editor: Assírio & Alvim, setembro de 2004
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Após «Duende» (galardoado com o Prémio D. Diniz — Fundação Casa de Mateus 2002), António Franco Alexandre regressa à escrita com «Aracne» de onde retirámos este poema:

É muito bonito o meu amigo de agora;
tem o mais belo pêlo da floresta,
e olhos onde brilha, em noite escura,
o faiscar do gelo nas alturas.
Demora-se a falar ao telefone
com a namorada, no vagar dos dias;
diz-lhe tudo o que faz, e pensa, e sente,
e ouve também, com ar inteligente,
as divertidas vidas que ela conta.
E há tantos episódios, desde o baile
dos mosquitos, no verão passado,
à recente soirée das sanguessugas,
que se distrai, e lento se espreguiça
ao sol, que lhe acentua as rugas.
Então eu subo pelo pêlo, e fico
a admirar tão sedosas harmonias;
no sussurro sem fios, que mal entendo,
colho o meu mel pequeno, e sou feliz.
(p. 8)

"A qualidade «densamente musical» da poesia de Franco Alexandre (...) ecoa por todos os lados nesta sublime e prodigiosa Aracne, para mim o grande livro do ano. Partindo do Canto VI das Metamorfoses de Ovídio, é urdida uma trama poética ao mesmo tempo antiga e moderna, filosófica e emotiva, que nos enleia e deslumbra a cada nova leitura."
Frederico Lourenço, In Mil Folhas (Público), 02 de Janeiro de 2005

Aracne

de António Franco Alexandre

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-37-0951-3
Editor: Assírio & Alvim
Data de Lançamento: setembro de 2004
Idioma: Português
Dimensões: 145 x 205 x 5 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 56
Tipo de produto: Livro
Coleção: Poesia Inédita Portuguesa
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 9789723709513
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável

"fiz-me aranhiço, tão leve que uma leve brisa..."

Sofia Micalli

Em jeito de brincadeira, poderia dizer que este será o único aranhiço que permito que comigo coabite. António Franco Alexandre escreve com ironia, e este ARACNE, é um livro de poesia que nos surpreenderá a cada leitura que fizermos. Todos os livros de António Franco Alexandre são obrigatórios.

Actual

Tiago

Obra que reafirma António Franco Alexandre como uns dos grandes poetas contemporâneos portugueses. Um conceito e uma aplicação lírica que o tornam verdadeiramente actual.

SOBRE O AUTOR

António Franco Alexandre

António Franco Alexandre nasceu a 17 de junho de 1944, em Viseu. Fez os seus estudos académicos nas áreas de Matemática e Filosofia em França (primeiro, em Toulouse, depois em Paris) e nos EUA (Harvard). Após o seu regresso a Portugal, em 1975, é convidado para professor de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde lecionou até meados de 2009. Embora se tenha estreado como poeta ainda na década de sessenta, é sobretudo a partir da publicação de Sem Palavras nem Coisas (1974) que a sua obra se afirmou. Uma voz incontornável no nosso panorama literário, são suas algumas das obras mais significativas da poesia portuguesa contemporânea: Os Objectos Principais (1979), A Pequena Face (1983 – Grande Prémio de Poesia do PEN Clube Português), Quatro Caprichos (1999 – Prémio Luís Miguel Nava, Grande Prémio APE de Poesia), Duende (2002 – Prémio D. Dinis e Prémio Correntes d'Escritas), Aracne (2004) e Poemas (1996/2021 – Grande Prémio de Poesia Diogo Bernardes APE/ Câmara Municipal de Ponte da Barca).

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