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Um Postal de Detroit
de João Ricardo Pedro
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DATA PREVISTA DE ENTREGA
A Data Prevista de Entrega é uma previsão não vinculativa e que analisa vários fatores, tais como: a disponibilidade de stock do artigo, o tempo de trânsito para a morada de destino, o tempo de processamento, entre outros. A data prevista de entrega pode ser alvo de alterações e recálculos, nos seguintes cenários não exclusivos: caso o pagamento não seja efetuado de imediato; o cliente altere a sua encomenda; exista uma diferença na disponibilidade de um artigo; necessidade de um pagamento suplementar; entre outros. Pode consultar a data prevista de entrega da sua encomenda no último passo do checkout e confirmar a mesma nos detalhes da encomenda a partir da área de cliente.EM STOCK
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Artigos que se encontram disponíveis nos fornecedores e que serão expedidos após receção do artigo no nosso armazém.Partindo dos cadernos de desenho de Marta - uma espécie de diários visuais que espelham um quotidiano tão depressa sórdido como maravilhoso -, o narrador deste romance tenta recriar os passos da irmã nos tempos que antecederam o acidente. E, enquanto o faz, dá-nos a conhecer um leque de figuras absolutamente inesquecíveis, entre as quais se contam prostitutas, boxeurs, polícias e assassinos, mas também anjinhos de procissão, médicos e senhoras da caridade. E, claro, ele próprio - o mais ausente dos cadernos de Marta.
Depois do celebrado O Teu Rosto Será o Último, que venceu o Prémio LeYa em 2011 e foi traduzido em cerca de dez línguas, incluindo chinês e árabe, João Ricardo Pedro regressa à ficção com um romance delirante e avassalador sobre a ténue fronteira que existe entre sanidade e loucura e os laços perturbadores que tantas vezes unem a vida à arte.
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789722059497 |
Editor: | Dom Quixote |
Data de Lançamento: | março de 2016 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 158 x 237 x 15 mm |
Páginas: | 224 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722059497 |
Obrigatório!
Ivete Baptista
Não é um livro fácil e acredito que escrevê-lo também não o tenha sido. Diria, até, que João Ricardo Pedro desceu aos infernos, abriu as gavetas mais sombrias e soltou todos os fantasmas e demónios possíveis e imaginários que encontrou para construir esta narrativa. O livro tem por base o maior acidente ferroviário ocorrido em Portugal, em 1985 . A partir desse evento, real e dramático, o autor constrói uma narrativa onde cruza a vida de uma família que perdeu um dos seus elementos nesse acidente, a jovem Marta, com a vida de outras famílias e pessoas, mesmo que, à priori, sem relação. O narrador, irmão de Marta, mergulha o leitor numa narrativa recheada de personagens bizarras que mantêm laços, muitas vezes, estranhos e incompreensíveis. O que mais dói, neste romance, é a confusão entre o que é suposto ser "real", (sendo que à exceção do acidente, tudo aqui é ficção, bem o sabemos "Quanto ao resto tudo é inventado") e o que é fruto da imaginação (ou melhor, demência?) do narrador. De facto, ele é, assumidamente, um doente tratado por doença do foro psiquiátrico. Por isso, o cruzar inusitado desses planos provoca uma certa confusão no leitor, mas é também, a meu ver, o que torna este livro único e intrigante . Consequentemente, a sua leitura será um exercício difícil, mas muito interessante. Para mim, a forma como o narrador transporta o leitor para a história, que é a sua, expondo-se, deixando-o penetrar no mais íntimo e profundo de si, dos seus pensamentos, medos, frustrações, desejos, complexos, enfim, na sua loucura, chega a ser acutilante e bastaria para justificar a leitura deste livro. Mas depois, há tudo o resto: Lisboa, o seu submundo e os seus personagens; fantásticas descrições queirosianas de figuras, objetos e lugares; diálogos absolutamente incríveis; situações de humor, de rir às gargalhadas; índios e cowboys e a fantasia de um menino; os únicos anos 80; inteligentes e numerosas referências a várias formas de arte: pintura, ópera, literatura; a paixão pelo Sporting e pelo futebol (tinha que ser...); jogos de palavras inesquecíveis (punk-queque- panqueca para uma punk) e tantas outras razões... Este livro, aparentemente na linha do romance negro fala, essencialmente, sobre a perda repentina de alguém que nos é muito querido e de todas as implicações que esse acontecimento traz à nossa vida, presente e futura. Fala da tristeza levada ao extremo da nossa loucura, da solidão aterradora, sem fim. Mas fala também das coisas boas da vida: de amor, de compaixão e de esperança. Fala de estorninhos-malhados, de malhas brancas na plumagem que entram em quartos vazios e de frutos que em breve estarão prontos para serem apanhados.