O Carteiro de Auschwitz

Joe conta-nos por tudo o que passou e sentiu durante todos os anos que foi obrigado a trabalhar para os alemães. Admiro a coragem e humildade que Joe teve com todos os outros, não é qualquer pessoa que quando arranja algo para comer e estando a passar fome a tanto tempo, ainda vai partilhar com os outros prisioneiros. Foi o primeiro livro que li em que retratou o que se passou antes de os prisioneiros irem para os campos de concentração, e o livro cativou-me ainda mais por falar dessa parte em que geralmente a maioria dos livros não fala, pelo menos, todos os que li até ao momento, já contavam os acontecimentos no campo de concentração. O único aspeto que falhou, pelo menos no meu ponto de vista, é os capítulos serem muito longo.Não sei se vocês também sentem isto, mas eu quando os capítulos são longos tendo a cansar-me mais na leitura e muitas vezes a sentir que o livro não tem fim, também poderá ter sido por ler em ebook.

Um relato muito cru e direto das atrocidades presenciadas por este rapaz na II Guerra Mundial. Os sentimentos e emoções estão extremamente bem descritas e a narrativa evoca a amizade, a empatia e o altruísmo. A fome, o trabalho escravo e as más condições de sobrevivência estão bem presentes nesta história emocionante. O quotidiano em Auschwitz, descrito por Joe, é de nos deixar à beira das lágrimas e com o coração nas mãos, quer seja pelos milhões de pessoas assassinadas nos campos de concentração, pelas crianças que perderam os pais ou pelo frente a frente diário com a morte por parte destas pessoas. Joe é uma personagem consistente que tem uma evolução incrível ao longo da história. Extremamente corajoso, bondoso e resiliente é como posso melhor descrever este homem que me cativou desde o início da história.

Já li muitos livros da Segunda Guerra, de testemunhos e ficções, mas não tenho qualquer dúvida, que este teve a sua marca. É imensamente profundo, duro, as emoções estão tão presentes. A crueldade é descrita de forma límpida, sem floreados. A resiliência, a força mental é um pulsar do livro. Gostei muito.

É difícil explicar toda a maldade e angústia que as páginas deste livro acarreta. Desde trabalhos duros e desumanos a dias sem comer para além de um pouco de pão. Decidido em ajudar a sua família, Joe toma o lugar do seu pai em muitos destes trabalhos que exigiam um grande esforço e que, caso tivessem azar, eram fatais. A certa altura, Joe vê um pouco de esperança quando vai trabalhar para uma quinta e consegue, de vez em vez, juntar alguma comida para levar para a sua família, mas, passado algum tempo, vê-se obrigado a fugir e a refugiar-se na floresta com alguns ex-prisioneiros russos. Ainda que a comida fosse escassa, Joe partilhava o pouco que tinha.. A resiliência e coragem de Joe é, de alguma maneira, reconfortante. Joe partilhava a escassa comida que tinha com os outros. Joe arriscava a vida pelos outros sem pedir nada em troca. Salvou muitos judeus da morte e da fome. Este livro é duro, é um puro confronto com aquela que foi a realidade de muitos que não conseguiram sobreviver para contar a sua história. Apesar de todo o sofrimento e infortúnio, Joe faz-nos chegar este testemunho que qualquer ser humano deve ler e não esquecer. Relembrar é não deixar morrer, e é urgente que estes testemunhos nunca morram na memória dos seus leitores, para que jamais volte a acontecer. É dos melhores e mais completos testemunhos do holocausto. É muito pesado, um relato que custa a ler, de leitura lenta e intensa. São páginas de sofrimento e sobrevivência.

Um verdadeiro testemunho de sobrevivência que todos deviam de ler. Simplesmente magnifico.

Sem palavras. Uma história impressionante de um jovem com um coração enorme. Nunca pensou apenas nele e privou-se a si para ajudar o próximo. Recomendo a leitura!

