Com a publicação de Oferenda 1 e 2, encetou a edição da sua obra poética completa.

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