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Mar da Palavra, dezembro de 2015
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Um poema, uma espada!...
Não. Breves embora, passíveis de plantação em rego seguido sem a cesura do verso, os poemas de Fernando Miguel Bernardes são poesia mesmo e não prosa! Que eu declaro «poesia» essa forma incisiva de, mesmo em vestes ralas, se querer abrigar o Mundo, desvendar as almas, rasgar horizontes - qual fulgente espada!
«Notas de viagens» sugeriria, como título, apontamento de etnógrafo, impressões de viajante mui deslumbrado com as aparências do típico, obediente ao que ao guia lhe apetecesse mostrar: Torre Eiffel, pirâmides de Gizé, oloroso casbá de Marraquexe, o Nilo, o Douro e o Sena… Não há guia aqui, porém, a não ser a águia de olhar bem perspicaz, Homem inteiro de visão bem funda, Irmão que sente e que pensa!
«Ritmos e mitos».
O ritmo é o que cada qual lhe quiser dar - que o Poeta é livre e quer libertar também. Preferirá, sem dúvida, um caminhar sereno, a saborear palavras, a degustar sentimentos…
Os mitos são os de sempre: por labirintos de Creta nos levam; de Cérbero, o cão, há que libertar-nos; por Fénix renascida suspiramos…
Viagem esta pelo mundo e pelo tempo, inebriada de pinceladas prenhes de uma Cultura sabiamente adquirida e mui oportunamente revisitada. Eterno convite!
Que mais se aprecia? Não é nada fácil a escolha. «Tudo!» - resposta certa seria; mas ninguém acreditava, ainda que seja essa a verdade. Há, todavia, sementeira plena de reflexões maduras, com paragens onde a palavra é mais espada e mais célere, por isso, o sangue depressa ao coração aflui, num rompante.
Tudo, afinal, é convocado por Fernando Miguel Bernardes. Os homens de antanho, sim; os homens de agora também. Filósofos, operários, crianças, o colibri, a codorniz, a andorinha, o melro, urubus (!), a flor do alecrim, a poderosa formiga que ousou passear-se por sobre a mesa em Havana, a banda e o coreto, moinhos de D. Quixote, o diamante e as minas, o Nero antigo das Twin Towers de agora… Tudo!... E da mais ínfima partícula jorram a inspiração e a voz. Sim, que versos destes são para ler com os olhos mas muito mais apetece gritá-los, atirá-los ao vento madrugada afora, gota feliz na pétala rubra da rosa! «Nasceu fulva a manhã nos teus cabelos…». Em bailia: «Abril bonito / Abril das rosas / pares no jardim / tardes formosas!...». «Passa lá um rio / Bate lá o mar»!
A cereja: quem a tirou do cesto é dela merecedor? Assim venha por bem quem a semente quis regar na frescura do suor. Horror de mãos ocultas a colher doutrem as frutas!...
A perdiz: mil tombaram na caçada! «Onde o frumento não nasce, a perdiz não pasce» - e o clangor ecoa «pela seca vasta planura alentejana». Tem de ecoar!
Lapidar a legenda «para um portal no Bairro Alto»: «O mar ao luar tem cabelos de prata… Saudade doce mal… com absinto se trata!». Vês? Não há jeito assim - que não respiras a dizer e vai tudo de carreirinha! E não é!... São oito os versos e nem quadra querem ser. Ora vê:
O mar
ao luar
tem cabelos
de prata…
Saudade
doce mal…
com absinto
se trata!
Tem outro condão, está claro. E desta sorte, com vagar, se vai sorvendo o absinto - que isso é a saudade nossa, lenta, doce e amarga, como outro Poeta falou…
E é lindo o diamante em teu regaço; vertiginoso, o bólide leva ao rubro a multidão - já pensaste? Vê mais longe - que de tísica morreu o garimpeiro e de silicose o mineiro feneceu!...
Abraçamos o mundo. Sentimo-nos gente no meio da multidão. Gente com nome. Pessoas!
Por isso voluntariamente me deixei ferir, imolado, por esta espada fulgente!
