Persépolis
SINOPSE
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Uma fascinante autobiografia em formato gráfico. Associando textos de uma simplicidade quase infantil (ainda que
muito poética) e desenhos a preto e branco que evocam as iluminuras medievais, Marjane Satrapi desafia a imagem que
os ocidentais têm do Irão contemporâneo.»
L’Express
«Persepolis narra a história de uma jovem cuja família está envolvida nos movimentos de resistência contra dois regimes
políticos fortemente opressivos. Episódios brutais de perseguição, execuções e bombardeamentos são narrados pela
perspetiva de uma criança, mas nunca minimizados.»
Frankfurter Allgemeine Zeitung
«Uma das memórias mais expressivas e originais dos nossos dias. O tom franco deste livro, equilibrado pelo seu humor e
pela força das suas ilustrações, é uma revelação surpreendente da realidade da vida entre guerras, revoluções e um
regime fundamentalista.»
The Los Angeles Times
«Um livro revelador, cativante e inesquecível. Uma obra extraordinária.»
The New York Review of Books
«Esta narrativa da transição de uma sociedade secular para um Estado islâmico é indispensável para a compreensão da
história contemporânea.»
The Times
«Satrapi criou um estilo muito próprio: imagens quase infantis na sua ingenuidade, mas intensamente comoventes, que
enchem a história da jovem Marjane, com todos os seus episódios de violência e horror, de um calor humano
inesperado.»
Die Zeit
«O estilo de Satrapi, aparentemente naïf mas imensamente simbólico, consegue transmitir uma grande riqueza de
sentido com uma grande economia de linguagem.»
Neue Zürcher Zeitung
«Um verdadeiro triunfo. Tal como Maus, Persepolis é um daqueles romances gráficos capazes de seduzir até os mais
relutantes. A forma como Satrapi combina a intimidade, a ironia e a ternura é simplesmente genial.»
Libération
«Tal como Maus, de Art Spiegelman, Persépolis combina a história com a memória, retratando o drama de um país
através da história de uma família. Um livro delicioso. Satrapi joga com o drama e o humor com uma mestria invejável.»
The New York Times Book Review
«Como muitos jovens iranianos, Satrapi viveu um quotidiano no qual os prazeres tinham de ser ocultados, o risco era
constante, a prisão era frequente e a vigilância, constante. A história de Satrapi é cativante e incrivelmente complexa,
não só pela riqueza do enredo como também pelas suas muitas ironias e contradições. Seria sempre uma narrativa
fascinante, mas o facto de ser narrada como romance gráfico, com o seu ritmo cinemático e o seu estilo pessoal, conferelhe
um dinamismo e uma intimidade que se adequam perfeitamente a este tema ao mesmo tempo tão subjetivo e tão
universal. A voz narrativa de Satrapi é tão franca e expressiva como o seu estilo gráfico: honesta, autêntica, irreverente,
engraçada, terna, impulsiva e forte. É difícil despedirmo-nos das personagens, no fim.»
The New York Times
«Uma memória gráfica brilhante e invulgar, contada num tom franco e cativante, que ilustra de forma dramática a
maneira como os regimes repressivos deformam a vida quotidiana dos cidadãos.»
Vogue
BLOG WOOK ACONTECE
Novelas Gráficas: Por onde começar?
A partir dos anos 70, o meio editorial cunhou o termo novela gráfica para se referir a histórias de banda desenhada mais longas que já não se circunscreviam às tiras diárias, muitas vezes de carácter cómico. A novela gráfica deu espaço aos criadores de banda desenhada para explorarem novas temáticas e novas formas de conjugar imagens e palavras, com narrativas complexas que abordam temas mais adultos.
Um Contrato com Deus
Dúvidas existissem acerca da influência de Will Eisner no mundo da banda desenhada, bastaria a constatação de que os mais importantes prémios da área nos Estados Unidos foram batizados com o seu nome. Um Contrato com Deus, publicado originalmente em 1978, é frequentemente apontada como uma das obras pioneiras que ajudaram a popularizar o termo novela gráfica. Apesar da quase total ausência dos tradicionais painéis a que o leitor se habituou, a obra de Eisner marca uma viragem retratando, ao longo de quatro histórias com alguns traços autobiográficos, a violência da vida americana.
