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Edições Colibri, abril de 2024
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SINOPSE
Espreguiça-se, primeiro exercício ginástico do dia, vira a cabeça para o relógio na mesinha, quase sete horas, a hora de sair da cama. Vem-lhe à ideia o caso que há anos aconteceu, o caso de o editor que, no desaguizado com um escritor que há muito publicava, este, zangado, se despediu e, antes de sair do escritório, foi à casa de banho e defecou-lhe fora da sanita! A relação entre escritor e editor é fecunda e para sempre, mas é melindrosa; passível de divórcio dramático, especialmente se for comercial.
Há duas espécies de editores: os culturais, por admiração ao escritor e amor à literatura e os produtores de livros por mor do lucro: estes sofrem de uma dependência - o gosto conservador da maioria dos leitores. Aqui o leitor é consumidor, o livro é vendido a retalho e tem que ser ao gosto do comprador, tal como os iogurtes ou os chocolates, não lhe acrescenta nada. E o que chega a ser caricato é que são estes comerciantes que conferem qualidade às obras. Atente-se: o comerciante arvorado em crítico de arte e humanidade.
Para cúmulo, pro domo sua, calunia os autores que, não se sujeitando a lançar mais lixo na cabeça dos leitores, «Quem lê josés-rodrigues-dos-santos jamais lerá Tolstoi» (Sérgio de Sousa), se atrevem a dar a ler a sua voz livre, quantas vezes dramática e valiosa, sempre com sacrifício da sua bolsa. Estes são apodados, acoimados de vaidosos, ostracismo criminoso. Por esse prisma toda a poesia de Miguel Torga é edição de vaidade.
«De resto, a melhor recomendação a estes escribas, e não é necessário citar Karl Marx, é que o escritor deve ganhar a vida para poder existir e escrever, mas de modo nenhum deve existir e escrever para ganhar a vida», recorda Jaime Nuno. Ergue-se da cama, afasta os lençóis, «onde está a outra pantufa?», uma leve dor de cabeça - vai passar.
Há duas espécies de editores: os culturais, por admiração ao escritor e amor à literatura e os produtores de livros por mor do lucro: estes sofrem de uma dependência - o gosto conservador da maioria dos leitores. Aqui o leitor é consumidor, o livro é vendido a retalho e tem que ser ao gosto do comprador, tal como os iogurtes ou os chocolates, não lhe acrescenta nada. E o que chega a ser caricato é que são estes comerciantes que conferem qualidade às obras. Atente-se: o comerciante arvorado em crítico de arte e humanidade.
Para cúmulo, pro domo sua, calunia os autores que, não se sujeitando a lançar mais lixo na cabeça dos leitores, «Quem lê josés-rodrigues-dos-santos jamais lerá Tolstoi» (Sérgio de Sousa), se atrevem a dar a ler a sua voz livre, quantas vezes dramática e valiosa, sempre com sacrifício da sua bolsa. Estes são apodados, acoimados de vaidosos, ostracismo criminoso. Por esse prisma toda a poesia de Miguel Torga é edição de vaidade.
«De resto, a melhor recomendação a estes escribas, e não é necessário citar Karl Marx, é que o escritor deve ganhar a vida para poder existir e escrever, mas de modo nenhum deve existir e escrever para ganhar a vida», recorda Jaime Nuno. Ergue-se da cama, afasta os lençóis, «onde está a outra pantufa?», uma leve dor de cabeça - vai passar.
DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789895664078 |
Editor: | Edições Colibri |
Data de Lançamento: | abril de 2024 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 160 x 230 x 14 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 148 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Contos |
EAN: | 9789895664078 |
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