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A Civilização do Espetáculo

de Mario Vargas Llosa
editor: Quetzal Editores, outubro de 2012
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Uma duríssima radiografia do nosso tempo e da nossa cultura, pelo olhar inconformista de Mario Vargas Llosa. A banalização das artes e da literatura, o triunfo do jornalismo sensacionalista e a frivolidade da política são sintomas de um mal maior que afeta a sociedade contemporânea: a ideia temerária de converter em bem supremo a nossa natural propensão para nos divertirmos. No passado, a cultura foi uma espécie de consciência que impedia o virar as costas à realidade. Agora, atua como mecanismo de distração e entretenimento.
A figura do intelectual, que estruturou todo o século XX, desapareceu do debate público. Ainda que alguns assinem manifestos e participem em polémicas, o certo é que a sua repercussão na sociedade é mínima. Conscientes desta situação, muitos optaram pelo silêncio.

«Vargas Llosa que, para além de romancista, dramaturgo e ensaísta, é um grande jornalista, fornece uma visão do mundo que não é a de um simples ficcionista, analisando com uma certa melancolia a situação das últimas décadas no que se refere a este universo contemporâneo onde o saber, bem fundamentado e bem alicerçado na educação cuidada e na curiosidade intelectual, se tem perdido para dar lugar ao imediato, ao óbvio e a tudo o que é “fácil”.»
Helena Vasconcelos, Público

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Mario Vargas Llosa: a literatura como missão

