SINOPSE
Esta obra de Edgar Morin traduz, com relativa simplicidade, o processo de formação e consolidação da indústria cultural no século xx e os seus desdo-bramentos na vida prática das pessoas. É a visão de um pensador que vê o processo ainda em formação (o livro foi escrito nos anos 60), mas que já
apresenta a lucidez quase teleológica de poder prever o que vai acontecer
(e acerta, em quase todas as previsões). A indústria cultural tem gerado discussões acaloradas no meio académico. É palavra obrigatória nos primeiros anos dos cursos de Comunicação.
É tema recorrente em Benjamin, em Adorno. Em Morin, o assunto é acessível, a análise é feita a partir da recolha do que há de cultural dentro da indústria cultural. A indústria cultural gera uma cultura. É sobre essa cultura (de massas) que Morin vai fazer a sua análise. Isola os mitos dessa nova cultura, os ícones que ela produziu, os comportamentos que ela nos propõe, para entender o processo cultural que atravessámos no século xx. Acima de tudo, é uma análise antropológica, contextualizada, bem fundamentada.
Há três décadas atrás não havia internet, telemóveis. O mundo marxista ainda existia e tinha o seu próprio estilo de fazer indústria cultural de massa (Morin analisa-a, superficialmente). O livro transmite-nos o sabor de uma era passada. Mas, talvez, nisso mesmo esteja uma de suas maiores virtudes: Morin não previu este mundo exatamente como ele é hoje, mas analisou o mundo que via nessa época e traça, com bastante precisão, as linhas de desenvolvimento que nos levam a ver que internet e mundos virtuais são apenas novas versões de um mesmo e novo problema para os analistas sociais: compreender uma cultura que nasce, cresce e vive para o consumo. Um consumo cada dia mais intenso, mas simbólico, mas neurótico. Morin faz um belo diagnóstico da nossa doença, mas não tem a pretensão de apresentar a cura.
O debate ainda exigirá muitas páginas de muitos livros. Este é apenas mais um deles, mas, certamente, um dos melhores e mais bem escritos.
É tema recorrente em Benjamin, em Adorno. Em Morin, o assunto é acessível, a análise é feita a partir da recolha do que há de cultural dentro da indústria cultural. A indústria cultural gera uma cultura. É sobre essa cultura (de massas) que Morin vai fazer a sua análise. Isola os mitos dessa nova cultura, os ícones que ela produziu, os comportamentos que ela nos propõe, para entender o processo cultural que atravessámos no século xx. Acima de tudo, é uma análise antropológica, contextualizada, bem fundamentada.
Há três décadas atrás não havia internet, telemóveis. O mundo marxista ainda existia e tinha o seu próprio estilo de fazer indústria cultural de massa (Morin analisa-a, superficialmente). O livro transmite-nos o sabor de uma era passada. Mas, talvez, nisso mesmo esteja uma de suas maiores virtudes: Morin não previu este mundo exatamente como ele é hoje, mas analisou o mundo que via nessa época e traça, com bastante precisão, as linhas de desenvolvimento que nos levam a ver que internet e mundos virtuais são apenas novas versões de um mesmo e novo problema para os analistas sociais: compreender uma cultura que nasce, cresce e vive para o consumo. Um consumo cada dia mais intenso, mas simbólico, mas neurótico. Morin faz um belo diagnóstico da nossa doença, mas não tem a pretensão de apresentar a cura.
O debate ainda exigirá muitas páginas de muitos livros. Este é apenas mais um deles, mas, certamente, um dos melhores e mais bem escritos.
DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789897590580 |
Editor: | Instituto Piaget |
Data de Lançamento: | outubro de 2015 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 158 x 234 x 13 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 234 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Epigénese, Desenvolvimento e Psicologia |
Classificação temática: | Livros em Português > Ciências Sociais e Humanas > Sociologia |
EAN: | 9789897590580 |
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