A Civilização do Espetáculo
de Mario Vargas Llosa
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A figura do intelectual, que estruturou todo o século XX, desapareceu do debate público. Ainda que alguns assinem manifestos e participem em polémicas, o certo é que a sua repercussão na sociedade é mínima. Conscientes desta situação, muitos optaram pelo silêncio.
«Vargas Llosa que, para além de romancista, dramaturgo e ensaísta, é um grande jornalista, fornece uma visão do mundo que não é a de um simples ficcionista, analisando com uma certa melancolia a situação das últimas décadas no que se refere a este universo contemporâneo onde o saber, bem fundamentado e bem alicerçado na educação cuidada e na curiosidade intelectual, se tem perdido para dar lugar ao imediato, ao óbvio e a tudo o que é “fácil”.»
Helena Vasconcelos, Público
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789897220593 |
Editor: | Quetzal Editores |
Data de Lançamento: | outubro de 2012 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 152 x 236 x 17 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 224 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Série Américas |
Classificação temática: | Livros em Português > Ciências Sociais e Humanas > Sociologia |
EAN: | 9789897220593 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
A era do entretenimento
André R.
O livro centra-se no problema da perda do lugar da cultura e a sua substituição pelo entretenimento nas sociedades contemporâneas. As origens e as consequências deste novo paradigma são descritas pela perspectiva de um autor descrente no futuro. É um livro que nos ajuda a interpretar a situação atual da cultura com maior nitidez, mas que deixa de parte a discussão sobre formas de inverter os problemas que identifica.
Lucidez, Clarividência e Realidade
Jorge Coelho
Um livro que não tem prazo de validade. Um livro onde prevalece a lucidez e a clarividência com olhos postos na realidade. Um livro que é também um documento para reflexão.
Escravos de tecnologia perdemos as nossas faculdades para raciocinar
Amélia Monteiro
Um livro de leitura obrigatória para quem pretende perceber a actualidade.
A iniciar
AFerreira
Ainda só espreitei as primeiras páginas e promete. Foi-me vivamente recomendado por alguém de confiança. Espero ter bons momentos de leitura como é apanágio deste autor, ainda mais após me terem dito que esta obra seria inesquecível. A minha avaliação é provisória como o subir do pano espero no final ser digna do melhor aplauso e se torne como prometido um marco.
Cultura VS Estupidificaçãa
Claudino Moura
Uma reflexão actualissíma sobre cultura, tocando na religião, democracia, sociedade aberta, livros e tecnologia. Uma crítica fina e muito bem fundamentada da sociedade actual, em que a cultura foi substituída pelo entretenimento, com todas as suas consequências.
Estado de coisas!
Vasco Costa
Um retrato preciso e real dos nossos dias. Sem rodeios, uma descrição do estado da sociedade nos seus valores e cultura com a excelência da escrita de Llosa. Recomendo.
Civilização do Espetáculo
Ricardp Sérgio
O livro trata não apenas da degeneração das formas artísticas, mas de algo ainda mais geral - o advento de uma sociedade voltada para o entretenimento puro e simples. Essa aspiração ao leve, ao superficial, ao divertido, contaminaria não apenas as artes plásticas, mas o cinema, a literatura, e outros domínios da expressão humana, como o próprio jornalismo, com a ânsia atual de transformar a notícia num produto "vendável", isto é, divertido. Em seis capítulos e mais uma Reflexão Final, Llosa ataca esse modo de ser contemporâneo em várias frentes. A palavra "decadência" aparece de maneira explícita ou implícita. Dá tom e calor ao texto, magnificamente claro e bem escrito. Não por acaso, o primeiro autor lembrado é T. S. Eliot, em especial seu ensaio, publicado em 1948, Notas para Uma Definição de Cultura. Nele, Eliot afirma: "Não vejo razão alguma pela qual a decadência da cultura não possa continuar e não possamos prever um tempo, de alguma duração, que possa ser considerado desprovido de cultura". Llosa adianta-se ao próprio raciocínio e afirma, sem pestanejar, que "esse tempo é o nosso". Autor de The Waste Land, Eliot acreditava que a cultura seria patrimônio de uma elite: "É condição essencial para a preservação da qualidade da cultura de minoria que ela continue sendo uma cultura minoritária", escreve.
Comentário
Isabel Morgado
A ler e meditar.