Mario Vargas Llosa (1936–2025) é um dos grandes nomes da literatura mundial, com uma obra vasta e diversificada que abrange os géneros do romance, ensaio, teatro, a par de uma brilhante carreira jornalística. É o único autor peruano distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, que lhe foi atribuído em 2010. Morreu a 13 de abril de 2025, aos 89 anos. Dos livros autobiográficos aos romances históricos, passando pela ficção erótica e pelo thriller político, Llosa demonstrou sempre uma impressionante capacidade de reinventar-se, sem nunca abdicar do rigor narrativo e da profundidade psicológica das suas personagens. A sua escrita alia precisão e elegância, e a sua literatura é, em última instância, uma defesa apaixonada da liberdade individual e do poder transformador da ficção.
Nascido no Peru em 1936, Vargas Llosa desenvolveu um interesse pela poesia desde muito jovem, e, apesar da oposição do pai, que o inscreveu numa escola militar, seguiu os seus instintos literários e tornou-se escritor. Com 23 anos, abandonou o seu país, doutorou-se em Madrid e fixou-se em Paris. Viveu com dificuldades, trabalhando como locutor de rádio, jornalista e professor de espanhol. Regressa ao Peru em 1964 e casa-se, no ano seguinte, com a sua prima Patricia Llosa, com quem parte para a Europa em 1967. Vive 7 anos na Grécia, em Paris, Londres e Barcelona. Regressado a Lima, dedica-se inteiramente à literatura e ao jornalismo. Nunca abandona a intervenção política e, em 1990, candidata-se à Presidência da República do Peru, no prenúncio de uma era de liberdade que hoje parece esquecida. Nesse âmbito, em 2002, criou a Fundação Internacional para a Liberdade, que reuniu pensadores liberais para promover soluções práticas para os problemas da região. Nos últimos anos, viveu entre Paris e Madrid, escrevendo romances, ensaios literários, crónicas jornalísticas e percorrendo o mundo como professor visitante em várias universidades. Entre os muitos prémios que recebeu, dos quais se destaca o Nobel. contam-se o Rómulo Gallegos (1967), o Príncipe das Astúrias (1986) e o Cervantes (1994).
Nos seus romances, contos e peças, construiu de forma subtil, audaz e inovadora as suas tramas, com personagens inesquecíveis e com uma prosa precisa, rica e transparente. No ensaio, denunciou regimes totalitários e opressivos e a sociedade que se vai deteriorando pela superficialidade. Como escreveu esta semana o ensaísta e editor Enrique Krauze, no site Project Syndicate, «havia um soldado estoico na sua alma, sempre pronto a responder ao mal com imaginação, ironia, humor, inteligência e uma inesgotável combatividade moral.» Celebramos a sua vida, evocando cinco das suas obras mais marcantes. Dedico-lhe o Meu Silêncio O último romance de Mario Vargas Llosa marca um regresso ao tema da utopia, desta vez tendo a música crioula peruana como fio condutor para explorar a união e identidade cultural do país.. O protagonista, Toño Azpilcueta, especialista nesse género musical, redescobre a sua paixão pelas valsas, marineras, polcas e huaynitos ao conhecer Lalo Molfino, talentoso guitarrista já presente em Travessuras da Menina Má.
A história decorre no início dos anos 90, num Peru marcado pela violência do grupo terrorista Sendero Luminoso. A música assume um papel unificador numa sociedade dividida. Toño decide investigar a vida de Lalo, viajando pelo país, explorando as suas origens, relações e segredos, até conceber a ideia de escrever um livro que conte a história da música crioula como símbolo de identidade e resistência cultural. QUERO LER! » García Márquez - História de um Deicídio História de um Deicídio é a tese de doutoramento de Mario Vargas Llosa, apresentada em Madrid, e constitui uma profunda análise da obra de Gabriel García Márquez, em particular do romance Cem Anos de Solidão. Mais do que um estudo crítico, é também uma vibrante declaração de amor à literatura e um testemunho da admiração do autor peruano pelo génio colombiano.
Neste ensaio ambicioso, Vargas Llosa mergulha nos caminhos da literatura latino-americana e nos processos criativos da escrita, revelando os “demónios” que alimentam o talento literário, experiências marcantes que ferem e inspiram a recriação da realidade através da ficção. Um estudo rigoroso, apaixonado e revelador sobre as origens e o desenvolvimento da prosa mágica de um dos maiores escritores do século XX. QUERO LER! » A Cidade e os Cães Publicada em 1963, A Cidade e os Cães marcou a estreia literária de Llosa e lançou o autor como uma das vozes mais poderosas do chamado “Boom” da literatura hispano-americana. Inovadora, a narrativa usa múltiplos pontos de vista, fluxos de consciência e saltos temporais, com uma enorme profundidade psicológica.
Passado num colégio militar em Lima, o romance expõe com lucidez o ambiente opressivo, violento e hierárquico de uma sociedade marcada pela repressão, pelo machismo e pela corrupção institucional. A história gira em torno da morte misteriosa de Esclavo, um cadete durante um exercício, o que desencadeia uma espiral de mentiras, encobrimentos e confrontos morais. O rebelde Jaguar, e o sensível Poeta representam diferentes respostas à opressão do sistema. Além, de ter sido o início de uma carreira brilhante, este livro mantém-se relevante pela sua crítica feroz à repressão, pela empatia com os marginalizados e pela sua força literária. QUERO LER! » As Travessuras da Menina Má Num tom mais leve do que os seus romances políticos ou históricos, Travessuras de uma Menina Má é uma obra surpreendentemente íntima na carreira de Mario Vargas Llosa; uma história de amor obsessivo e persistente que revela uma faceta mais emocional e romântica do autor peruano, combinando realidade e ficção, num admirável diálogo entre o cómico e o trágico.
A narrativa acompanha a vida de Ricardo Somocurcio, um tradutor peruano que sonha viver em Paris, o que acaba por conseguir. Mas a sua vida ganha verdadeira intensidade por causa de uma mulher misteriosa e camaleónica, a “menina má”, que reaparece ciclicamente sob diferentes nomes, rostos e identidades. Cada reencontro entre os dois é um jogo de sedução, poder e entrega, onde Ricardo se vê inevitavelmente subjugado ao fascínio inconstante e irresistível da mulher que ama. QUERO LER! » A Civilização do Espetáculo Neste ensaio, encontramos uma análise implacável do mundo contemporâneo através do olhar inconformista de Mario Vargas Llosa. O autor denuncia a banalização da arte e da literatura, a ascensão do jornalismo sensacionalista e a superficialidade do discurso político – sintomas de um mal mais profundo: a perigosa elevação do entretenimento a valor supremo da sociedade atual.
Outrora, a cultura funcionava como consciência crítica, desafiando-nos a encarar a realidade. Hoje, encontra-se relegada ao estatuto de espetáculo efémero, moldada por modas, mercados e algoritmos, sendo um mero instrumento de distração. A figura do intelectual, tão central no século XX, praticamente desapareceu do espaço público. Mesmo quando alguns se envolvem em debates ou subscrevem manifestos, a sua influência tornou-se residual. Perante este cenário, diz Llosa, muitos escolheram o silêncio. E todos perdem. QUERO LER! »

A Civilização do Espetáculo

de Mario Vargas Llosa

Propriedade Descrição
ISBN: 9789897220593
Editor: Quetzal Editores
Data de Lançamento: outubro de 2012
Idioma: Português
Dimensões: 152 x 236 x 17 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 224
Tipo de produto: Livro
Coleção: Série Américas
Classificação temática: Livros em Português > Ciências Sociais e Humanas > Sociologia
EAN: 9789897220593
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
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A era do entretenimento

André R.

