Xerazade - A Última Noite
SINOPSE
EXCERTOS
«Trocámos tantas vezes de corpos, que já não sei quem é quem e em qual das vezes, nestas histórias que tanto gostas de ouvir. Para ti, são lendas que invento na madrugada de noites insones para te confortar na hora da partida. No fundo, nada disso importa, porque no incêndio da paixão que nos devorou e nos devora, tantas vezes que nem as lembro a todas, mãos, braços e abraços, pernas, colo, olhos e bocas e sexos, tudo se fundia e confunde num corpo só. Nessa altura, acordavas e recordavas. E por breves instantes de alegria e êxtase, chorávamos a dor antecipada do olvido e tu pedias-me: — Não me deixes nunca.»
DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789722530125 |
Editor: | Bertrand Editora |
Data de Lançamento: | março de 2015 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 150 x 236 x 19 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 200 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722530125 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
OPINIÃO DOS LEITORES
Confuso
Inês
Reconheci as diversas lendas mas achei o enredo demasiado confuso.
Um livro imenso… uma autora imensa, num momento magnífico da literatura em Portugal!
BL em Goodreads
Ao terminar este livro, ao escutar estas palavras que o encerram (“Nada mais importa. O resto são véus da ilusão”) recorda-me, muito improvavelmente, um canto esquimó que me retorna à memória, como uma pequena chave duma porta que não se fecha: “Quero visitar uma mulher estrangeira quero desvendar os enigmas do homem. Dentro das correias das minhas bota, procuro no homem e procuro na mulher. No rosto das mulheres desfaço as rugas. (…) E um espirito antigo traz agora o poder à casa das danças.” Uma porta que nunca se fecha, a dessa casa, que nos habita como um livro: este! Com a minúcia, com a semelhante desenvoltura que o artista através da tinta domina pacientemente a técnica e o engenho do que chamamos de arte da velatura, neste “Xerazade- A Última Noite”, a Manuela Gonzaga sobrepõe, palavra a palavra, “camadas transparentes” de mitos (chaves das nossas Histórias comuns) momentos aos quais insistimos permanecer estrangeiros, viandantes conformados, mas em livros como este (o qual pensamos já ter lido mil vezes, mil noites e uma mais: a que teima em não nos encerrar nesse labirinto da memória!) sentimo-nos reconciliados… ou não! A inquietude da escrita da Manuela Gonzaga, tão poética e ao mesmo tempo rigorosa, acrescenta um capítulo maior à nossa literatura; o domínio seguro que lhe permite acrescentar mais uma (uma ou tantas?!) leitura desse “Mil e Uma Noites” tantas vezes escrito e reescrito, tantas vezes aceite e negado, aqui é retomado como uma chave, parte da original, dessa que experimenta a profundidade do ser humano diante da dor, do silêncio, da paixão maior que aceita o sacrifício diante dum bem superior: o outro, o outro que vive em si… ainda que seja apenas parte dessa imensidão de “véus de ilusão”, que são a substância da própria humanidade. Neste “Xerazade – A Última Noite”, a escritora, Manuela Gonzaga, não limita “a palavra ao livro”, não propõe somente o desvendar “romance” ou “narrativa”; vai sedutoramente mais além, sugerindo tantas leituras pessoais, sem princípio ou fim, sem chave ou porta, tantas e nunca definitivas, e aí “a magia”: uma história que não conhece o fim… enquanto houver um contador desta “história interminável”, com esta mestria, enquanto houver um leitor que “a escute”. Um livro imenso… uma autora imensa, num momento magnífico da literatura em Portugal!
Mulher de fibra
Marina Sousa
A última noite é prolongada com histórias de encantar, contadas de forma apaixonante.
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