QUERO LER! »
Maus
«É impossível descrevê-lo com precisão e seria impossível realizá-lo em qualquer outro meio que não a BD». A crítica do Washington Post deixa antever, em poucas palavras, a singularidade de uma obra como Maus que se tornaria o primeiro livro de banda desenhada a ganhar um prémio Pulitzer e influenciaria várias gerações de autores como Marjane Satrapi (de quem falamos mais adiante) ou Chris Ware. A partir das memórias do seu pai Vladek, um judeu polaco sobrevivente do Holocausto, e recorrendo a uma imagética próxima da fábula em que os judeus são representados como ratos e os nazis como gatos, Spiegelman cria uma obra incontornável que retrata os horrores da guerra e da barbárie nazi, mas reflete também sobre o peso da memória, a culpa dos sobreviventes e a herança dos que lhes sucedem.
QUERO LER! »
Balada para Sophie
Filipe Melo e Juan Cavia já tinham cativado os leitores desde a sua estreia com As Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy, mas Balada para Sophie, editado em 2020, catapultou-os para um novo patamar. Com um ritmo cinematográfico e ao longo de mais de quatrocentas páginas – feito invulgar na banda desenhada nacional –, a rivalidade entre dois pianistas de origens distintas prende o leitor numa história comovente sobre ambição, sucesso, música e redenção. Somos parciais, mas esta parece-nos a introdução perfeita para todos os que se querem lançar pela primeira vez na leitura de uma novela gráfica. De preferência com a belíssima Balada para Sophie, composta por Filipe Melo, como música de fundo.
QUERO LER! »
Persépolis
Estamos em 1979, no Irão sopram ventos de mudança. Através dos olhos de Marjane, uma criança rebelde com dez anos, acompanhamos os efeitos da Revolução Islâmica. À medida que a repressão se instala e aos poucos mulheres e raparigas são obrigadas a usar véu, a música rock é declarada ilegal e os bombardeamentos iraquianos começam a fazer parte do quotidiano, a família de Marjane tenta resistir e manter a normalidade possível. Da infância ao final da adolescência, que será passada na Europa para onde é enviada para escapar da guerra, a protagonista cresce sempre dividida entre dois mundos difíceis de conciliar. Com um traço inconfundível e humor, Persépolis, que seria adaptado pela própria Marjane Satrapi para filme em 2007, parte da memória da sua autora para contar uma história de comovente sobre tolerância e liberdade.
QUERO LER! »
Sabrina
De vez em quando aparece um livro que parece gritar-nos uma verdade importante e incontornável sobre o nosso tempo. É o caso de Sabrina de Nick Drnaso.
Uma jovem mulher desaparece um dia após o trabalho. O seu namorado e a irmã vivem dias de angústia até que uma cassete vídeo, enviada às redações de vários órgãos de comunicação social, revela o que aconteceu. As imagens tornam-se virais desencadeando uma onda de paranoia, notícias falsas e teorias da conspiração que coloca as verdadeiras vítimas da tragédia no olho do furacão. Ao leitor, que conhece Sabrina nas primeiras páginas, resta-lhe navegar por entre os destroços. Reflexão arrepiante sobre uma sociedade permanentemente ligada e cada vez mais desumanizada, a obra tornou-se a primeira novela gráfica finalista do Booker Prize.
QUERO LER! »
Patos
Com o objetivo de pagar os seus empréstimos estudantis, Kate, tal como muitos outros habitantes da Costa Leste do Canadá antes dela, viaja para o Oeste para aproveitar a corrida ao petróleo em Alberta. Em campos isolados, onde é uma das poucas mulheres entre homens, vai deparar-se com um ambiente duro, onde o trauma é ocorrência quotidiana, mas nunca é discutido. O desenho de Kate Beaton, de uma aparente simplicidade, dá forma a uma narrativa autobiográfica que se torna universal ao abordar as contradições e a complexidade do isolamento, do capitalismo e dos seres humanos em condições extremas. Aclamado pela crítica, Patos foi considerado um dos livros do ano para publicações como a New Yorker, o The Guardian ou a Time, integrou a lista de melhores do ano de Barack Obama e venceu dois prémios Eisner.