O livro centra-se no problema da perda do lugar da cultura e a sua substituição pelo entretenimento nas sociedades contemporâneas. As origens e as consequências deste novo paradigma são descritas pela perspectiva de um autor descrente no futuro. É um livro que nos ajuda a interpretar a situação atual da cultura com maior nitidez, mas que deixa de parte a discussão sobre formas de inverter os problemas que identifica.

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Lucidez, Clarividência e Realidade

Jorge Coelho

Um livro que não tem prazo de validade. Um livro onde prevalece a lucidez e a clarividência com olhos postos na realidade. Um livro que é também um documento para reflexão.

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Escravos de tecnologia perdemos as nossas faculdades para raciocinar

Amélia Monteiro

Um livro de leitura obrigatória para quem pretende perceber a actualidade.

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A iniciar

AFerreira

Ainda só espreitei as primeiras páginas e promete. Foi-me vivamente recomendado por alguém de confiança. Espero ter bons momentos de leitura como é apanágio deste autor, ainda mais após me terem dito que esta obra seria inesquecível. A minha avaliação é provisória como o subir do pano espero no final ser digna do melhor aplauso e se torne como prometido um marco.

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Cultura VS Estupidificaçãa

Claudino Moura

Uma reflexão actualissíma sobre cultura, tocando na religião, democracia, sociedade aberta, livros e tecnologia. Uma crítica fina e muito bem fundamentada da sociedade actual, em que a cultura foi substituída pelo entretenimento, com todas as suas consequências.

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Estado de coisas!

Vasco Costa

Um retrato preciso e real dos nossos dias. Sem rodeios, uma descrição do estado da sociedade nos seus valores e cultura com a excelência da escrita de Llosa. Recomendo.

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Civilização do Espetáculo

Ricardp Sérgio

O livro trata não apenas da degeneração das formas artísticas, mas de algo ainda mais geral - o advento de uma sociedade voltada para o entretenimento puro e simples. Essa aspiração ao leve, ao superficial, ao divertido, contaminaria não apenas as artes plásticas, mas o cinema, a literatura, e outros domínios da expressão humana, como o próprio jornalismo, com a ânsia atual de transformar a notícia num produto "vendável", isto é, divertido. Em seis capítulos e mais uma Reflexão Final, Llosa ataca esse modo de ser contemporâneo em várias frentes. A palavra "decadência" aparece de maneira explícita ou implícita. Dá tom e calor ao texto, magnificamente claro e bem escrito. Não por acaso, o primeiro autor lembrado é T. S. Eliot, em especial seu ensaio, publicado em 1948, Notas para Uma Definição de Cultura. Nele, Eliot afirma: "Não vejo razão alguma pela qual a decadência da cultura não possa continuar e não possamos prever um tempo, de alguma duração, que possa ser considerado desprovido de cultura". Llosa adianta-se ao próprio raciocínio e afirma, sem pestanejar, que "esse tempo é o nosso". Autor de The Waste Land, Eliot acreditava que a cultura seria patrimônio de uma elite: "É condição essencial para a preservação da qualidade da cultura de minoria que ela continue sendo uma cultura minoritária", escreve.

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Comentário

Isabel Morgado

A ler e meditar.

SOBRE O AUTOR

Mario Vargas Llosa

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2010

Mario Vargas Llosa (1936-2025) nasceu no Peru. Em 1959 abandona o seu país e, graças a uma bolsa, ingressa na Universidade Complutense de Madrid, onde faz provas de doutoramento, fixando-se de seguida em Paris. Sempre próximo da penúria, foi locutor de rádio, jornalista e professor de espanhol — tinha apenas publicado um primeiro livro de contos. Regressa ao Peru em 1964 e casa no ano seguinte com a sua prima Patricia Llosa, com quem parte para a Europa em 1967, tendo vivido até 1974 na Grécia, em Paris, Londres e Barcelona — após o que regressa novamente ao Peru. O seu afastamento em relação ao regime de Havana (que visitara pela primeira vez em 1965) irá marcar toda a sua biografia política e literária a partir de 1971. Em Lima pode, finalmente, dedicar-se em exclusivo à literatura e ao jornalismo, nunca abandonando a intervenção política que o levou, em 1990, a aceitar candidatar-se à Presidência da República – depois disso fixou-se em Londres e, nos últimos anos, viveu entre Paris e Madrid, escrevendo romances, ensaios literários, peças jornalísticas e percorrendo o mundo como professor visitante em várias universidades. Entre os muitos prémios que recebeu contam-se o Rómulo Gallegos (1967), o Príncipe das Astúrias (1986) ou o Cervantes (1994). Foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura em 2010.

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