Cascais, 19 de Dezembro de 2013
José d’Encarnação
Não. Breves embora, passíveis de plantação em rego seguido sem a cesura do verso, os poemas de Fernando Miguel Bernardes são poesia mesmo e não prosa! Que eu declaro «poesia» essa forma incisiva de, mesmo em vestes ralas, se querer abrigar o Mundo, desvendar as almas, rasgar horizontes - qual fulgente espada!
«Notas de viagens» sugeriria, como título, apontamento de etnógrafo, impressões de viajante mui deslumbrado com as aparências do típico, obediente ao que ao guia lhe apetecesse mostrar: Torre Eiffel, pirâmides de Gizé, oloroso casbá de Marraquexe, o Nilo, o Douro e o Sena… Não há guia aqui, porém, a não ser a águia de olhar bem perspicaz, Homem inteiro de visão bem funda, Irmão que sente e que pensa!
«Ritmos e mitos».
O ritmo é o que cada qual lhe quiser dar - que o Poeta é livre e quer libertar também. Preferirá, sem dúvida, um caminhar sereno, a saborear palavras, a degustar sentimentos…
Os mitos são os de sempre: por labirintos de Creta nos levam; de Cérbero, o cão, há que libertar-nos; por Fénix renascida suspiramos…
Viagem esta pelo mundo e pelo tempo, inebriada de pinceladas prenhes de uma Cultura sabiamente adquirida e mui oportunamente revisitada. Eterno convite!
Que mais se aprecia? Não é nada fácil a escolha. «Tudo!» - resposta certa seria; mas ninguém acreditava, ainda que seja essa a verdade. Há, todavia, sementeira plena de reflexões maduras, com paragens onde a palavra é mais espada e mais célere, por isso, o sangue depressa ao coração aflui, num rompante.
Tudo, afinal, é convocado por Fernando Miguel Bernardes. Os homens de antanho, sim; os homens de agora também. Filósofos, operários, crianças, o colibri, a codorniz, a andorinha, o melro, urubus (!), a flor do alecrim, a poderosa formiga que ousou passear-se por sobre a mesa em Havana, a banda e o coreto, moinhos de D. Quixote, o diamante e as minas, o Nero antigo das Twin Towers de agora… Tudo!... E da mais ínfima partícula jorram a inspiração e a voz. Sim, que versos destes são para ler com os olhos mas muito mais apetece gritá-los, atirá-los ao vento madrugada afora, gota feliz na pétala rubra da rosa! «Nasceu fulva a manhã nos teus cabelos…». Em bailia: «Abril bonito / Abril das rosas / pares no jardim / tardes formosas!...». «Passa lá um rio / Bate lá o mar»!
A cereja: quem a tirou do cesto é dela merecedor? Assim venha por bem quem a semente quis regar na frescura do suor. Horror de mãos ocultas a colher doutrem as frutas!...
A perdiz: mil tombaram na caçada! «Onde o frumento não nasce, a perdiz não pasce» - e o clangor ecoa «pela seca vasta planura alentejana». Tem de ecoar!
Lapidar a legenda «para um portal no Bairro Alto»: «O mar ao luar tem cabelos de prata… Saudade doce mal… com absinto se trata!». Vês? Não há jeito assim - que não respiras a dizer e vai tudo de carreirinha! E não é!... São oito os versos e nem quadra querem ser. Ora vê:
O mar
ao luar
tem cabelos
de prata…
Saudade
doce mal…
com absinto
se trata!
Tem outro condão, está claro. E desta sorte, com vagar, se vai sorvendo o absinto - que isso é a saudade nossa, lenta, doce e amarga, como outro Poeta falou…
E é lindo o diamante em teu regaço; vertiginoso, o bólide leva ao rubro a multidão - já pensaste? Vê mais longe - que de tísica morreu o garimpeiro e de silicose o mineiro feneceu!...
Abraçamos o mundo. Sentimo-nos gente no meio da multidão. Gente com nome. Pessoas!
Por isso voluntariamente me deixei ferir, imolado, por esta espada fulgente!
Cascais, 19 de Dezembro de 2013
José d’Encarnação
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789728910716 |
Editor: | Mar da Palavra |
Data de Lançamento: | dezembro de 2015 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 146 x 207 x 5 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 116 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Poesia |
EAN: | 9789728910716 |
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