Pão de Açúcar
SINOPSE
Rafa encontrara o local numa das suas habituais investidas às zonas sujas, e aquela espécie de barraca despertou-lhe imediatamente o interesse. Depois, dividido entre a atracção e a repulsa, perguntou-se se deveria guardar o segredo só para si ou partilhá-lo com os amigos. Mas que valor tem um tesouro que não pode ser mostrado?
Romance vertiginoso sobre um caso verídico que abalou o País, fascinante incursão nas vidas de uma vítima e dos seus agressores, Pão de Açúcar é uma combinação magistral de factos e ficção, com personagens reais e imaginárias meticulosamente desenhadas, que vem confirmar o talento e a maturidade literária de Afonso Reis Cabral.
DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789722065993 |
Editor: | Dom Quixote |
Data de Lançamento: | setembro de 2018 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 160 x 235 x 17 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 264 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722065993 |
OPINIÃO DOS LEITORES
Pão de açúcar
Alexandrina Andrade
Depois de "O meu irmão", "Pão de Açúcar" é o segundo livro que leio deste jovem autor português e para mim, a confirmação do seu grande talento. Livro com uma história dura, cruel, mas ao mesmo tempo enternecedora. E Afonso Reis Cabral consegue captar os ambientes sombrios e tristes de um janeiro que ficará para sempre na memória de todos. Linguagem sem filtros, sem paninhos quentes! Indispensável!
Enredo tocante e baseado em factos verídicos
Marisa Martins
Gisberta, Gi para os amigos, é uma transsexual brasileira que mora num prédio abandonado. Rafa, o personagem principal, é um adolescente que vive numa intuição de rapazes e tem nos seus amigos Nelson e Samuel os companheiros de tropelias. O enredo é tecido partindo do corpo da Gi a ser resgatado de um poço, com evidentes sinais de agressões e despido da cintura para baixo, até aos primeiros encontros com Rafa, bem como os percursos dos dois até ao trágico desfecho. Enredo tocante por ser baseado em factos verídicos, mas não achei a escrita fora de série
Pão de Açúcar
Marta Caeiro
O livro consegue de forma brutal e brilhante transportar o leitor para o local do crime e para um ambiente socialmente desfavorecido e neglicente, em que a impunidade é total. De forma nobre, Afonso Cabral Reis eterniza/imortaliza este terrível acontecimento indissociável da classe mais pobre e socialmente excluída em Portugal.
bom , mas esperava mais
maria joão araujo
Sobre a morte do travesti que vivia num edifício abandonado no porto e que foi violentado e morto por um grupo de meninos da oficina de São José no Porto. A história é vista de uma forma romanceada e choca pela forma como vemos a psicologia das pessoas que fizeram esta atrocidade.É bruta a forma de pensar destes meninos que com cerca de 12 anos tem tanta violência dentro deles. Pior, porque nunca pagaram devidamente o que fizeram e a maior parte não sente sequer remorsos pelo que fez. Vale a pena, mas não chegou a tocar me como o outro livro do autor.
Fantástico
Ana Almeida
Afonso Reis Cabral mais uma vez não desilude. O vencedor do prémio Leya 2014 regressa com mais um romance arrebatador. Esta não é uma história bonita, mas é uma história que precisa de ser contada. Afonso Reis Cabral tem uma forma de escrever e contar histórias única e peculiar. Adoro a sua escrita e adoro como contou esta história. Pão de Açúcar não é um livro leve, mas é um livro que todos deveriam ler. Mostra nos até onde o preconceito pode levar... Baseado numa história verídica este livro veio para nos mostrar o quão importante é a tolerância e o respeito por os outros. Completamente fantástico!
Vida sem valor
Jose M Guedes
Leitura fácil e muito expressiva de uma realidade oculta para a maioria das pessoas. A delinquência juvenil que emerge num submundo que está à nossa porta, para a qual a vida tem valor relativo.
Cruel, tenso e tão incrivelmente escrito
Filipa Batista
História que concilia a ficção com os factos ocorridos, culminando neste livro maravilhoso. As descrições que o autor faz das ruas típicas portuguesas e da interação do povo, tudo fluiu tão bem que dá gosto ler assim um livro da nossa terra. Depois a simplicidade da escrita de Afonso, sem floreados e sem filtros. Para mim, o autor destacou-se com esta personagem, isto porque podemos ver indiretamente o que passa na mente de Rafa e o porquê dos seus actos, não que os mesmos tivessem uma desculpa, mas sim porque há um motivo para qual Rafa se defende e age dessa forma. A sua evolução e constantes dinâmicas da personagem são tenuemente explicitas e que bom é contactar assim com uma personagem tão bem elaborada. Por outro lado, a Gisberta, é o símbolo da diferença e do estranho que é amparada pelos jovens. Porém o tabu social é mais forte na cabeça dos adolescentes e prevalece até ao fim! Prevalece da forma mais cruel e revoltante que é assim descrita escrupulosamente, devido ao detalhe que Afonso preserva tão bem na sua escrita.
quem sou eu quando sou em grupo?
antónio josé cravo
uma escrita despojada em que a linguagem define o território. um trabalho de investigação de onde brota uma análise de comportamentos individuais e em grupo. uma reflexão sobre a crueza da da notícia indo para além dela. o mundo do submundo. a extraordinária capacidade de afonso reis cabral de sentir o outro e dizê-lo. um livro poderoso que nos prende do princípio ao fim
Vale a pena conhecer a história
Carina F.
Li o livro em pouquíssimo tempo. A escrita é fluída e de fácil compreensão, trazendo com ela uma mistura de sentimentos e momentos de reflexão. Foi importante conhecer o outro lado da história contada nos artigos de jornais. Recomendo
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