O Mundo Não é Chato

de Caetano Veloso

editor: Quasi Edições, outubro de 2007
ESGOTADO OU NÃO DISPONÍVEL
VENDA O SEU LIVRO i
Música, cinema, literatura, teatro, política, o Brasil. Eis o mundo de Caetano Veloso.

O seu pensamento original, forte, desconcertante, está reunido aqui, em textos que vão de 1961 a 2005, escritos para jornais, revistas, contracapa de discos, prefácios, conferências, além de inéditos.

Ninguém desconhece a importância de Caetano Veloso na história da música brasileira. Mas é provável que muitos se surpreendam com este livro, que confirma o perfil do Caetano escritor, trazido à luz em Verdade Tropical (Quasi, 2003).

A organização deste volume ficou a cargo do poeta e crítico Eucanaã Ferraz, também responsável pela organização das letras de Caetano em Letra Só (Quasi, 2003). Ele afirma no seu texto de abertura: "A escrita de Caetano impressiona sobretudo por sua visão dos matizes a meio de uma coisa e outra, por sua procura extremada, e nunca concluída, por um ponto em que instalar a palavra, apta a exercer sua razão ética, estética e política". E ainda: "Estamos definitivamente diante de um olhar político sobre as coisas". De facto, a inteligência que se desdobra e se exercita nestas páginas com humor, violência, provocação, tem um sentido grave de intervenção cultural.

O Mundo Não é Chato

de Caetano Veloso

Propriedade Descrição
ISBN: 9789895523061
Editor: Quasi Edições
Data de Lançamento: outubro de 2007
Idioma: Português
Dimensões: 234 x 154 x 30 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 352
Tipo de produto: Livro
Coleção: Sonora
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Memórias e Testemunhos
EAN: 9789895523061
Caetano Veloso

Poeta, compositor e cantor brasileiro, irmão de Maria Bethânia, Caetano Emanuel Teles Viana Veloso nasceu em 1942, no estado da Baía. Desde pequeno, Caetano revelou pendores artísticos, demonstrando gosto por música, desenho e pintura. Na rádio, ouve os cantores da música brasileira em voga, como Luiz Gonzaga; na cidade, os sambas de roda e os pontos de macumba. Em 1952, faz uma gravação única, para desfrute familiar, cantando "Feitiço da Vila" (de Vadico e Noel Rosa) e "Mãezinha querida" (de Getúlio Macedo e Lourival Faissal), hit de Carlos Galhardo. Ao piano, quem o acompanha é a irmã Nicinha. Quatro anos mais tarde, fica uns tempos no Rio de Janeiro, onde frequenta o auditório da Rádio Nacional, palco de apresentações dos maiores ídolos musicais brasileiros de então. Em 1960, muda-se com a família para Salvador, onde prossegue os seus estudos.

A partir daí, intensifica-se o seu interesse por música - graças à bossa nova, particularmente ao cantor e violonista baiano João Gilberto; por cinema - graças ao Cinema Novo, particularmente ao diretor Glauber Rocha, também baiano; e por teatro. Na universidade local, a programação de eventos proporcionou-lhe um ambiente modernizador e vanguardista. Enquanto absorvia essa atmosfera, Caetano escreveu críticas de cinema para o Diário de Notícias , cuja secção cultural é dirigida por Glauber Rocha. Ele aprende a tocar viola e canta com a irmã Maria Bethânia nos bares de Salvador. Na TV, aprecia quando, às vezes, aparece um cantor novo, chamado Gilberto Gil. É numa dessas aparições que a sua mãe, a senhora Canô, o chama: "Caetano, vem ver o preto que você gosta".

Em 1963, Caetano Veloso entra na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Finalmente conhece Gilberto Gil, a quem é apresentado pelo produtor Roberto Santana, Gal Costa (ainda Maria da Graça, na época) e Tom Zé. O primeiro trabalho musical surge no seguimento desses contactos. Ainda neste ano, Caetano compôs a banda sonora da peça "O boca de ouro", de Nelson Rodrigues, do diretor baiano Álvaro Guimarães, que o convida também para compor a banda de "A exceção e a regra", de Bertolt Brecht. Estes trabalhos foram as primeiras expressões artísticas do cantor e tiveram um papel decisivo na sua decisão de se tornar cantor-compositor.