Nem imagino a coragem necessária para os sobreviventes do Holocausto conseguirem narrar desta forma as suas memórias, tenebrosas memórias, memórias de um autêntico inferno na terra, especialmente passados tantos anos e as recordarem com esta intensidade... Algo incrível nestas memórias que agora surgem, especialmente de Auschwitz - não, não estão só agora a escrever sobre isto nem é uma moda repentina, não da forma algo difamatória como está a ser criticada, mas sim, nota-se um certo aproveitamento nesta temática de Auschwitz, mas.... - tem de se ter em conta que aqui em Portugal, ultimamente estão a traduzir mais livros destes em massa, por isso parece uma "moda", mas este livro, por exemplo, foi originalmente publicado em 2001, e espero que continuem a traduzir muitos mais, mas nestes casos de relatos verídicos em Auschwitz há outras narrativas de pessoas que o viveram e apesar de não se mencionarem uns aos outros, quem lê este tipo de livros apercebe-se de que estas pessoas se cruzaram, quem sabe até se falaram, conviveram, ou quem sabe, num campo tão desalmadamente grande e aglomerado, talvez nunca se tenham visto, mas conheceram as mesmas pessoas, viveram as mesmas atrocidades e assistiram à mesma desumanidade, e contam esses acontecimentos de forma muito semelhante, por exemplo: na questão Mengele, há um cruzamento destas vidas, no livro «As gémeas de Auschwitz» ou no filme «Playing for time», e outros que tenho lido e visto em que há acontecimentos verídicos que cada um narra da forma como o viveu, como por exemplo, os contactos directos com Mengele ou a explosão de um dos crematórios como sabotagem do "Underground"... Nota-se na leitura que a narrativa volta e meia dá voltas sobre o mesmo, repetindo-se, mas é o que torna esta leitura fascinante, pois é como se estivéssemos a acompanhar as memórias em directo, como se estivéssemos a ter uma conversa com o autor, como se ele estivesse a partilhar de uma forma íntima os seus sentimentos, a sua história, a sua dor e alegria directamente connosco... Venham mais relatos, precisamos de muitos, pois nota-se cada vez mais que a história está a ficar esquecida, há até quem não acredite! Havia judeus em campos que não acreditavam no que acontecia noutros campos, especialmente em Auschwitz e Dachau, e se eles que passavam por horrores não queriam acreditar em crematórios e em câmaras de gás, imaginem quem apenas dá esta matéria por alto na escola ou quem nunca é sequer confrontado com esta parte negra da história da humanidade! Só lamento pelos milhares de relatos perdidos, que nunca chegaram a ser contados, diários destruídos, e traumas demasiado dolorosos para se colocar por escrito...

. Como sabem eu adoro o tema deste livro! Acho que é um tema importante e que deve ser falado. E este livro devia ser leitura obrigatória! Ultimamente quando lemos um livro sobre a Segunda Guerra Mundial, ele está meio que romantizado, mas, neste livro isso não acontece, neste livro levámos com uma história forte, pesada e crua sobre o que aconteceu de facto na Segunda Guerra Mundial e nos campos de concentração! O Joe descreve o que aconteceu de uma forma real, nítida e chegámos a sentir as barbaridades, a fome e o desespero que tantas pessoas passaram. Ele superou o insuperável, passou fome, frio, foi agredido inúmeras vezes, perdeu a sua família, foi operado a sangue frio, sem nenhuma anestesia! Uma das partes que me fez mais impressão foi quando ele disse que quando estava a ser operado a sangre-frio e sem anestesia sentia o cheiro a porco da sua própria carne a ser queimada! É indescritível o que eles viveram. É cruel e surreal, e este livro é tão real... Que uma pessoa chega a ficar sem palavras...

"O carteiro de Auschwitz" traz-nos o relato de sobrevivência de Joe Rosenbulm. Intenso, duro mas que vale muito a pena conhecer Essencial conhecer este livro para que a história não se esqueça!

Mais um livro apaixonante para quem se interessa pelas vivências de Auschwitz! Surpreende.

Uma narrativa de coragem e esperança. Sem dúvida um livro a não perder!

A comovente história verdadeira de um jovem a quem tentaram roubar a vida e os sonhos. Um sobrevivente do Holocausto e toda a crueldade que ali semearam. Dotado de uma enorme inteligência, espírito de sacrifício e resiliência, absolutamente inspirador, um privilégio para quem tem oportunidade de ler esta magnifica obra.

Para quem tem interesse pelo tema (II Guerra Mundial, Nazis, Auschwitz...), aconselho a leitura, embora seja da opinião que já li livros sobre a referida temática mais interessantes, uma vez que a história tem algumas passagens repetitivas, o que a torna um pouco aborrecida. No entanto, não deixa de ser uma leitura interessante.

Doi! Bate mesmo ali naquele pequenino ponto onde as estórias duras doem, mas vale a pena! Tanto a pena...

Provavelmente por ser leitora assídua de livros autobiográficos ou não desta época negra da nossa história acho que existem livros francamente melhores e que recomendo vivamente que sejam lidos. Escrita pouco rica e, por vezes, repetitiva

Não deixar de ler!

Esta é mais uma história notável sobre o que foi o período nazista. O autor e, protagonista, descreve as situações de um modo pragmático que envolve o leitor na própria história. Peca apenas por ser muito repetitivo o que provoca algum enfado.

Fácil leitura para quem interesse e curiosidades do que se passou em Auschwitz