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editor: Documenta, setembro de 2021
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O Holocausto é uma consequência — estritamente lógica — da Razão ocidental. Tal é a tese central que este breve, imenso livro enuncia.

«A importância deste livro para a compreensão do nazismo (no interior do «fenómeno geral das ideologias totalitárias») consiste em pensá-lo a partir da questão da identidade. Ou seja, da relação entre o próprio e o impróprio — relação constitutiva de qualquer identificação, quer esta seja individual ou colectiva. No caso do nazismo, isto é, do totalitarismo especificamente alemão, aquela relação expressa-se no elemento da raça, levando os autores a propor uma primeira definição do nazismo enquanto ideologia racista.
Desfazendo a oposição entre mythos e logos, este livro concretiza a intuição de Hannah Arendt sobre o eidos de uma ideologia: a lógica de uma ideia que pretende explicar a totalidade da história conformando o mundo à sua imagem. Os autores rejeitam assim como perigosa e simplista a caracterização do nazismo enquanto fenómeno puramente irracional, demonstrando como aquele se impôs através de uma exploração consciente e deliberada dos movimentos reflexos e miméticos mobilizados pela função exemplar do mito. De forma consequente, neste contexto metafísico de análise, o mito é então tomado, não como um conteúdo particular (tal ou tal mitologia germânica), mas enquanto meio de identificação — de um indivíduo ou de um povo inteiro. Tal é a razão pela qual o livro pensa o mito (nazi), no singular, sem se deter nos mitos ou nas mitologias que alimentaram e fortificaram o movimento nazi.»
Sara Belo e Tomás Maia

«Que tenhamos assim, sempre, certas contas a prestar e a prestar-nos, que estejamos sempre em dívida ou em dever de memória, de consciência e de análise, eis o que reconhece uma maioria dos nossos contemporâneos. Contudo, as suas razões e os seus fins nem sempre são muito claros nem muito satisfatórios. Apela-se à vigilância face aos possíveis retornos — é esse o mote do nunca mais!. E, de facto, a actividade ou a agitação das extremas-direitas nos últimos anos, o fenómeno de «revisionismo» acerca da Shoah, a facilidade com que os grupos neonazis surgem na ex-Alemanha de Leste, os fundamentalismos, nacionalismos e purismos de toda a espécie, de Tóquio a Washington e de Teerão a Moscovo — tudo isto contribui para exigir essa vigilância.»
Philippe Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy

O Mito Nazi

de Philippe Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy

Propriedade Descrição
ISBN: 9789899006980
Editor: Documenta
Data de Lançamento: setembro de 2021
Idioma: Português
Dimensões: 145 x 205 x 5 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 72
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Ciências Sociais e Humanas > Filosofia
EAN: 9789899006980

Para lá do óbvio

alexandre dale

Começam a tornar-se de uma abundância bizarra os romances sob e sobre a temática nazi, com especial relevo para o campo de Auschwitz. Não irei alongar-me muito acerca da obscenidade que esse tipo de escritos me parece encerrar, no seu despudorado voyeurismo - mas, principalmente, na sua total falta de noção. O nazismo não é um ´´tema´´, mas um ponto charneira do pior da humanidade: define um antes e um depois. E se isso, no cristianismo, se veste de boa nova, com o nazismo não se consegue, nunca, seja em que circunstância, sair do mais desesperado horror. O ´´dava um filme´´ não colhe aqui. Nem o ´´dava um livro´´. Todavia, isso não impede que se possam fazer, essas sim, necessárias, reflexões acerca do que o nazismo realmente foi. Este livro constitui uma dessas reflexões e, pela sua natureza de excepção, merece tantos leitores quanto possível. Nem que fosse para os distrair dessoutras ´´estórias´´ oportunistas e espúrias.

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