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Vem Voar Comigo

de Margarida Rebelo Pinto
editor: Clube do Autor, novembro de 2018
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Não são os sonhos que nos agarram, mas a possibilidade de se realizarem.

«Os teus dias têm menos horas do que os meus, viajas muito, às vezes quase de repente, nunca sei quando te vou ver outra vez, mas talvez seja esta uma das lições de vida que a tua presença me trouxe, aprender a fazer poucos planos, viver o presente como quem navega à vista, confiando mais na sorte e na vida. Se puseres amor, receberás amor, se puseres riso, alegria e cumplicidade, receberás tudo isso. Colherás o que semeias.»

Inês, Maria e Beatriz são três amigas à procura de uma segunda oportunidade no amor. Uma escritora sonhadora, uma espectadora inconformada e uma aventureira sem rumo percorrem caminhos diferentes para alcançar aquilo que mais desejam. Como muitas mulheres com mais de 40 anos, têm os filhos quase criados e um casamento acabado ou em crise.
Inês debate-se com o peso de uma paixão antiga, Maria não perdoa as infidelidades do marido e Beatriz viaja pelo mundo para se descobrir. Qual delas irá encontrar a paz num novo amor? Qual delas irá, por fim, ficar com o único homem que amou?
Cada uma conta a sua história com sinceridade, paixão e verdade. Um «quase romance» que nos guia pelos sonhos, desejos, medos e convicções das mulheres do século XXI.

«É sempre tarde quando pedes a conta, queremos voltar para casa depressa, ficar sossegados a ler ou a ver uma série antiga, tu fumas o teu cigarro na varanda e depois agarras-me e eu enrolo-me como se fosse um bicho da conta e o mundo pára só para nós. Deixo-me ir como um pássaro feliz e digo-te muito baixinho, para que me oiças melhor, não me deixes cair.»

«Voámos tão alto juntos, foste o meu astronauta do prazer, o único que entrou para sempre no meu coração e de repente, não mais que de repente, estás sentado à minha frente com aquele sorriso de miúdo tímido que me deu a volta à cabeça do outro lado do mundo.»

«Os teus dias têm menos horas do que os meus, viajas muito, às vezes quase de repente, nunca sei quando te vou ver outra vez, mas talvez seja esta uma das lições de vida que a tua presença me trouxe, aprender a fazer poucos planos, viver o presente como quem navega à vista, confiando mais na sorte e na vida. Se puseres amor, receberás amor, se puseres riso, alegria e cumplicidade, receberás tudo isso. Semearás o que colhes.»

«Um coração só se fecha quando está todo partido. Tem de ir para o estaleiro. É preciso muito trabalho para se consertar. E muito amor-próprio. É preciso percebermos que, se fomos felizes antes de ter amado aquela pessoa, é apenas natural voltarmos a sê-lo. E quando fica bom, volta a abrir. Há um tempo para tudo. O meu já está nos acabamentos, qualquer dia fica pronto, como novo.»

«Quando voltar, já não vou estar zangada, nem magoada. Já me conheço, no dia em que a zanga passar, talvez voltemos a ser amigos. Mas até lá, espera, se quiseres, sem esperar nada.
Às vezes ainda imagino que vamos estar os dois a comer chocolates no mesmo canto do mesmo mundo. Ainda assim, na dúvida, traz-me uma tablete para a sobremesa, sempre matamos o tempo antes que ele nos mate.»

«Quando tropeçámos um no outro, não pensei em nada disto. Senti-me tão viva que o presente ganhou o primeiro lugar de todas as corridas sem sair da casa da partida.Em menos de poucas horas e sem termos idos aos treinos,tu já estavas na pole position, eu só tinha de te dar o sinal. Respirei fundo, fechei os olhos para saltar melhor e agitei a bandeira para te ver acelerar pela vida, comigo sempre mais ou menos por perto, ou longe, quando tem de ser.»

«Correr riscos faz parte da vida, mas se soubesse o que sei hoje, talvez me tivesse protegido um pouco mais. Afinal, bem vistas as coisas, eu sabia como era o mundo, ele é que me levou para fora de pé e eu deixei-me ir na onda. Era impossível resistir a tanto bem-estar, tanta paz, tanto entendimento, tanto desejo e tanta vontade de tanta coisa ao mesmo tempo.»

«Há tantas coisas que fazem nascer o amor, mas acho que o nosso estava escrito. Estas e outras mensagens nos dias seguintes ao nosso primeiro encontro semearam no meu imaginário, sonhador e ávido de romance, a desgraça que se iria instalar quando batesse de frente com a realidade. Mas isso só sucedeu meses mais tarde. Nessa noite, a despedida foi já um longo abraço, exalando oxitocina que é a hormona das relações vitalícias, seguida de interminável comunicação via WhatsApp, o novo motor dos amores modernos.»

