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Vega, abril de 1995
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Para além de ter sido um escritor exímio que se impôs praticamente em todas as línguas (expandindo-se, alias, por acção dos seus admiradores, pelo cinema, Banda desenhada e ensaio), Antoine do Saint-Exupdry em tudo quanto escreveu revela-se, sem nunca se ter declarado como tal, um dos grandes humanistas do século XX.
Sobrepondo-se ao entrecho sempre aliciante dos seus romances, de experiência feitos, o que verdadeiramente se imiscui nos seus leitores é aquele sentimento de solidariedade para com os outros que dá aso à calorosa sensação de que somos todos (ou deveríamos sê-lo) irmãos saídos do ventre da terra. Há, por assim dizer, implicitamente, quer se pronunciem as palavras, quer elas fiquem caladas em nós, aquelas simples e básicas interrogações que criam sentimento de segurança, de amizade, de ternura mesmo. Ora quais? Tantas são elas que nos ficaremos por umas três: "Então como vai lá isso?", " Homem, o que se passa contigo?", "E se conversássemos um pouco solve o que te aflige?". Tais interrogações, em certa medida, são a estrutura mais profunda do entendimento humanista, embora possam parecer, se não encaradas a fundo, como meras perguntas destituídas de qualquer importância. Não é que encontremos, assim de maneira tão textual, essas interrogações na obra de Saint- Exupery, mas elas são, mesmo ausentes que forçosamente estejam, o espírito de uma escrita que se desdobra em páginas éticas e estéticas de um timbre raro em qualquer literatura.
Sem exagero de qualquer espécie, poder-se-á afirmar que, embora os elos da época em que Exupery viveu o hajam prendido a acções de generosidade e cooperação, o certo é que não é um escritor datado, engagé, enrodilhado em determinadas circunstâncias. Não: Antoine de Saint- Exupery, pelo seu génio de escritor, ultrapassou todos os calendários que vão morrendo e ficando para trás. É um Príncipe das Letras - e, sendo assim, só nos resta, não fazer-lhe uma vénia fátua, mas apertar-lhe a mão como homem na Terra dos Homens.
Sobrepondo-se ao entrecho sempre aliciante dos seus romances, de experiência feitos, o que verdadeiramente se imiscui nos seus leitores é aquele sentimento de solidariedade para com os outros que dá aso à calorosa sensação de que somos todos (ou deveríamos sê-lo) irmãos saídos do ventre da terra. Há, por assim dizer, implicitamente, quer se pronunciem as palavras, quer elas fiquem caladas em nós, aquelas simples e básicas interrogações que criam sentimento de segurança, de amizade, de ternura mesmo. Ora quais? Tantas são elas que nos ficaremos por umas três: "Então como vai lá isso?", " Homem, o que se passa contigo?", "E se conversássemos um pouco solve o que te aflige?". Tais interrogações, em certa medida, são a estrutura mais profunda do entendimento humanista, embora possam parecer, se não encaradas a fundo, como meras perguntas destituídas de qualquer importância. Não é que encontremos, assim de maneira tão textual, essas interrogações na obra de Saint- Exupery, mas elas são, mesmo ausentes que forçosamente estejam, o espírito de uma escrita que se desdobra em páginas éticas e estéticas de um timbre raro em qualquer literatura.
Sem exagero de qualquer espécie, poder-se-á afirmar que, embora os elos da época em que Exupery viveu o hajam prendido a acções de generosidade e cooperação, o certo é que não é um escritor datado, engagé, enrodilhado em determinadas circunstâncias. Não: Antoine de Saint- Exupery, pelo seu génio de escritor, ultrapassou todos os calendários que vão morrendo e ficando para trás. É um Príncipe das Letras - e, sendo assim, só nos resta, não fazer-lhe uma vénia fátua, mas apertar-lhe a mão como homem na Terra dos Homens.
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789726994916 |
Editor: | Vega |
Data de Lançamento: | abril de 1995 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 151 x 230 x 11 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 136 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Escola de Letras |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789726994916 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
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