No ano seguinte, em junho, no programa televisivo "Nós, por exemplo", com Caetano, Gil, Bethânia, Gal e Tom Zé, entre outros, o cantor integra os eventos de inauguração do Teatro Vila Velha. Uma agradável mistura de canções e textos, o programa "Nós, por exemplo" acabará por influenciar a conceção de espetáculos semelhantes que virão a ser feitos no Rio de Janeiro e em São Paulo pouco depois.

O ano de 1965 estabelece um marco de particular importância para Caetano: em Salvador, conhece João Gilberto - para ele um dos artistas mais importantes do Brasil e uma das principais referências do seu trajeto artístico. Abandona a faculdade e acompanha sua irmã Bethânia, chamada ao Rio para substituir Nara Leão no espetáculo "Opinião". Gil, Gal e Tom Zé também se transferem para o Sul do Brasil. Em maio, Caetano grava o seu primeiro single , com dois temas, "Cavaleiro" e "Samba em paz", ambos de sua autoria, pela RCA. A sua irmã, Maria Bethânia, lança "É de manhã", um original de Caetano. Ainda nesse ano, a colaboração de Caetano com Gil, Gal, Bethânia e Tom Zé continuou no espetáculo "Arena canta Bahia". Em 1966, concorre, como compositor, ao Festival Nacional da Música Popular, em São Paulo, com o tema "Boa palavra", interpretado por Maria Odette. A canção consegue o quinto lugar. Ainda neste ano, recebe o prêmio de melhor letra no 2.º Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, com a canção original "Um dia".

Em julho de 1967, assina com a Philips e lança o LP de estreia, Domingo , dividido com Gal Costa; do repertório, constam "Coração vagabundo" e "Avarandado", entre outras. O disco mostra uma filiação do artista ao estilo da bossa-nova; no texto na contracapa, um aviso: "Minha inspiração agora está tendendo para caminhos muito diferentes dos que segui até aqui". O movimento tropicalismo estava já em marcha, revolucionando as estéticas artísticas e culturais da sociedade brasileira. No ano seguinte, edita o seu primeiro LP individual, de título homónimo. Deste disco destacam-se alguns grandes sucessos como "Alegria, alegria", "Tropicália", "Soy loco por ti, América" (de Gil e Capinan), "No dia que eu vim-me embora" e "Superbacana". A carreira de Caetano estava definitivamente lançada no trilho do sucesso. Todavia, ainda neste ano, em plena ditadura no Brasil, Caetano é preso, na companhia de Gilberto Gil, por alegado desrespeito ao hino e à bandeira brasileira. Ambos são libertados poucos meses depois.

A carreira de Caetano é prosseguida com variadas gravações e participações especiais das quais se destacam Caetano Veloso (1969), Araçá Azul (1973), Muitos Carnavais (1977), Bethânia e Caetano (1978), Outras Palavras (1981), Totalmente Demais (1986), Caetanando (1987), Livro (1997). Publicou os livros Alegria, Alegria (1977) e Verdade Tropical (1997), narrando neste último alguns acontecimentos da sua vida. Contracenou em vários filmes e realizou, em 1986, O Cinema Falado . É considerado um autor original e decisivo na moderna evolução da música brasileira, principalmente ao nível da criação literária. No ano 2000 ganhou o prémio grammy para o melhor disco na categoria de world music , com o seu álbum Livro .

Posteriormente, edita, entre outros, o disco Noites do Norte (2001), um álbum que regista um som simples e grandioso, reeditado ao vivo no mesmo ano, o disco Eu Não Peço Desculpa (2002), com Jorge Mauttner, o livro Letra Só (2003), a coletânea de êxitos Antologia (2003) e o álbum Cê (2006), que revela uma fase musical mais rebelde e provocadora..

Da sua carreira constam também as participações na banda sonora dos filmes Habla Con Ella , de Pedro Almodóvar, onde o cantor aparece cantando "Cucurucucu Paloma", e Frida , filme galardoado com o Óscar de Melhor Banda Sonora, com a interpretação do tema "Burn it Blue", por Caetano e Lila Downs.

(ver mais)
Música de Philip Glass

Música de Philip Glass

10%
Quasi Edições
16,95€ 10% CARTÃO
Diálogo de Vultos

Diálogo de Vultos

10%
Quasi Edições
10,08€ 10% CARTÃO
Letras

Letras

10%
Companhia das Letras
19,76€ 21,95€
portes grátis
Verdade Tropical

Verdade Tropical

10%
Companhia das Letras
21,90€ 10% CARTÃO
portes grátis