A Fábrica de Nada

de Judith Herzberg

editor: Cotovia, novembro de 2005
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Uma fábrica de cinzeiros fecha, e os trabalhadores, não querendo ficar desempregados, resolvem continuar a trabalhar numa nova produção: nada. À volta de nada organiza-se tudo, desde as escolha do gerente da fábrica, aos furtos dos produtos e aos tribunais, com muita música cantada e tocada a mostrar por que caminhos segue esta história.

Estes operários que preferem fazer nada a nada fazer inscrevem-se mais na linha do saber ver quando se vê do Alberto Caeiro e do fazer não fazendo do Lau Tsu, do que no preferia não o fazer do Bartleby. Em lugar da angústia do desaparecimento das coisas e dos seres que a palavra vazio sugere, o vazio que o patrão deixa ao fechar a fábrica permite o vazio do espaço côncavo em que tudo pode acontecer precisamente porque está vazio. Permite a boa projecção do som. E os músicos, atrás dos actores, seguem atentamente o que se vai passando com as vozes. Estes operários dizem-nos assim, a cantar: a fábrica fecha, não faz mal, nós continuamos na mesma, não nos vão ver aos molhos nos noticiários a protestar à porta da fábrica, nem vamos calados para casa perder a nossa dignidade no sofá. Não precisamos de mais nada do que estarmos uns com os outros porque força como esta só existe outra, que também temos: a música.

A Fábrica de Nada

de Judith Herzberg

Propriedade Descrição
ISBN: 9789729945083
Editor: Cotovia
Data de Lançamento: novembro de 2005
Idioma: Português
Dimensões: 153 x 104 x 13 mm
Encadernação: Capa mole
Tipo de produto: Livro
Coleção: Livrinhos de Teatro
Classificação temática: Livros em Português > Arte > Artes de Palco Livros em Português > Literatura > Teatro (Obra)
EAN: 9789729945083
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
Judith Herzberg

Nasceu em Amesterdão em 1934. Começou a publicar poesia no início dos anos 60. Nos anos 70 começou a escrever para teatro. É também autora de ensaios, argumentos cinematográficos, peças para televisão e várias traduções. Recebeu vários prémios e tem peças traduzidas em alemão, inglês, francês e italiano. Disse uma vez: "Evito afirmações moralistas nas minhas peças. Tento que o público possa experimentar a mesma confusão que eu, quando observo a realidade." A sua obra poética iniciou-se com Zeepost (1963), a que se seguiram Beemdgras (1968), Vliegen (1970), Strijklicht (1971), 27 Liedesliedjes (1971), uma adaptação do Cântico dos Cânticos, Botshol (1981), Dagrest (1984), Twintig gedichten (1984), Dat Engels geen au heeft (1985), Zoals (1987), Doen en laten (1994), Wat zij wilde schilderen (1996), Landschap (1998), Bijvangst (1999), Staalkaart (2000), 10 mooiste gedichten (2002), Soms vaak (2004). Uma breve antologia sua foi publicada na Revista DiVersos nº 7.
No teatro podem destacar-se: De deur stond open (1972), Het is geen hond (1973), Dat het 's ochtends ochtend wordt (1975), Leedvermaak [Os Casamentos de Lea] (1982), En/of (1985), Merg (1986), De kleine zeemeermin (1986), De Caracal (1988), Kras (1989), Een goed hoofd (1991), Rijgdraad (1995), De Nietsfabriek (1997), Een golem (1998), Lieve Arthur (2000), Simon (2002) e Vielleicht Reisen (2004).
Os Casamentos de Lea e O Caracal encontram-se publicados no nº 3 da Revista Artistas Unidos em traduções, respectivamente de Lut Caenen e Lieve van Loocke e de Lut Caenen e Filipe Ferrer. O primeiro texto foi apresentado durante as Leituras de Teatro Neerlandês, em 2000. Em 2003, Alberto Seixas Santos dirigiu O Caracal no Teatro Taborda.

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