«Ao longo do jantar ainda tentas agarrar-me a mão, mas em vez de a recolher, dou-te uma palmada e digo menos, e tu ris-te da minha atitude. Também te ris quando ponho os óculos para escolher a sobremesa, chamas-me Doutora como nos velhos tempos e dobro a língua para não te dizer tudo o que me apetece fazer se te apanhar outra vez na minha cama, still crazy after all these years.»

«No meu jardim da Comporta havia uma árvore morta. Quando os ramos mais altos começaram a quebrar sobre o telhado, tive de a arrancar. Sempre que lá vou, não há um dia em que não me lembre dela. Vejo-a sempre, imensa, na minha memória infernal e prodigiosa. Já não existe e, no entanto, nunca mais vou deixar de a ver no lugar onde a cortaram. Os seus troncos são usados para a lareira no Inverno.
Já lá vão quatro Invernos. Já lá vão quatro Invernos.»

«Separados no tempo e no espaço, ouvimos as mesmas músicas, apaixonamo-nos pelos mesmos livros e lutamos pelas mesmas causas. Nunca conheci ninguém tão parecido comigo naquilo que é mais engraçado e tão complementar naquilo que é mais importante. O que tenho em otimismo falta-me em ponderação, o que tens em racionalidade, falta-te em rasgo. Em tudo o que arrisco,tu recuas. Não é um problema, é uma bênção, como é uma bênção o entendimento feito de poucas palavras e de muito riso, da pele com pele, dos nervos a vibrar em stereo como uma aparelhagem de alta-fidelidade, com todos os graves, médios e agudos equilibrados. Conseguimos ouvir todos os sons um do outro, sobretudo quando estamos em silêncio, qual o valor de tanta beleza? Incalculável.»

«A estrela é ela. A miúda que me manda mensagens há quatro anos. Conheci-a à beira de um dos mais belos lagos do mundo, na Índia. Estava a ler um romance do Michael Cunnigham. Eu adoro o Cunnigham. Perguntei-lhe se estava a gostar.
— Gosto sempre, respondeu. — Há escritores que nunca me desiludem — acrescentou, sem levantar os olhos. Quando olhou para mim sorriu e eu comecei a ver estrelas na cara dela e em todo o lado.»

«Há meses que não te vejo, mas o silêncio nunca foi o nosso território; de vez em quando ou um ou o outro partilham alguma coisa e sempre que trocamos piadas em forma de mensagens, ris-te das minhas parvoíces e eu acredito que ainda mexo contigo. Depois sigo o meu caminho. Mais vale pedalar pela vida com a minha Maria Henriqueta de coração leve e cabelos ao vento do que embirrar contigo porque nunca me deixaste mostrar-te a vila encantada.»

Vem Voar Comigo

de Margarida Rebelo Pinto

Propriedade Descrição
ISBN: 9789897244353
Editor: Clube do Autor
Data de Lançamento: novembro de 2018
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 236 x 19 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 272
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789897244353
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Romance que nos leva a refletir

Beatriz Chambel

Um romance que nos leva a refletir sobre a importância do amor nas nossas vidas e que nos ensina que o importante é a intensidade das experiências que vivemos e não a duração das mesmas.

SOBRE O AUTOR

Margarida Rebelo Pinto

Margarida Rebelo Pinto sempre quis ser escritora. Aos oito anos, uma febre reumática obrigou-a a algum isolamento, o que acentuou o seu lado sonhador e romântico, ajudando-a a desenvolver a resiliência necessária para abraçar o caminho solitário da escrita.
Estreou-se na imprensa aos 22 anos, no lendário Independente, como cronista, um dos seus géneros de eleição. Ao longo das últimas três décadas, tem mantido uma presença regular na imprensa escrita e na televisão, enquanto cronista, ficcionista e comentadora. Nunca se cansa de escrever e de falar sobre relações, amor e sexo.
Tinha 33 anos quando lançou Sei Lá, um enorme sucesso que deu origem a um filme com o mesmo nome. A sua obra literária inclui trinta livros publicados, nos quais explora o género epistolar, a literatura infantil, o romance histórico e o romance urbano contemporâneo. Vários dos seus livros foram traduzidos, conquistando leitores na Europa, no Brasil e restante América Latina.
Escreve todas as manhãs, exceto aos fins-de semana. Nos intervalos da vida, dedica-se à poesia, que partilha nas redes sociais e divulga na Rádio Marginal. É mãe de um rapaz e tia orgulhosa de cinco sobrinhas e um sobrinho. O seu grande amor é a família.

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