QUERO LER! »
Proibido proibir
Não temos noção até começarmos a pesquisar. Esperamos este tipo de proibições de regimes autoritários. Talvez não cause surpresa saber que o governo chinês proíbe o livro Cisnes Selvagens, de Jung Chang, ou que no Irão não se pode ler Os Versículos Satânicos de Salman Rushdie. Mas o índex de livros proibidos nas escolas norte-americanas, especialmente nos estados mais conservadores, deixa-nos em choque. São milhares de títulos retirados de bibliotecas escolares por tratarem de temas como a igualdade de género, a identidade sexual, os direitos humanos ou… apenas porque sim.
Corte de Névoa e Fúria – Livro 2
É uma das séries de fantasia mais famosas do mundo. Os seus vários volumes fascinam milhões de jovens leitores, tornando-se impossível parar de ler a história, que nos leva a guerras, amores, muitos plot twists de cortar o fôlego… e algum sexo. E aqui é que está o problema para um número incrível de bibliotecas de escolas norte-americanas, sendo uma das mais vocais a de Lexington-Richland, na Carolina do Sul, que, em setembro de 2023, chegou mesmo a banir a série toda das suas prateleiras. A preocupação partiu de um encarregado de educação, que considerou que as cenas picantes não deveriam estar acessíveis aos alunos. O livro é hoje um dos mais banidos dos EUA.
QUERO LER! »
Meio Sol Amarelo
Um dos mais conhecidos livros de Chimamanda Ngozi Adichie, que se passa durante a Guerra Civil Nigeriana nas décadas de 1960 e 1970, foi incluído numa lista de leitura opcional do clube do livro para alunos da Hudsonville High School, no Michigan. Quando se tornou público, um grupo de pais solicitou, com sucesso, que o livro fosse removido da lista de sugestões, devido ao conteúdo que consideraram “questionável”. Meio Sol Amarelo fala de guerra, mas também de racismo e das atrocidades que se cometem entre homens em tempos de provação. Valeu a persistência de um professor, que afirmou: «sou um defensor de livros que mostram a dura realidade do nosso mundo e sou um defensor de livros que apresentam personagens diversas». Não obstante, o fogo alastrou e o livro acabou banido em pelo menos três agrupamentos escolares.
QUERO LER! »
Um dia na vida de Marlon Bundo
Este coelhinho apaixona-se por outro coelhinho. Num dia muito especial, o nosso herói descobre que o amor existe, numa história que é uma ode ao respeito pela diferença, à importância fundamental da amizade e da democracia, sobretudo quando se fala de afetos. O livro foi removido das Escolas Públicas do Condado de Broward, na Florida, em 2022, após uma opinião, dada pelo Conselho de Revisão de Livros, de que a história é inapropriada devido à sua negatividade em relação ao governo dos EUA. O doce Marlon Bundo vive com o seu avô, Vice-Presidente dos EUA que, segundo este comité, não deve ter coelhinhos gays.
QUERO LER! »
Género Queer
Maia Kobabe identifica-se como uma pessoa não-binária e assexual. Termos que têm, ainda hoje, de ser explicados para que sejam entendidos por todos. E é isso que Maia faz neste livro, que fala sobre questões de género e identidade de forma muito clara, dirigindo-se a todos os leitores, sem preconceitos. Em 2021, uma utilizadora da Biblioteca de Huntington Beach, na Califórnia, desencadeou o que viria a ser uma onda de repúdio a este livro de memórias sobre como crescer como pessoa não-binária. A leitora postou imagens fora de contexto do livro no Facebook, gerando muitas publicações negativas e inflamadas que defendiam a sua destruição. Não aconteceu, claro. Mas o caso extrapolou para as bibliotecas escolares e é, hoje, o livro mais banido nos EUA.
