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O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha I

Livro 1

de Miguel de Cervantes

editor: Publicações Europa-América, abril de 1983

O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha I

de Miguel de Cervantes

Propriedade Descrição
ISBN: 9789721007703
Editor: Publicações Europa-América
Data de Lançamento: abril de 1983
Idioma: Português
Dimensões: 113 x 177 x 16 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 232
Tipo de produto: Livro
Coleção: Livros de Bolso / Europa América
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 5601072408524
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
Miguel de Cervantes

Romancista, dramaturgo e poeta espanhol. Foi o criador de "D. Quixote" (1605) e é considerado uma das figuras mais importantes da literatura espanhola. Nasceu em 1547, em Alcalá de Henares, Espanha, e morreu em 1616, em Madrid. Depois de ter estudado em Madrid, Cervantes partiu para a Itália e tornou-se soldado. Participou na batalha marítima de Lepanto, em 1571, na qual perdeu o uso da mão direita. Passadas muitas aventuras, incluindo cinco anos de captura nas mãos dos turcos, regressou a Espanha, em 1580.
Em 1585 escreveu "La Galatea", o seu primeiro livro de ficção, no novo estilo elegante da novela pastoral. Com a ajuda de um pequeno círculo de amigos, que incluía Luis Gálvez de Montalvo, o livro deu a conhecer Cervantes a um público sofisticado. As últimas edições em espanhol surgiram em Lisboa, em 1590, e em Paris, em 1611. Na mesma altura, durante a "idade de ouro" do teatro espanhol, também se dedicou ao drama. Em 1585 foi contratado para escrever peças para Gaspar de Porras. A que mais se destacou foi "La Confusa", considerada por Cervantes a melhor que alguma vez criou. Escreveu cerca de vinte ou trinta peças teatrais, mas apenas duas sobreviveram: "El Trato de Argel" e "La Numancia". Seguiu-se uma pausa na sua carreira literária. Depois de falhar como dramaturgo e de verificar que não conseguiria viver apenas da literatura, tornou-se comissário de aprovisionamento da Armada Invencível, em 1587.
Em 1604 Cervantes vendeu os direitos da primeira parte da novela "El ingenioso hidalgo Don Quixote de la Mancha". Em Janeiro do ano seguinte, a obra foi publicada e tornou-se um sucesso imediato. Em Agosto do mesmo ano, foram realizadas várias edições: duas em Madrid, duas em Lisboa e uma em Valência. Num curto espaço de tempo, o nome de Miguel de Cervantes passou a ser tão conhecido em Inglaterra, em França e em Itália, como em Espanha.
Em 1613 foram publicadas doze pequenas histórias, à maneira italiana, as "Novelas Ejemplares", cujo prólogo continha a única imagem autêntica do autor. No mesmo prólogo, Cervantes reivindica-se como o primeiro a escrever novelas originais em castelhano. Em 1614 foi publicado a "Viage del Parnaso", com o objetivo de glorificar um grande número de poetas contemporâneos e satirizar outros. É um longo poema alegórico, de escárnio mitológico e escrito em forma satírica, com um pós-escrito em prosa. Em 1615, depois de perder todas as esperanças de ver as suas peças em palco, oito delas foram publicadas em conjunto com oito interlúdios cómicos, com o título de "Ocho Comedias y Ocho Entremeses Nuevos". Posteriormente, esta obra foi reconhecida como uma das melhores do género. Em 1615 Alonso Fernández de Avellaneda, admirador de Lope de Vega, publicou, em Tarragona, a "Segunda parte del ingenioso Cavallero Don Quixote de la Mancha". No prólogo, Avellaneda insultou Cervantes que, como era esperado, lhe respondeu de uma forma mais comedida. Em 1616 a obra foi publicada em Bruxelas e em Veneza e, um ano depois, em Lisboa. A grande maioria das pessoas consideram esta segunda parte mais rica e mais profunda do que a primeira.
Nos últimos anos de vida, Cervantes trabalhou em várias obras, tais como "Bernardo", o nome lendário de um herói épico espanhol; "Semanas del Jardín", uma coleção de fábulas; e a continuação de "La Galatea". A única publicada postumamente foi "Los Trabajos de Pérsiles y Segismunda, história setentrional", em 1617. Nessa obra, Cervantes procurou renovar os romances heróicos de aventura e de amor, à maneira de "Aethiopica" de Heliodorus. Explorou, assim, o potencial mítico e simbólico do romance. Na dedicatória, escrita três dias antes de morrer, Cervantes despediu-se comovidamente, dizendo-se "com um pé já no estribo". Miguel de Cervantes morreu em 1616, possivelmente vítima de hidropisia, de arteriosclerose ou de diabetes, parecendo ter alcançado uma serenidade final de espírito.
© 2003 Porto Editora, Lda.

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