Rabo de Foguete - Os Anos de Exílio

de Ferreira Gullar

editor: Verbo, outubro de 2010
ESGOTADO OU NÃO DISPONÍVEL
VENDA O SEU LIVRO i
Ferreira Gullar é o pseudónimo de José Ribamar Ferreira, nascido em São Luís, no Brasil, em 1930. Poeta, prosador, crítico de arte, ensaísta, guionista de muitos dos maiores sucessos das novelas da Globo, foi nomeado para o Prémio Nobel, vencedor do Prémio Jabuti de Poesia em 2000 (com Muitas Vozes) e de Ficção em 2007 (com Resmungos), e foi em 2010 agraciado com o Prémio Camões, a mais importante distinção dada a um escritor de língua portuguesa. Rabo de Foguete representa a sua incursão nos domínios da autobiografia, deixando como legado as memórias de um exílio forçado pela ditadura militar brasileira, primeiro em Santigo do Chile e depois em Buenos Aires, cidade onde viria a escrever o seu mais importante livro de poemas Poema Sujo. Um livro essencial para se compreender a solidão povoada de que nos falava Jorge de Sena e a maneira como, como na expressão idiomática Rabo de Foguete, nos vemos por vezes em situações tão perdidas como abraçados a um foguete na imensidão do céu.

Rabo de Foguete - Os Anos de Exílio

de Ferreira Gullar

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722230087
Editor: Verbo
Data de Lançamento: outubro de 2010
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 220 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 288
Tipo de produto: Livro
Coleção: Área Pessoal
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Memórias e Testemunhos
EAN: 9789722230087
Ferreira Gullar

Poeta e homem de letras brasileiro, Ferreira Gullar nasceu com o nome de José Ribamar Ferreira a 10 de setembro de 1930 na cidade de São Luís, a capital do estado do Maranhão, e morreu a 4 de dezembro de 2016, no Rio de Janeiro. Filho de um comerciante e irmão de dez outras crianças, iniciou os seus estudos aos sete anos de idade no Jardim Decroli. A partir dos nove passou a receber educação formal através de professores particulares e, mais tarde, foi inserido num colégio, de onde fugiu eventualmente.
Na tentativa de mitigar o problema disciplinar da criança, os pais tomaram a decisão de a matricular, em 1941, no Colégio de São Luís de Gonzaga. Remediando o seu comportamento, manteve-se um aluno recomendável durante algum tempo. Não obstante o facto de ter sido admitido depois no Ateneu Comercial Teixeira Mendes com honras e louvores, tornou a dispersar-se, reprovando um ano. Transferiram-no então para a Escola Técnica de São Luís, instituição de ensino menos exigente e mais liberal.
Foi salvo pela descoberta da poesia: apaixonando-se com apenas treze anos de idade por uma vizinha, renunciou ao companheirismo das brincadeiras de criança para se encafuar nas bibliotecas públicas, em busca de inspiração para a feitura dos seus versos de amor. Passou em consequência a obter resultados excecionais na disciplina de Português, graças sobretudo ao seu talento para as composições.
Terminou o ensino secundário em 1948, ano em que não só publicou o seu primeiro poema num jornal local, como começou também a trabalhar, quer como locutor radiofónico quer como colaborador num outro órgão da comunicação social. No ano seguinte publicou o seu primeiro livro, uma coletânea de poemas intitulada Um Pouco Acima do Chão (1949).
Em 1950 foi testemunha de um acontecimento trágico. Durante um comício de um candidato contra o regime de ditadura, assistiu ao assassinato de um operário durante uma carga policial. Recusando-se a ler a notícia ao microfone da rádio estatal em que trabalhava, foi despedido, mas logo convidado a juntar-se à digressão eleitoral do político em questão. Ainda em meados do mesmo ano, saiu vencedor de um concurso literário de relevo.
Sabendo-se persona non grata pelas autoridades do Maranhão, decidiu mudar-se para o Rio de Janeiro em 1951. Passou a colaborar com diversas publicações, não só como redator, mas também na qualidade de revisor. Contraindo depois o bacilo da tuberculose, foi obrigado a um período de convalescença de cerca de três meses.
Em 1954 publicou uma das suas obras mais conhecidas, a compilação de poemas Luta Corporal e, em 1959, deu um passo importante ao surgir com o Manifesto Neo-Concreto, no qual procurava qualificar a sua própria poesia. Juntando-se a alguns artistas plásticos, chegou a apresentar instalações interactivas, combinando a palavra com a pintura e a escultura.
Em 1961 foi nomeado diretor da Fundação Cultural de Brasília e, no âmbito das suas funções, iniciou a construção do Museu de Arte Popular. No ano seguinte publicou João Boa-Morte, Cabra Marcado Para Morrer (1962) e Quem Matou Aparecida (1962).
Tomando contacto com o movimento estudantil brasileiro, foi gradualmente radicalizando as suas opiniões políticas até que, em 1964, se afiliou no Partido Comunista. Preso pelos esbirros da ditadura em 1968, juntamente com Gilberto Gil e Caetano Veloso, partiu para o exílio em 1971, primeiro rumo à ex-União Soviética, logo para Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires. Regressando ao Brasil apenas em meados de 1977, foi preso novamente. Liberto após muitas e demoradas diligências tomadas por parte dos seus amigos, Ferreira Gullar pôde retomar as suas actividades poéticas e jornalísticas.
Após o aparecimento das obras compostas no exílio e, muitas delas impressas no estrangeiro, como Dentro da Noite Veloz (1975) e Poema Sujo (1976), o autor publicou Na Vertigem do Dia (1980), Barulhos (1987), O Formigueiro (1991) e Muitas Vozes (1999), entra outras de diversos géneros.
Em 1992 foi nomeado director do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura, cargo que ocupou até 1995. A sua vida e a sua obra foram muitas vezes agraciadas, tendo sido homenageado com vários prémios literários internacionais, com particular destaque para o Prémio Príncipe Claus da Holanda e para o Prémio Camões, em 2010.
Ferreira Gullar. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010.

(ver mais)
Zoologia Bizarra

Zoologia Bizarra

20%
Editorial Caminho
11,92€ 14,90€
Terceiro Livro de Crónicas

Terceiro Livro de Crónicas

10%
Dom Quixote
17,90€ 10% CARTÃO
portes grátis