QUERO LER! »
Persépolis
As questões com este livro são mais difíceis de explicar, pois vêm de quadrantes distintos. Satrapi fala-nos, nesta novela gráfica, do que é ser mulher no Irão, sob um regime opressivo. Irreverente, rebelde, a autora narra a sua história de não conformação com aquilo que esperavam dela. Em 2014, o livro de Strapani foi o segundo mais questionado em todos os EUA. Um encarregado de educação de Ball-Chatham, Illinois, insurgiu-se «porque recomendavam um livro sobre muçulmanos no dia 11 de Setembro». Em causa estava um módulo letivo que refletia sobre a liberdade de viagem das muçulmanas. Mais recentemente, contudo, alguns leitores, em 2023, inspirados no movimento woke acusaram a autora de islamofobia, ao apresentar apenas os pontos negativos da vida das mulheres no Irão, e propuseram que fosse “cancelada”.
QUERO LER! »
Não poderíamos terminar este texto sem referir que, ao contrário do que acontece em sociedades governadas por regimes totalitários, nos EUA pode-se discutir abertamente a proibição destes livros, e de milhares de outros. Ao mesmo tempo que são banidos de algumas bibliotecas escolares, os livros também recebem prémios, estão à venda nas livrarias e são abertamente analisados por quem o queira fazer.
Deixamos as palavras, precisamente, de Marjane Satrapi, perante as duas ondas de contestação a Persépolis: «Quem não quer ouvir alguma coisa, simplesmente não ouça. Quem não gosta de um livro, não o compre. Quem não gosta de um filme, não o veja. Mas ninguém pode proibi-lo. A única coisa que deve ser proibida é proibir. Todos são livres para ter até as ideias mais estranhas, e poder dizê-las livremente.»
DETALHES
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789722531177 |
Editor: | Bertrand Editora |
Data de Lançamento: | setembro de 2015 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 149 x 238 x 18 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 352 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Banda Desenhada > Histórica |
EAN: | 9789722531177 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
OPINIÃO DOS LEITORES
A realidade agora a preto e branco
alexandre dale
Centrado numa visão pessoal (a da autora), esta perspectiva do Irão, reconvertido a um extremismo que nunca se suporia mais possível, mas que afinal está sempre à espreita, é, através do seu desenho aparentemente naive e da sua narrativa linear e terra-a-terra, um excelente testemunho de uma realidade que, vista na lógica do pensamento político, ou sociológico, nunca nos transmitiria o que realmente importa: o ponto de vista das pessoas comuns - o que sentem, o que pensam, o que padecem. Por trás do ruído dos media, o que é (em detrimento da sua interpretação) impõe-se sempre.
Muito bom!
CSimões
Estive tentada a não comprar este livro por ser em banda desenhada, mas acabei por comprar e ler e é um livro excelente. Uma parte da história do Irão contada assim de uma forma mais leve e com muito humor faz-nos querer ler sempre mais e mais.
Uma perspectiva particular do Irão
Manuel Figueiredo
Persépolis dá-nos uma visão da história contemporânea do Irão, através dos olhos da autora, sempre com um toque de crítica humorística.
Excelente
Nuno
Gostei muito desta banda desenhada. Retrata de uma forma impressionante uma época atribulada da história do Irão. Recomendo vivamente.
Simplesmente brutal
João Ribeiro
A forma como Marjane conta a sua própria história é arrebatadora. Deixa-nos com emoções à flor da pele e retira qualquer indiferença que se possa ter pela guerra do Irão. É um livro que recomendo, sendo que foi um dos melhores que li em 2018. Há livros que recomendo vivamente e este é um deles!
Persépolis
LG
Seguindo a história de uma família, esta novela gráfica dá-nos um outro olhar sobre o Irão, uma nação subjugada por um regime fundamentalista mas com vastos fragmentos da população que conseguem resistir aos ideais iliberais e lutar contra aquela teocracia.
Recomendo vivamente!
Susana Cruz
Foi uma leitura em que saí completamente da minha zona de conforto e fui surpreendida pela positiva! Persépolis é um livro muito interessante, agradável, que se lê num ápice e nos ensina imenso.
Novela Gráfica - Persépolis
Emanuel Candeias
A estreia de Marjane Satrapi na BD não podia ser melhor, com uma autobiografia excelente sobre o quotidiano no Irão dos dias de hoje. Persépolis teve também uma adaptação ao cinema de animação em 2007, no qual foi nomeado para o Óscar de melhor filme de animação.
QUEM COMPROU TAMBÉM COMPROU