Os Milagres do Anticristo
de Selma Lagerlöf; Tradução: Liliete Martins
Na colina do Capitólio, em vez de um templo destinado a si mesmo, o imperador manda erguer o santuário Ara Coeli, o altar do céu, consagrado ao novo redentor do mundo. Uma réplica do ícone que o representa, com a inscrição O Meu Reino é Apenas deste Mundo passa de mão em mão, atravessando países e os conturbados movimentos políticos que marcam o novo século.
Das barricadas da Revolução Francesa, a falsa imagem chega a Diamante, uma pequena localidade no sopé do monte Etna, onde é colocada no altar-mor da igreja e adorada pela população pelos milagres que parecem dela provir, até se descobrir a sua verdadeira identidade.
Publicado originalmente em 1897, após o enorme sucesso obtido com A Saga de Gösta Berling, Os Milagres do Anticristo é um dos romances mais representativos de Selma Lagerlöf, pela primeira vez apresentado, em tradução do original, aos leitores portugueses.
«Entre as escritoras de grande talento e génio, nenhuma, na minha opinião, ocupa posição mais cimeira que Selma Lagerlöf.»
Marguerite Yourcenar
«Mais nenhum outro romancista europeu consegue contar histórias tão inesquecíveis.»
Hermann Hesse
«A escrita de Lagerlöf não deixa nenhum leitor indiferente.»
Die Welt
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789896230777 |
Editor: | Cavalo de Ferro |
Data de Lançamento: | março de 2008 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 149 x 235 x 24 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 352 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789896230777 |
Lobo em pele de cordeiro?
Marcos Helena
Selma Lagerlöf é conhecida pelas suas infinitas candura, ingenuidade e benevolência. Será esse certamento o caso nos seus contos. Ao compararmo-nos com o "munus" moral que esta maestrina da palavra nos elenca, não podemos deixar de entrar nessa candência rítmica, recaindo sobre a nossa existência pecaminosa uma (auto)censura flagrante! Não obstante, nesta obra, "Os Milagres do Anticristo", a autora dá argumentos para a necessidade de nos pôr a repensar as nossas faltas. De facto, trava-se, ao longo de toda a trama, um conflito entre o catolicismo e o socialismo. E sabe que mais? Não é que parecem ser ambos fontes milagreiras, origem de múltiplas e semelhantes felizes vicissitudes !? Mas deixará a dócil "manipuladora" de emoções que haja no seu próprio livro dois Bens? Onde está afinal o Mal que permite a existência do Bem? A sra. Lagerlöf explora ao mais alto nível o ser religioso que o Homem é e a sua necessidade veemente de se projectar no divino ou na desconhecida regra/excepção do mundo, como queira.