Apesar de unidas pelo sangue e pela vaidade da sua estirpe, as duas fidalgas não podiam ser mais diferentes uma da outra. A primeira era uma mulher religiosa e recta; já a segunda - sua tia e cunhada - entregava-se sem pruridos a uma vida de luxúria, vivendo um romance pecaminoso com El-rei de Portugal.
A altivez e o poder dos grandes Távoras muito incomodavam a Sebastião José de Carvalho e Melo, Secretário de Estado. Tanto que, quando D. José I é vítima de um intrigante atentado, Sebastião José, futuro marquês de Pombal, tratou de os inculpar, prendendo-os em masmorras e conventos, sem poupar mulheres nem crianças. O Tribunal da Inconfidência, a que presidiu, torturou os réus e condenou-os a mortes cruéis. Por fim, baniu-lhes o nome, picou-lhes as armas de família, julgou tê-los calado para sempre. Mas tê-lo-á conseguido?
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789722536127 |
Editor: | Bertrand Editora |
Data de Lançamento: | maio de 2018 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 150 x 235 x 21 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 320 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722536127 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
Muito interessante
Elisa
Leitura interessanet com factos históricos que desconhecia!
História
Maria Santos
Adorei!
Muito bom
Patrícia Magalhães
Um livro de fácil leitura e que cativa de início ao fim. Recomendo
Uma boa História!
Elsa Coelho
Uma narrativa histórica muito bem elaborada que prende atenção do leitor. Não cansa, e deve ser lida por todos.
A História de Portugal no seu melhor
https //livrosgosto.blogspot.pt
Opinião: Maria João Fialho Gouveia aparece com um novo romance histórico, desta vez sobre Os Távoras, essa família tão perseguida pelo ministro de D. José, Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras, Marques de Pombal. As personagens principais são duas cunhadas D. Mariana Barbara e D. Teresa Tomásia. E não poderiam ser mais distintas. Enquanto a primeira é muito religiosa e está preocupada com a salvação do mundo, da sua alma e a importância em louvar Deus sob todas as coisas, a segunda acaba por se tornar amante do rei, estando muito mais interessada na luxuria, nas festas, e na sua felicidade no momento, no aqui e agora. Na verdade, o interessante neste livro é verificar que a família acaba por ter no seu seio um conjunto de pessoas completamente diferentes, mas que, acima de tudo, defendem o poder e o nome que assinam. Apesar das críticas, dos afastamentos e até dos contrastes, nos momentos de crise, nomeadamente aquando do terramoto de Lisboa, a família acaba por se proteger e por se unir por forma a que todos se salvem. Outro aspeto a salientar é o rigor histórico que a Maria João Fialho Gouveia põe na construção e desenvolvimento dos seus livros. Neste caso é tanto mais importante pois existe a ideia, incorreta, de que a família Távora deixa de ter descendentes após o tempo do Marques de Pombal, o que não corresponde, de todo, à realidade. Mais ainda, a autora fez uma escolha feliz ao centrar a ação do livro, no tempo anterior à perseguição e fuga, mostrando assim um clã que se souber divertir nos momentos certos ao mesmo tempo que construía o seu poder financeiro e social e, simultaneamente, desenvolvia a sua capacidade de sobrevivência. Por fim de notar a forma como o livro está escrito. Sem artificialismos, mas com uma correção linguística e literária que acaba por nos envolver e consegue levar-nos, como que de forma cinematográfica, a um tempo que não é o nosso. Realço a descrição do Terramoto de Lisboa, que é de um realismo e de um rigor histórico ímpar ao mesmo tempo que constrói uma descrição literária sublime. É, pois, uma obra que recomendo sem dúvidas algumas, para quem gosta de romances históricos em particular, ou para qualquer leitor que queira, para este verão, um livro com uma boa história e bastante bem escrito.
Epico
Mãrio Malheiro
Sabia que a historia de Portugal também proporciona excelentes romances históricos? Andamos cá há mais de oitocentos anos, por isso não faltam temas. Este é mais um, entre muitos, uma historia de poder e de vingança. Até parece que estou a falar de um grande autor estrangeiro. Não é, é portuguesa e merece toda a nossa atenção.
Os Távoras, uma história sempre interessante
Ana Seabra
Apesar de já conhecer a história da família Távora, na época do Marquês de Pombal, foi com muito agrado que li este livro. Com uma escrita interessante, a autora transporta-nos até ao séc. XVIII. Apesar de tudo o que fez, o Marquês de Pombal não conseguiu que os Távoras caíssem no esquecimento e deixassem de despertar interesse no leitor.