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Um Postal de Detroit

de João Ricardo Pedro

Livro eBook
editor: Dom Quixote, março de 2016
Em Setembro de 1985 dá-se um choque frontal de comboios em Alcafache. Algumas das vítimas mortais, presas nas carruagens a arder, nunca chegam a ser identificadas. No dia seguinte, a mãe de Marta recebe um inesperado telefonema informando que a mochila da filha - estudante de Belas-Artes - apareceu entre os destroços.
Partindo dos cadernos de desenho de Marta - uma espécie de diários visuais que espelham um quotidiano tão depressa sórdido como maravilhoso -, o narrador deste romance tenta recriar os passos da irmã nos tempos que antecederam o acidente. E, enquanto o faz, dá-nos a conhecer um leque de figuras absolutamente inesquecíveis, entre as quais se contam prostitutas, boxeurs, polícias e assassinos, mas também anjinhos de procissão, médicos e senhoras da caridade. E, claro, ele próprio - o mais ausente dos cadernos de Marta.
Depois do celebrado O Teu Rosto Será o Último, que venceu o Prémio LeYa em 2011 e foi traduzido em cerca de dez línguas, incluindo chinês e árabe, João Ricardo Pedro regressa à ficção com um romance delirante e avassalador sobre a ténue fronteira que existe entre sanidade e loucura e os laços perturbadores que tantas vezes unem a vida à arte.

Um Postal de Detroit

de João Ricardo Pedro

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722059497
Editor: Dom Quixote
Data de Lançamento: março de 2016
Idioma: Português
Dimensões: 158 x 237 x 15 mm
Páginas: 224
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789722059497
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Obrigatório!

Ivete Baptista

Não é um livro fácil e acredito que escrevê-lo também não o tenha sido. Diria, até, que João Ricardo Pedro desceu aos infernos, abriu as gavetas mais sombrias e soltou todos os fantasmas e demónios possíveis e imaginários que encontrou para construir esta narrativa. O livro tem por base o maior acidente ferroviário ocorrido em Portugal, em 1985 . A partir desse evento, real e dramático, o autor constrói uma narrativa onde cruza a vida de uma família que perdeu um dos seus elementos nesse acidente, a jovem Marta, com a vida de outras famílias e pessoas, mesmo que, à priori, sem relação. O narrador, irmão de Marta, mergulha o leitor numa narrativa recheada de personagens bizarras que mantêm laços, muitas vezes, estranhos e incompreensíveis. O que mais dói, neste romance, é a confusão entre o que é suposto ser "real", (sendo que à exceção do acidente, tudo aqui é ficção, bem o sabemos "Quanto ao resto tudo é inventado") e o que é fruto da imaginação (ou melhor, demência?) do narrador. De facto, ele é, assumidamente, um doente tratado por doença do foro psiquiátrico. Por isso, o cruzar inusitado desses planos provoca uma certa confusão no leitor, mas é também, a meu ver, o que torna este livro único e intrigante . Consequentemente, a sua leitura será um exercício difícil, mas muito interessante. Para mim, a forma como o narrador transporta o leitor para a história, que é a sua, expondo-se, deixando-o penetrar no mais íntimo e profundo de si, dos seus pensamentos, medos, frustrações, desejos, complexos, enfim, na sua loucura, chega a ser acutilante e bastaria para justificar a leitura deste livro. Mas depois, há tudo o resto: Lisboa, o seu submundo e os seus personagens; fantásticas descrições queirosianas de figuras, objetos e lugares; diálogos absolutamente incríveis; situações de humor, de rir às gargalhadas; índios e cowboys e a fantasia de um menino; os únicos anos 80; inteligentes e numerosas referências a várias formas de arte:  pintura,  ópera,  literatura; a paixão pelo Sporting e pelo futebol (tinha que ser...); jogos de palavras inesquecíveis (punk-queque- panqueca para uma punk) e tantas outras razões... Este livro, aparentemente na linha do romance negro fala, essencialmente, sobre a perda repentina de alguém que nos é muito querido e de todas as implicações que esse acontecimento traz à nossa vida, presente e futura. Fala da tristeza levada ao extremo da nossa loucura, da solidão aterradora, sem fim. Mas fala também das coisas boas da vida: de amor, de compaixão e de esperança. Fala de  estorninhos-malhados, de malhas brancas na plumagem que entram em quartos vazios e de frutos que em breve estarão prontos para serem apanhados.

João Ricardo Pedro

João Ricardo Pedro nasceu em 1973, na Reboleira, Amadora. Curioso acerca da força de Lorentz, licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico. Durante mais de uma década, trabalhou em telecomunicações sem, no entanto, alguma vez ter aplicado as admiráveis equações de Maxwell. Na primavera de 2009, em consequência do carácter caprichoso dos mercados, achou-se com mais tempo do que aquele de que necessitava para cumprir as obrigações do quotidiano. Num acesso de pragmatismo, começou a escrever. "O Teu Rosto Será o Último" é o seu romance de estreia.

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